sábado, 31 de dezembro de 2016

Uma breve história do Novo Testamento



O Novo Testamento (NT), na sua quase totalidade, não foi redigido por apóstolos, mas por compiladores que não conheceram Jesus pessoalmente.

Foi Jesus quem escolheu os apóstolos que o seguiriam:
"Jesus subiu a um monte e chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando-os apóstolos[a], para que estivessem com ele, os enviasse a pregar e tivessem autoridade para expulsar demónios. Estes são os doze que ele escolheu: Simão, a quem deu o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais deu o nome de Boanerges, que significa “filhos do trovão”; André; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu; Simão, o zelote; e Judas Iscariotes, que o traiu. (Mateus 3:13-19)."

Os apóstolos deveriam ter sido pessoas notáveis de modo a colaborarem nesse grandioso projecto salvífico orientado por Deus, mas não só não mostraram grande interesse, como foram negligentes duma forma grave, pois nada deixaram escrito sobre o seu valioso testemunho de modo a lembrar aos vindouros o que acontecera e que nunca mais se repetirá.

Recordemos que a escrita já havia sido descoberta há 3 000 anos, no entanto, da mão de Jesus e dos apóstolos apenas saiu um punhado de pó quando comparado com a inundação de escritos que o caso de Jesus ia suscitar posteriormente, o que é bastante bizarro. No caso de Jesus, que tinha uma missão importantíssima, nem uma linha sequer deixou de amostra.

A primeira coisa que notamos imediatamente no NT, é o facto dos textos terem sido escritos no último quartel do século I, excepto as epístolas de Paulo que foram escritas entre 51 e 67 d.C. Mas o que é absurdo e incompreensível é que quem deveria ter testemunhado, nada escreveu, enquanto que os que nada tinham a testemunhar, acabaram sendo os redactores da maior parte dos textos canónicos. É como se todos aqueles jornalistas e historiadores que presenciaram a chegada do Homem à Lua, tivessem ficado totalmente calados, mudos e quietos, nada documentassem, e 40 anos depois, os ajudantes dumas supostas testemunhas privilegiadas começassem a descrever o acontecido.

- Evangelho de Marcos é o mais antigo, mas Marcos não foi discípulo de Jesus nem sequer o conheceu pessoalmente. O que se sabe foi que ele ouviu as prédicas públicas de Pedro.
- Evangelho de Lucas e os Actos, são do mesmo autor, mas Lucas nunca foi apóstolo. Também ele escreveu de "ouvir dizer"... Compôs textos a partir de passagens que plagiava de documentos anteriores, e do que escutou de Paulo que não fora discípulo de Jesus e que até 37 d.C., fora um perseguidor fanático do cristianismo nascente.
- Evangelho de Mateus: Mateus fora apóstolo, porém, uma parte do seu evangelho foi escrita a partir de documentos anteriores, redigidos por um outro Marcos que não fora o apóstolo.
- Evangelho de João: tanto este evangelho como o Apocalipse seriam do João Zebedeu que foi o apóstolo, só que não são obra sua, mas dum outro João, o Ancião, que foi um grego cristão que se baseou em textos hebreus e essénicos, tal como nas recordações que conseguiu obter de João, o Sacerdote, identificado como o discípulo amado de Jesus (mas que não foi João Zebedeu), um sacerdote judeu muito amigo de Jesus que foi viver para Éfeso e onde veio a morrer duma idade avançada.
- Epístolas de Paulo provém de alguém que não foi testemunha dos factos, além de que acabou por impor doutrinas que são totalmente alheias à mensagem original de Jesus.
- Pedro, o chefe dos discípulos e pedra sobre a qual se edificou a igreja, limitou-se a escrever duas epístolas que não passam de textos circunstanciais, sendo que a segunda das quais é pseudográfica (redigida por outra pessoa).
- Tiago, irmão de Jesus e primeiro responsável da igreja primitiva e, por esse facto, o melhor das testemunhas, contribuiu com uma mísera epístola de duvidosa autenticidade.

Torna-se anedótico que tenha prevalecido uma regra bizarra que era: quanto mais próximos de Jesus se encontravam, tanto menos o seu contributo para o cânone e vice-versa.
Simplesmente absurdo e francamente suspeito.

As incoerências tremendas entre os quatro evangelhos, são tanto mais chocantes e graves se se souber que foram selecionados como sendo os melhores dum conjunto de cerca de sessenta evangelhos diferentes. Os textos não escolhidos foram considerados apócrifos pela igreja e condenados ao esquecimento. Mas uma boa parte dos apócrifos era mais antiga que os próprios textos canónicos e entre os que foram recusados, havia escritos atribuídos a apóstolos e figuras importantes como Tomé, Pedro, André, Tadeu, Bartolomeu, Paulo, Matatias, Nicodemos, Tiago,... e textos tão influentes na sua época como o Evangelho dos Doze Apóstolos.

Os textos canónicos deveriam ser tão importantes que, os primeiros apologistas cristãos nem sequer os conheceram ou simplesmente os desprezaram!

A seleção dos evangelhos canónicos foi feita no concílio de Niceia (325) e retificada no de Laodiceia (363). O modus operandi para distinguir entre os textos verdadeiros e falsos foi, segundo a tradição, o da "eleição milagrosa". Foram apresentadas quatro versões para justificar a preferência pelos quatros livros canónicos:

  1. Depois de os bispos terem rezado muito, os 4 textos voaram por si sós e foram pousar-se sobre um altar.
  2. Puseram todos os evangelhos em competição sobre um altar e os apócrifos caíram ao chão, enquanto os canónicos não se mexeram.
  3. Depois de escolhidos, os 4 foram colocados sobre o altar e foi pedido a Deus que se neles houvesse qualquer palavra falsa, os fizesse cair ao chão, o que não sucedeu com nenhum deles.
  4. O espírito santo, na forma duma pomba, penetrou no recinto de Niceia e pousando no ombro de cada bispo sussurrou a cada um deles quais eram os evangelhos autênticos e quais os apócrifos.
Esta última versão revelaria que uma boa parte dos bispos presentes no concílio, eram surdos ou muito incrédulos, já que houve uma grande oposição à seleção (que foi por voto maioritário e não foi unânime), dos quatro textos canónicos atuais.

Um dos muitos absurdos que nos foi deixado nesta problemática e divina seleção de textos canónicos, é que a autenticidade dos evangelhos canónicos não era unanimemente reconhecida pelos bispos cristãos, tendo sido preciso que a autoridade da igreja a impusesse mediante uma votação maioritária num concílio. Que autoridade pode ter uma igreja que afirma basear a sua autoridade nuns evangelhos duvidosos que ela própria teve de avalizar quando nem ela nem os textos gozavam ainda de qualquer autoridade?


Baseado em textos do livro "Mentiras Fundamentais da Igreja Católica" de Pepe Rodríguez

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Teclando com deus




"Eu não quero me revelar às pessoas, então, escondo-me delas, e sou muito bom nisso."

- Mas afinal queres que as pessoas acreditem que existes?

"Sim. Eu só quero que acreditem, que tenham fé que eu existo."

- Mas, se as pessoas têm que confiar na fé, elas podem acreditar num deus diferente por erro - então o deus torna-se uma loteria, não é?

"Mas se eles acreditam num deus diferente, vou torturá-los duma maneira desumana, também sou bom nisso."

- Mas estás a dizer que eles devem acreditar em si, então porque os ameaças de os torturar?

"Não. Nada disso!! Eles devem acreditar em mim porque me amam."

- Tu estás completamente louco.

"Suponho que sim, hehehe hehehe! Por favor, posso ser seu amigo?"

Sugestão para provar que deus existe



É óbvio que Deus tem um problema em convencer as pessoas que ele é real e existe, e eu tenho uma ideia que posso sugerir e que ele pode ainda não se ter lembrado. Ele deveria ter feito o 25 de Dezembro um dia especial e impedir de que nenhum bebé NUNCA nascesse naquele dia, excepto um: seu filho. Isso teria mostrado que haveria algo de muito especial sobre Jesus. Como é que os muçulmanos, judeus, hindus e ateus teriam explicado isso?

E sendo assim, cerca de 20 milhões de pessoas ainda vivas nasceram nesse dia, assim como uma mão cheia de deuses humanos, tais como Hórus, Osíris, Attis, Mithra, Herácles, Dionísio, Tammuz e Adonis. É quase como se, longe de fazer Jesus um ser único, Deus o fez parecer EXATAMENTE como todos os deuses falsos. 

Pena. É que foi mesmo uma oportunidade perdida.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Um pensamento sobre as orações



Os crentes dizem-nos que Jesus responde a todas as orações, mas às vezes a resposta é: "Não". 
OK, mas aqui é que a coisa começa a ficar interessante ...

Algumas orações são mais difíceis de ser satisfeitas do que outras. Por exemplo, se tu perderes as chaves do carro, há uma boa chance de as encontrares. E se tu orares a Jesus para ele te ajudar a encontrá-las, há uma boa chance de ele responder à tua oração.

No entanto, se o teu sonho é o de reduzir o sofrimento das crianças, curar um cancro infantil, tu não terás grandes possibilidades de ter sucesso, mesmo se tu trabalhares toda a tua vida nesse objectivo. E, se tu pedires a Jesus para fazer isso por ti, não há quase nenhuma hipótese de ele te responder a essa oração em particular.

Quando tu olhas para muitos exemplos, tu poderás concluir que quanto mais fácil for a realização duma tarefa, mais provável será que Jesus responda à tua oração com um "Sim".

Uma vez que Jesus é omnipotente, não há oração que ele não possa responder, então ele deve ter que decidir qual a oração a responder. Tu poderás esperar que ele use critérios como o quão sincero ou merecedor tu és, ou o quanto tu o amas ou o que seria mais benéfico para ti no longo prazo. No entanto, parece que o critério de Jesus é bastante simples: é mais provável Jesus responder a orações de coisas que tu podes facilmente fazer por ti próprio.

Estranhamente, iria funcionar exatamente da mesma maneira, caso Jesus não existisse. 

Ps.: Podes substituir Jesus por Deus, caso te pareça melhor.



Traduzido e adaptado de Bill Flavell

sábado, 24 de dezembro de 2016

"Sabiam que a própria ciência confirma a autoridade da bíblia?"



Esta pérola de estupidez e ignorância tem sido utilizada a amiúde pelos crentes para tentar legitimar o conteúdo bíblico com o selo de garantia e idoneidade da Ciência.
Só que este argumento falha em toda a linha:
- A bíblia não é objecto de estudo da ciência.
- A Ciência está a "cagar-se" para os chamados livros sagrados na qual a bíblia é apenas mais um entre muitos.
- A Ciência trata de coisas sérias, não se interessa por crenças baseadas em mitos judeus e sumérios.
- A bíblia não tem autoridade excepto aquela que os crentes fanáticos lhe atribuem para a aplicar a si mesmos, e tentar aplicar aos outros.
- a bíblia falha em toda a linha no que respeita a Ciência.
- a bíblia falha porque foi escrita por ignorantes da idade do bronze cujos conhecimentos estavam confinados a um povo que vivia numa pequena área geográfica do médio oriente.

Um livro como a bíblia que faz tábua rasa da Biologia, Geologia, Paleontologia, da História, Física, Química, Bioquímica, entre outras áreas das Ciências, mostrando um desconhecimento absoluto sobre a evolução da vida e em especial, do homem, um total desconhecimento da astronomia e do próprio Universo, da medicina, do próprio corpo humano e seu funcionamento, NUNCA PODERÁ ser um livro com autoridade científica nem sequer histórica.
A bíblia narra lendas, mitos, fábulas, ensinos religiosos de/e para os povos daquela época e lugares, com o objectivo de unir e controlar essas sociedades em prol duma autoridade governativa e/ou militar.

Portanto deixem de usar esse argumento, pois a bíblia como livro, nem para fazer altura debaixo dum pé duma mesa de laboratório, serve.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Qual é a vantagem de desejar ter vida eterna?



Pergunto aos meus amigos e aos demais semelhantes: Qual é a vantagem de desejar ter vida eterna? 

Alguém já parou para pensar nesse assunto? Nossa vida na terra, se não existissem as dificuldades e os problemas do dia a dia, seria maçadora, enfadonha e difícil de ser vivida. O que nos faz suportar esta vida é o fato dela ter as dificuldades e também os seus atrativos, tais como o sexo, o instinto de sobrevivência e a busca incessante da felicidade. 

Falemos agora da vida eterna. 
Já pensaram como seria enfadonha, monótona e desprovida de qualquer sentido? Pensem bem: viver apenas em contemplação no paraíso, em meio de anjos, arcanjos e até querubins, teria esta vida alguma graça? 
Tem ainda uma agravante: seria eterna e tudo que é eterno perde o sentido de esperança em alguma coisa; não teria objetividade. 

Sendo assim, prefiro eu não participar de nenhuma vida eterna. Quero minha vida terminada no ultimo suspiro, na ultima batida do meu coração. 


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O que o paraíso islâmico nos diz sobre o Islão



Um olhar mais atento sobre o Paraíso Islâmico revela muito sobre essa religião. O Paraíso Islâmico foi projetado para atrair homens miseráveis e frustrados sexuais, que vivem nas duras condições da Arábia: calor sufocante, escolha limitada de comida e água escassa, e por vezes com apenas uma tenda para viver.

O Paraíso oferece a esses homens as coisas que eles sonharam.

Sexo ilimitado: Um homem tem seu próprio harém de virgens sempre disponíveis e de olhos escuros (72 virgens de acordo com Muhammad no Hadith Al-Tirmidhi). As meninas estarão fechadas à chave para que nenhum outro homem possa tê-las. Mas não há harém de jovens viris para as esposas, mas as esposas têm escravos. O número de escravos não é claro, mas poderiam serem até 80.000 (também de acordo com Al-Tirmidhi). O marido tem o direito de ter relações sexuais com qualquer um dos criados e também é prometida uma ereção que nunca irá diminuir. E, se todo esse esforço o fizesse suar, seu suor terá um cheiro perfumado.

Comida ilimitada e deliciosa: o Paraíso terá rios de água, leite e mel. Haverá jardins com frutas abundantes, especialmente as tâmaras deliciosas e escassas como os figos. Haverá sumptuosos banquetes onde cada prato terá um novo sabor. Será possível beber quantidades ilimitadas de vinho sem ficar bêbado.

Ambiente tranquilo: os residentes no Paraíso viverão em palácios enormes feitos de ouro, prata e pérolas, com jardins elevados, fontes perfumadas e vales frescos e sombrios. As montanhas serão feitas de almíscar e os vales de pérolas e rubis.

Grandes riquezas: todo mundo vai ter roupões luxuosos, jóias preciosas e perfumes requintados. As pessoas irão se deitar em sofás embutidos com pedras preciosas e ouro e comerão de pratos de valor incalculável.

Além da praticidade dessas promessas, alguém realmente acha que é isso que os humanos precisam para ser felizes? O Paraíso Islâmico soa mais como o inferno para mim.

Aprendemos muito nos últimos 1.400 anos sobre o que realmente faz as pessoas felizes, e com certeza que não é comer em demasia e ou ter sexo em quantidades industriais que torna as pessoas felizes. Nem sequer toda aquela grande riqueza que irá fazer o homem feliz (de fato, o conceito de ser rico não tem sentido quando todos tem o mesmo).

Ser garantido o essencial para a vida é que é importante. Mas isso não faz as pessoas felizes, apenas remove a ansiedade, o medo e a miséria. As pessoas ficam felizes quando se sentem valorizadas, respeitadas e amadas, quando sentem que são tratados de forma justa, vivem com pessoas que se respeitam e confiam, e quando são capazes de contribuir com algo para os outros.

As pessoas precisam de estabilidade, mas com entretenimento, diversão e novidade.

As pessoas gostam de aprender e desenvolver, definir metas e alcançá-las. Nós amamos fazer coisas com as nossas mãos, criar coisas com as nossas mentes e resolver problemas.

O Paraíso Islâmico reflete as suas origens. Foi concebido para apelar para as pessoas que não tinham o essencial para viver e trabalhou a partir da premissa de que dar às pessoas uma abundância das coisas que lhes faltavam, as fariam felizes. 
Mas não.

Sabemos agora que um homem com dinheiro mais do que suficiente, não é necessariamente mais feliz do que um homem com apenas o dinheiro suficiente.

O projeto islâmico "pós morte" é fundamentalmente FALHO, o que mostra que ele é um grosseiro mecanismo do estilo de pau com uma cenoura presa na ponta, para encorajar os fiéis a se comportarem como os autores da religião assim desejaram. 

E nada mais.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

domingo, 18 de dezembro de 2016

O propósito da vida



Não há razão para estarmos aqui, não há propósito, nem há necessidade de haver. Mas estamos. Estamos porque este planeta reuniu as condições necessárias para que a vida orgânica surgisse. Como estamos cá, o que devemos fazer é tentar viver a nossa vida orgânica (que é limitada) o melhor que nos for possível e tentar fazer com que a vida dos outros também o seja. Se pudermos viver bem, tornar a vida dos outros melhor e até mesmo deixar um legado bom, então esse é um excelente propósito.

O universo está-se a cagar para nós. O universo não pensa, não é consciente, não tem preocupações. O universo apenas É. Apenas "age" de acordo com leis da física, leis naturais. Portanto, nós não temos qualquer propósito que não seja aquele que queiramos dar às nossas vidas.

Por Rui Batista

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O poder da fé



A fé é muito mal vista pelos não crentes, mas eu não acho que eles percebam isso. A fé tem certas capacidades que não correspondem a nenhuma outra maneira de pensar: tem um PODER quase INIMAGINÁVEL quando usado corretamente.

Eis alguns dos benefícios extraordinários que só a fé oferece. A fé pode:

» Remover TODAS AS DÚVIDAS, mesmo quando não há evidências para apoiar uma crença.
» Fazer provas em contrário COMPLETAMENTE INVISÍVEIS para que tu não tenhas que as ter em conta.
» Dar-te a confiança para argumentar pontos de vista controversos contra especialistas, mesmo tu não sabendo nada sobre o tema em debate.
» Dar-te a visão para acreditares em coisas que as pessoas sem fé sabem ser um completo absurdo.
» Permitem que tu transcendas as limitações da LÓGICA CLÁSSICA !!
» Fornece tudo isso e desativa a opção "RESPOSTA EMBARAÇOSA" que inibe as pessoas normais.

Com esse poder, não há razão alguma para não usar a fé em todas as oportunidades. 
Bem, talvez uma - se tu quiseres que as tuas crenças sejam verdadeiras, é uma grande merda.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A lógica não perdoa.



- Eu acredito em Deus. 

- Ok. Quantos deuses os já homens adoraram?
- Não sei, provavelmente milhares. 
- É verdade, mas tu acreditas que apenas um deles é real? 
- Sim. Os outros são todos inventados. 
- Então, se tu escolheres aleatoriamente um deus, quais são as chances de esses ser o verdadeiro? 
- Eu estou a ver onde tu queres chegar, mas eu não escolhi aleatoriamente um Deus.
- Tu acreditas no mesmo deus em que tua família acredita? 
- Sim... 
- Tu escolheste a tua família porque eles acreditam no deus que é o verdadeiro? 
- Claro que não. 
- Então, foi por acaso que tu nasceste nessa família e não noutra, o que é um caso aleatório, certo? 
- Eu suponho que sim. 
- Então, se tu escolheres aleatoriamente um deus, quais são as chances de esse ser o verdadeiro? 
- Bem, seria uma hipóteses em alguns milhares, mas o meu Deus é verdadeiro.
- Se tu nascesses numa família diferente com um deus diferente, não irias dizer a mesma coisa?
- Humm, eu suponho que sim. 
- Então, se tu escolheres aleatoriamente um deus, quais são as chances de ele ser o verdadeiro?  
- Foda-se!...

Traduzido e adaptado de Bill Flavell

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O Primeiro Ministro do Cafiristão



Certa feita se reuniram muitas pessoas para debater a melhor forma de convidar o Primeiro Ministro do Cafiristão para uma solenidade a ser realizada em breve.

Depois de algumas horas de discussão, ficou claro que uma parte do grupo não acreditava sequer que exista o Cafiristão. Foram ameaçados de prisão e expulsos da sala.

A seguir iniciou-se aceso debate sobre se o Cafiristão tinha um sistema parlamentarista ou presidencialista. Logo ficou evidente que um grupo tinha certeza de que o país tinha um sistema presidencialista e, portanto, não poderia ter um Primeiro Ministro. Foram ameaçados de prisão e expulsos da sala.

Logo em seguida começou um debate, que se estendeu por várias horas, sobre se o Primeiro Ministro em questão se chamava Ali Akolá ou seu nome era outro. Ficou claro que muitos achavam que seu nome era outro e cada um propunha um. Foram todos ameaçados de prisão e expulsos da sala.

E assim o debate continua até hoje. Ninguém ainda descobriu a melhor forma de convidar o sujeito e muitos ainda continuam discordando, sendo ameaçados de prisão e expulsos da sala.

Se você acha essa estória bizarra, saiba que foi exatamente assim que se estabeleceu a doutrina religiosa em que você acredita.



domingo, 11 de dezembro de 2016

Não confiem na ignorância



Algumas pessoas dizem que acreditam em deus porque não compreendem como é que, sem deus, o universo poderia existir. Ou porque também não entendem como a vida pode surgir da matéria inorgânica, ou como a inteligência pode existir sem deus.

São pessoas que admitem que a sua ignorância as leva a deus, mas essas pessoas não podem negar que um dia poderemos vir a descobrir como todas essas coisas aconteceram sem ele. Estas não são mais que as pessoas que baseiam suas vidas no que não sabem, ao invés do que sabem.

Também há outras pessoas que dizem que acreditam em deus porque não percebem como é que sem deus, um espermatozóide e um óvulo podem criar uma vida humana ou como o amor ou a moralidade podem existir. Alguns até dizem que não sabem como poderia simplesmente chover sem deus. Essas pessoas também crêem em deus através da ignorância. Mas, neste caso, elas baseiam suas vidas no que não sabem, mas que deveriam saber.

Aqui está minha dica para qualquer pessoa de ambos os grupos: 
baseia a tua vida no que tu sabes, não no que tu não sabes. Não construas tudo sobre uma fundação de ignorância. Porque tu não podes confiar na ignorância.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O argumento da moral contra deus



Eu não consigo entender por que é que algumas pessoas argumentam que a moralidade é uma prova de que deus existe. Na verdade, a moralidade é uma evidência de que deus NÃO existe.

É fácil de entender por que é que os seres humanos gostam de ter regras de conduta. As regras, tais como "não matar ou prejudicar o próximo", "não tomar a propriedade do vizinho" ou "ajudar os teus vizinhos quando estão em necessidade", tornam a vida mais tolerável para a maioria das pessoas. As comunidades que adoptaram tais regras, podem ter sido mais capazes de sobreviver, uma vez que teriam desperdiçado menos tempo e recursos em disputas entre si. Isso lhes daria mais tempo e atenção para defender a comunidade contra ameaças do exterior, tal como mais entreajuda noutros problemas comunitários. Surgiria assim, uma forma de seleção natural que iria favorecer as comunidades com regras eficazes.

Fazer e impor essas regras, é tão natural como a construção de abrigos para fornecer calor e proteção contra os predadores. E nenhum deus é necessário para que tais coisas aconteçam. Além disso, à medida que as crianças são instruídas nestas regras, é possível ver com o tempo, as regras a serem estabelecidas como parte do sistema de valores compartilhados na comunidade.

Devemos esperar que os seres humanos cometam erros e mudem as suas regras morais à medida que aprendem, mas um deus perfeitamente moral deve criar as regras certas logo de princípio. E esta é uma diferença útil, pois vai nos permitir fazer previsões e procurar provas: se os seres humanos fizerem as regras, poderemos ver as regras serem alteradas ao longo do tempo; mas se Deus fez as regras, não podemos esperar ver mudanças algumas.

É claro que a moral mudou dramaticamente nos últimos três mil anos. A moral mudou em todas as sociedades que conhecemos, embora mais rápidas em algumas e mais lentas em outras. E mais especificamente, o mundo afastou-se abruptamente da moralidade bíblica. Além das proibições fundamentais contra o assassinato, o roubo e o perjúrio (que já antecediam a Bíblia há muito tempo), grande parte da moralidade que se dizia ser transmitida por deus na Bíblia, foi abandonada.

Por exemplo, há muito que não consideramos ser moral, capturar, comprar, vender ou manter pessoas como escravos. Não aceitamos que as mulheres sejam propriedade de homens ou que ainda seja aceitável para um homem vender a sua filha como concubina. Não consideramos que seja moral matar pessoas, destruir cidades e seus filhos, por adorarem outros deuses. Nem consideramos o genocídio moral e nem sequer achamos correto que um homem mate um filho por ser rebelde e teimoso. A lista das leis morais que agora consideramos imorais, é longa, mas estes poucos exemplos ilustram algo muito importante.

E que conclusões podem ser tiradas destas evidências? Eu vejo três possibilidades:

1. As leis morais entretanto abandonadas estão corretas e nós estamos errados em abandoná-las. 
2. Deus deu essas leis e erradamente pensaram que eram morais. 
3. As leis morais bíblicas foram criadas por homens que as fizeram passar como leis de Deus.


Somente a opção (3) faz sentido. Isso não prova que deus não existe, mas enfraquece a Bíblia como um livro derivado de deus e mostra, pelo menos que parte da Bíblia, é uma ficção criada pelos homens.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell.


sábado, 3 de dezembro de 2016

Um deus ou muitos?



Alguns teístas pensam que a existência do universo é uma sólida razão para acreditar que um Deus criador existe*. Mas eles ficam presos no passo seguinte que é o mostrar que esse deus criador é exatamente o que eles adoram. Para contornar isso, os teístas dizem que há apenas um deus, mas diferentes culturas usam nomes diferentes para se referir a ele. Assim, Yahweh, Brahma, Odin e Tlaloc são efetivamente a mesma divindade de acordo com este argumento.

Uma breve investigação mostra que este argumento está errado. Quando olhamos apenas para esses quatro deuses, podemos encontrar diferenças tão grandes que inviabilizam a possibilidade de ser o mesmo deus. Por exemplo, alguns são corpóreos, "materiais" e um é imaterial. Os deuses que são "materiais" têm aparências bem diferentes. Alguns desses deuses fazem parte dum panteão de muitos deuses, e um é o único deus. Alguns têm esposas e outros não. Alguns nasceram e outros não.

Três desses deuses são deuses criadores, mas eles criaram o mundo de maneiras muito diferentes (e todos eles de formas erradas).

Há também grandes diferenças no que esses deuses exigiam dos homens. Por exemplo, apenas Tlaloc exigia o sacrifício de crianças para fazer cair a chuva das suas lágrimas. 
E eu apenas olhei para quatro deuses, mas há milhares para escolher: eles variam entre corpos celestiais a animais, a objetos inanimados, aos ventos, aos rios, às montanhas, aos seres humanos e a uma entidade imaterial, omnipresente.

Os cristãos nem precisam se dar ao trabalho de aprender sobre esses diferentes deuses, eles só precisam ler as suas próprias escrituras. O segundo mandamento diz: "Não terás outros deuses diante de mim". Por que Deus teria ordenado isso se todos os homens estivessem realmente adorando o único deus verdadeiro?

Aceito que os teístas acreditem genuinamente em alguns dos seus argumentos, mas este é tão obviamente errado que só posso vê-lo como desonesto.


*Não existe.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

O que Jesus e Hércules tem em comum?



Na mitologia grega, Anfitrião era o marido de Alcmena, a mãe de Hércules. Enquanto Anfitrião estava na guerra de Tebas, Zeus tomou a sua forma para deitar-se com Alcmena, e o deus Hermes tomou a forma de seu escravo, Sósia, para montar guarda no portão.

Com a gravidez de Alcmena, uma grande confusão foi criada, pois evidentemente, Anfitrião duvidou da fidelidade da esposa.

No fim, tudo foi esclarecido por Zeus e Anfitrião ficou contente por ser marido de uma mulher escolhida do deus.

Daquela noite de amor nasceu o semideus Hércules.

A partir daí, o termo anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa".

Portanto, ANFITRIÃO é sinónimo de CORNO MANSO e FELIZ!

Maaaaas agora tente fazer algumas trocas:

1º Troque Anfitrião por José, 
2º Troque Alcmena por Maria, 
3º Troque Hércules por Jesus

Pronto, tu descobriste o grande conto romano de Mitra.

Como se pode ver, em contos de fadas é sempre assim:
Mudam-se os atores mas conserva-se sempre o enredo