O agnosticismo baseia-se na falsa assumpção de que as hipóteses de deus existir ou não existir são as mesmas, e que não há modo de saber qual será a mais certa.
Mas, a hipótese de deus existir ou não existir não é de 50%-50%.
O facto de sabermos que todas (ou praticamente todas) as sociedades terem criado personagens animistas figurativas, com características divinas para tentar explicar o que não sabiam explicar, coloca automaticamente os deuses numa classe que as afasta de entidades concretas.
O facto de as características definidas para tais personagens entrarem em claro conflito com a realidade testável, afasta-as ainda mais da possibilidade de serem reais.
O facto de que quem afirma que elas existem, não conseguirem apresentar uma única prova de que existem e nem sequer conseguirem apresentar métodos válidos de aferição para comprovar a sua existência, condena-as ainda mais a um mundo da fantasia.
O facto de os argumentos que tentam defender a existência de deus serem todos baseados em premissas falaciosas, ou condicionais, ou intestáveis, agrava ainda mais.
A realidade observável e testável demonstra a inexistência de deuses.
Portanto, a probabilidade de nenhum deus existir ultrapassa largamente a probabilidade de algum deus existir.
E isso leva a que, perante tudo isto, eu não possa acreditar na existência de deus, o que me leva a concluir pelo ateísmo.
Texto de Rui Batista