Se achas que foi deus quem me criou, sugiro que te perguntes que idade tinha eu quando deus me criou.
Por exemplo: deus fez-me ao um ano de idade e, depois disso, deixou os processos biológicos normais me desenvolvendo até onde eu estou hoje?
Não, isso não faz sentido. Se a biologia faz tudo desde o segundo em que eu cheguei ao um ano de idade, por que não poderia fazer tudo no segundo antes de eu ter esse ano de idade? Se rastreares isso de volta atrás, um segundo de cada vez, não encontrarás um momento em que a biologia possa lidar desse momento para a frente, mas não desse momento para o anterior.
Eventualmente, poderia-se voltar ao ponto em que o esperma e o óvulo eram entidades separadas. Elas se juntam e o óvulo se divide em duas células unidas. Deus fez com que o óvulo fertilizado se dividisse? Deus também é desnecessário aqui. Este é um processo biológico que ocorre em todos os seres vivos, desde bactérias, passando por formigas até aos seres humanos.
Deus decidiu que o esperma fertilizaria qual óvulo? Também não há necessidade de deus aqui. O ambiente do útero e as estatísticas determinam o resultado da corrida para fertilizar um óvulo. Nas clínicas de fertilidade que utilizam o processo de Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóides (ICSI), um embriologista toma essa decisão, e não são necessários poderes semelhantes aos de deus.
Deus então criou o esperma ou o óvulo? Não, pois sabemos que estes são feitos por processos puramente biológicos naturais.
Então, quando as pessoas religiosas argumentam que deus me criou, o que elas querem dizer? Não há lacunas no processo que exijam uma intervenção divina. Talvez elas apenas queiram dizer que deus projetou os processos biológicos? Nesse caso, deus não me criou, a biologia me criou.
E, se os crentes desejam argumentar que deus projetou os processos, eles precisam de provar isso. O que é um grande problema pois essas pessoas não conseguem provar que existe qualquer deus.
Sem um deus, não pode haver processos criados por deus. E disso tenho a certeza.
Traduzido e adaptado de Bill Flavell
Sem comentários:
Enviar um comentário