Menahém (ou Menachem) o essénio, teria sido um líder dos Essénios (Nazarenos) ao tempo de Herodes I, o Grande. O conhecimento que se tem chegado advém de várias fontes :
- Flávio Josefo historiador judeu do séc. I refere-se a ele.
- A Mishna e o Talmud de Jerusalém também se refere a um Menachem.
Alguns investigadores, entre os quais Azaria de Rossi, sugeriram que eles sejam a mesma pessoa.
Segundo fontes rabínicas, Menahém era "membro da corte do rei Herodes", o que vai ao encontro com o que diz Flávio Josefo.
O académico Israel Knohl avançou a hipótese deste Menahém ser um messias que tentou iniciar uma revolta contra Roma após a morte de Herodes e depois ter sido morto pelos romanos, que deixaram o seu cadáver jazer por 3 dias.
A descrição de acordo com o historiador Flávio Josefo, este Menahém era um bom amigo do rei Herodes. Quando Herodes se tornou rei (governador) com ajuda de Roma, Menahém permaneceu amigo de Herodes.
Flávio conta que o rei Herodes respeitava os Essénios (Nazarenos) e os recebia frequentemente. Isto colocava Menahém numa situação delicada já que os Essénios odiavam os romanos, pois consideravam-nos opressores.
Menahém teve que se valer da sua diplomacia.
Israel Knohl, baseando-se nos manuscritos do Mar Morto, lança a hipótese de Menahém ser o autor dos textos, pois nesses pergaminhos alguém se auto-proclama como um messias.
Nos pergaminhos, alguém fala de si próprio num TOM ALTIVO:
"Nos céus de um 'trono de potência' por entre uma 'assembleia de anjos'.
E pergunta mesmo de forma audaz:
"Quem dentre os anjos é como eu?!?"
Como Flávio Josefo escreveu, a situação de Menahém perante o rei Herodes era delicada já que os Essénios odiavam os romanos.
Nos manuscritos do Mar Morto, há uma secção em que este misterioso messias instruí os membros da seita a serem diplomáticos, esperando o seu dia. Este trecho é mesmo chamado de Manual de disciplina de Qumrã.
Os essénios parecem ter mantido a paz durante o reinado de Herodes.
Mas quando ele morreu houve uma tentativa de revolta.
Segundo o Talmud de Jerusalém, após a morte do rei Herodes, há uma grande revolta e turbulência política. Também segundo o Talmud de Jerusalém, foi então que ele foi excomungado.
O Talmud reprova a acção do tal Menahém, dizendo que saiu da boa linha.
Isso também joga bem com a hipótese de Israel Knohl.
No Midrash do Cânticos dos Cânticos, consta que Menahém tera tido uma discussão com Hillel, líder dos Fariseus, e que Hillel foi um dos sábios que excomungou Menahém.
SURPRESA: fui descobrir que na bíblia cristã menciona o tal Menahém como fazendo parte dos doutores da lei e profetas.
Assim mostra-se claramente que Menahém era o profeta dos essénio (Nazarenos) tal como o historiador judeu do séc. I Flávio Josefo mencionou ser o messias dos essénios e que foi morto pelos romanos, sendo o seu cadáver deixado jazer morto por 3 dias.
Assim como o investigador académico Israel Knohl descobriu através dos escritos de Flávio e do Talmud de Jerusalém.
Fiquei surpreso quando ví o nome Menahém na bíblia cristã como estivesse no grupo de profetas.
Abram a bíblia em Atos 13:1
"E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, Cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo".
Os Essénios (Nazarenos) eram ascetas e parece que a sua iconografia era o "pão e o peixe".
Coincidência, o símbolo do cristianismo primitivo não era a cruz, mas sim o PÃO E O PEIXE
Investigação e texto de Hegas Alberto Santana Santana.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarSim, tudo parece que a personagem foi fabricada a partir doutros mitos.
ResponderEliminar