sábado, 25 de abril de 2020

O agnosticismo não será a posição mais correta para se ter?



O agnosticismo baseia-se na falsa assumpção de que as hipóteses de deus existir ou não existir são as mesmas, e que não há modo de saber qual será a mais certa.

Mas, a hipótese de deus existir ou não existir não é de 50%-50%.

O facto de sabermos que todas (ou praticamente todas) as sociedades terem criado personagens animistas figurativas, com características divinas para tentar explicar o que não sabiam explicar, coloca automaticamente os deuses numa classe que as afasta de entidades concretas.

O facto de as características definidas para tais personagens entrarem em claro conflito com a realidade testável, afasta-as ainda mais da possibilidade de serem reais.

O facto de que quem afirma que elas existem, não conseguirem apresentar uma única prova de que existem e nem sequer conseguirem apresentar métodos válidos de aferição para comprovar a sua existência, condena-as ainda mais a um mundo da fantasia.

O facto de os argumentos que tentam defender a existência de deus serem todos baseados em premissas falaciosas, ou condicionais, ou intestáveis, agrava ainda mais.

A realidade observável e testável demonstra a inexistência de deuses.

Portanto, a probabilidade de nenhum deus existir ultrapassa largamente a probabilidade de algum deus existir.

E isso leva a que, perante tudo isto, eu não possa acreditar na existência de deus, o que me leva a concluir pelo ateísmo.


Texto de Rui Batista

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