sexta-feira, 29 de novembro de 2019

A relação entre a inteligência e os ateus



Na realidade, não é uma falácia.
Estudos independentes efectuados ao longo de várias dezenas de anos, demonstraram que existe uma tendência, mesmo que marginal, para que as pessoas mais inteligentes demonstrem uma maior propensão para o ateísmo e aquelas que tiverem menos acesso a informação ou são naturalmente menos inteligentes, demonstram uma maior propensão para a crença.

Reparem que não disse que as pessoas são mais inteligentes por serem ateias.
O que se verificou é que as pessoas mais inteligentes tendem a ser ateias.
Portanto, não confundam a direcção da relação.
E sim, existem vários tipos de inteligência.

Há a inteligência erudita, que se baseia em informação e capacidade de cruzamento e processamento dessa informação através de operações racionalmente lógicas.
Os crentes demonstram pouca desta inteligência. Posso concluir isso porque não demonstram capacidade de realizar operações racionalmente lógicas. Se fossem capazes de o fazer, não seriam crentes.

Há a inteligência interpessoal que é associada à capacidade de nos identificarmos com os sentimentos e motivações das outras pessoas. Uma espécie de relação empática.

Há a inteligência intrapessoal que é um entendimento de nós mesmos, do que sentimos e o que desejamos.

Há a inteligência social que tem a ver com a nossa capacidade de viver em comunidade, de avaliar as situações e coordenar as nossas acções para um bem comum e também a percepção de uma consciência global de uma sociedade.

Há a inteligência espacial que tem a ver com a capacidade de orientação e visualização tridimensional.

Há a inteligência existencial que está relacionada com questões profundas acerca do sentido da vida, da morte, de porque estamos aqui, etc. No caso desta inteligência, os crentes têm-na dominada por fantasias e mitologia.

E há outras inteligências, como a naturalista, a musical, a linguística, a corporal-cinestésica, a matemática, etc.

Portanto, eu sei que cada pessoa é inteligente à sua maneira e há vários tipos de inteligência.


Texto de Rui Batista

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