sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Quando o teu deus é real...



Se o teu deus existe e tua religião é verdadeira, isso dar-te-á a obrigação de tentares convencer os outros que não compartilham das tuas crenças? 

Se tu vês uma criança a debater-se numa lagoa funda, tu certamente te sentes obrigado a fazer um esforço para lhe salvar a vida, mas quanto maior será essa tua obrigação moral se tu veres uma multidão de pessoas que estão a caminho duma eternidade de agonia inimaginável? Poderia haver algo que seja mais importante do que ir salvá-los? 

Então por que é todas as pessoas que são religiosas não dedicam as suas vidas para salvar aqueles que adoram deuses falsos ou que não adoram nenhum deus? Por que é que muitas pessoas religiosas encolhem os ombros e dizem que as pessoas têm direito às suas próprias crenças? Será que são assim realmente tão egoístas e perversas? 

Isto é difícil de entender. Talvez seja porque tu sentes que é muito difícil convencer os outros de que as suas crenças estão erradas e as tuas são verdadeiras. Mas se as tuas crenças são verdadeiras e tu sabes que elas são verdadeiras, deve ser possível passar todo esse conhecimento para os outros. Afinal, se tu não podes fazer isso, como podes ter a certeza que as tuas crenças SÃO MESMO verdadeiras? 

Eu não sei por que é que as pessoas religiosas são tão egoístas. Talvez elas nos venham a dizer. Mas eu tenho algumas suspeitas. Eu suspeito que elas não fazem isso porque elas não têm a certeza que as suas próprias crenças serem verdadeiras - elas simplesmente as acham agradáveis e esperam que elas sejam verdadeiras. Elas apenas têm fé.

E como é que tu esperas convenceres os outros, se tudo o que tu tens é fé?

Traduzido de Bill Flavell

terça-feira, 27 de setembro de 2016

A Matemática justifica a estupidez?




Se uma pessoa acredita em algo estúpido, será que é uma razão para tu acreditares nisso também? 
Não, obviamente isso não é motivo para tu acreditares. 
Mas, e se mil milhões de pessoas que acreditam nessa coisa estúpida, acharem que é uma razão para tu acreditares nisso também? 
Na verdade, é uma conta matemática simples: 

Não há razão x 1 000 000 000 = Não há razão

Acreditar em algo estúpido continua a ser estúpido, não importa quantas pessoas acreditam.

Traduzido do Bill Flavell

domingo, 25 de setembro de 2016

O milagre de Cristo




Alguns cristãos afirmam que "o milagre de Cristo é a prova de que Deus existe."Será que eles estão certos? 

Em primeiro lugar, eles seriam obrigados a confirmar com segurança que: 

1. Jesus existiu. 
2. Que a sua mãe era virgem quando ela o concebeu. 
3. Que Jesus estava clinicamente em morte cerebral quando foi colocado no túmulo. 
4. Que Jesus ressuscitou. 
5. Que Jesus subiu aos céus e desapareceu de vista. 

Quatro destas cinco alegações são extraordinárias, por isso são precisas provas extremamente robustas para que elas sejam credíveis. Se conseguirem provar todas estas alegações como verdades, seriam evidências de que Jesus tinha alguns poderes que nós não entendemos. A explicação poderia ser que o deus judaico afinal existe e fez tudo isso acontecer ou, possivelmente, até poderia haver outra explicação. 

No entanto, MESMO que se pudesse estabelecer que todas as cinco alegações são verdadeiras, não seria ainda assim razoável acreditar que o deus judaico existe. 

Portanto, será que os cristãos conseguem mostrar que estas cinco alegações são verdadeiras? O que não se pode fazer é confiar em histórias ou estórias sem a devida corroboração de provas. Se as histórias ou estórias forem provas aceitáveis, eles também têm que acreditar nas histórias de Hórus, Osíris, e Mitra igualmente. Qualquer um pode escrever uma história, mas as histórias não tem que ser verdadeiras. Precisamos de provas FORA das histórias. 

Então, se és um cristão, e achas que o Cristo prova que o deus judaico existe, por favor leva-nos através das evidências de que estas cinco alegações são verdadeiras. 

E esta é a minha aposta: eu não acredito que os cristãos conseguem mostrar que qualquer uma destas alegações são verdadeiras.

Traduzido de Bill Flavell

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Faz sentido este plano perfeito de deus?




Quando deus quis revelar-se à humanidade, ele tinha pelo menos duas opções: 

Por exemplo, da mesma maneira que ele fez os dez Mandamentos, ele poderia ter escrito um livro. Ao cortar os intermediários que introduziram erros humanos e preconceitos, o livro poderia ter sido perfeito e poderia ter comunicado a mensagem de Deus, sem ambiguidades, erros ou contradições. 

Não haveria nenhuma dúvida num livro perfeito dum deus perfeito. Tal livro não iria gerar dúvidas nem o ridículo, como é o caso da Bíblia em muitos escritos, e seria o bem mais sagrado da humanidade. 

Ou deus poderia ter colocado mensagens no cérebro de todos, para que todos nós soubéssemos que ele existe e o que ele quer de nós. Cada bebé iria crescer conhecendo deus sem a necessidade de instrução por parte dos pais ou de outros. 

Se ele tivesse feito qualquer uma das coisas acima, deveríamos esperar que os seres humanos não teriam tido a necessidade de inventar deuses e não teriam acontecido guerras sobre quem tem o deus verdadeiro ou sobre quem tem a leitura correta das escrituras. 

E assim todos teriam uma clara e perfeita compreensão da moralidade e, sabendo quem era deus, nós provavelmente, teríamos estado mais inclinados a segui-lo. 

E ele poderia ter feito estas coisas, não há 3 000 anos atrás, mas há 200 000 anos atrás quando nossa espécie surgiu pela primeira vez. Imaginem como seria diferente a nossa espécie após 200 000 anos a conhecer deus e saber como é ele sendo bom. Imaginem o quão avançados que poderíamos ser agora, sem estas centenas de milhares de anos de medo, ignorância e superstição. Talvez estaríamos agora navegando pelas estrelas.... 

Se deus nos tivesse dado uma informação clara, deveríamos esperar que o céu estivesse cheio e inferno deserto, tal como este mundo ser um lugar menos violento e muito melhor do que é. 

No momento em que deus criou um plano em que nos obrigou a fazer uma escolha acertada, ele tinha a obrigação de assegurar que éramos devidamente informados. Mas ele não o fez. Ele intencionalmente nos escondeu a informação e deixou a sua mensagem com homens ignorantes e supersticiosos, com pouca ou nenhuma credibilidade e sem oferecer qualquer evidência de que as suas histórias eram verdadeiras. 

Este SEMPRE foi um plano destinado a falhar. O plano de deus era tão falho e tão mal executado que nem sequer faz sentido algum. 
Realmente, há apenas uma conclusão razoável e lógica: nunca houve nenhum deus e nem havia plano algum; havia apenas homens supersticiosos que compunham histórias, assim como outros homens já o haviam feito por incontáveis ​​gerações antes. 

Agora sim, esta conclusão faz todo o sentido.

Traduzido e adaptado de Bill Flavell

domingo, 18 de setembro de 2016

Alguém me explique pois eu não consigo entender!




Há cerca de três mil anos, uma tribo de pastores de cabras nómadas escreveu sobre a sua versão de deus (assim como outras tribos, comunidades e civilizações já o tinham feito antes deles). 

Como muitas outras sociedades dessa época, esta tribo praticava o sacrifício de animais para apaziguar o seu deus. E eles reivindicaram que o seu deus era o autor do seu sistema draconiano de jurisprudência, o tal que teria um homem morto por trabalhar num dia santo, ou uma mulher morta só por ser suspeita de que ela não era virgem no dia de seu casamento, ou um filho ser morto por ter desobedecido aos seus pais. 

Além disso, em comum com outros povos, eles capturavam, mantinham e negociavam escravos. Eles rotineiramente travavam guerras contra outras tribos para ganhar mais territórios, mulheres e escravos. Eles agradeciam ao seu deus quando venciam batalhas e assumiam que o seu deus os punia quando eles perdiam. 
Nada especial, eram apenas mais uma pequena tribo com o seu pequeno deus local. 

Avança-se com o relógio três mil anos e vemos um homem em silêncio contemplando a vida, o universo e tudo mais. Ele se questiona: como é que tudo isso aconteceu? 
Então, num lampejo de inspiração, encontra a resposta. É claro que ela é tão óbvia: que o deus daqueles pastores de cabras nómadas sobre o qual escreviam, deve ter feito tudo isso! 

PQP, não entendo!! 

Qual é a ligação? Como é que é essa ideia dum simples deus da Idade do Ferro passa a ser a resposta às perguntas existenciais mais difíceis que os humanos já se questionaram? Na verdade, esse homem nunca encontrou a resposta. Mas ele tem na sua memória subliminar a voz da sua mãe sussurrando ao seu ouvido quando ele era uma criança pequena: "Deus fez tudo, e ele te ama", era tudo que ela dizia.

Traduzido e adaptado de Bill Flavell

Será o ateísmo a única opção lógica possível?




Deus ou é real ou fictício, tal como é detectável ou indetetável. 
Isto leva a três opções. 

1) Se deus é real e indetetável, nós nunca iremos saber que ele é real, por isso não devemos acreditar que ele existe. (porque acreditar seria apenas um palpite.) 
 2) Se deus é real e detectável, devemos esperar até que ele seja detectado antes de acreditar que ele existe. Mas até ao momento, não há casos verificados de deus sendo detectados, por isso, ainda não se deve acreditar que ele existe. 
 3) Se deus é uma ficção, então ele nunca será detectado, por isso não devemos acreditar que ele existe. 

Nós não sabemos qual destas opções é a verdadeira, mas não importa, porque todos elas levam à mesma conclusão lógica: não devemos acreditar que deus existe.

Traduzido e adaptado de Bill Flavell

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Coisas que os teístas ignoram





1. Deus. 
Para um ateu, Deus é um conceito. A suposta Divindade não é um ser real, mas apenas ideal, já que só existe no plano das ideias. As divindades foram criadas pelo homem desde o primeiro momento em que adquirimos consciência de nossos tormentos: a morte, os perigos, nossas angústias, etc. A partir daquele instante precisamos de uma proteção e buscamos uma divindade que nos resguardasse. Nossos primeiros protetores eram os fetiches, totens, xamãs, etc, etc. Depois essas entidades foram se transformando em deuses e finalmente no Deus único (Algumas sociedades ainda mantêm o politeísmo). 

2. Os Livros Sagrados. 
Os livros santos de todos os credos são fábulas mitológicas, são narrações que foram sendo recontadas, recriadas, expurgadas, adicionadas, reinterpretadas durante milénios. Primeiro de forma oral, depois escritos. Eram textos sobre pedras, madeira, folhas, couros ou peles, numa linguagem precária, sempre variando conforme aquela regra: Quem conta um conto lhe acrescenta um ponto. 

3. As Religiões. 
As religiões são superstições mais elaboradas. Mais elaboradas porque no decorrer de sua formação elas foram criando seus livros, sua literatura, doutrina, teologia, sua própria cultura, o que serviu para o estabelecimento de sua respeitabilidade. As crenças, alicerçadas sobretudo no auto engano e nos medos, mantiveram-se por toda a história da humanidade graças aos costumes, tradições, doutrinação, educação e conveniências de poder. Seus dogmas então estabelecidos levaram a muitos morticínios, dezenas de milhões morreram em seus conflitos, desde as guerras mais antigas, como também nas Cruzadas, na Guerra dos Trinta Anos, na Inquisição, na Noite de São Bartolomeu, nas guerras papais e em outros milhares de lutas religiosas, maiores ou menores. (Os conflitos entre shiitas e sunitas há séculos matam milhares a cada ano). 

4. Jesus Cristo. 
Se um homem chamado Jesus Cristo viveu há dois mil anos dizendo e fazendo todas as proezas que lhe atribuem, por que ele só figura nos Evangelhos? Por que ele não aparece na história nem na literatura romana, grega, judaica ou outra da mesma época? Não seria ele um personagem imaginado pelos muitos místicos daquele tempo, conforme muitos afirmam? Ademais, todas as narrativas sobre esse Homem-Deus têm todas as características das mitologias. Porém mesmo que Jesus existisse, existe um abismo entre sua existência humana e a demonstração de sua divindade. 

5. O Universo. 
Por que existe o Ser ao invés do Nada? Se o Ser não pode ser criado do Nada; se o Nada não existe; se qualquer nicho do Universo está repleto de partículas; se cada partícula está permanentemente em movimento; então a estrutura do Universo, de alguma forma, sempre existiu por sua própria contingência imanente. 

6. As Provas de Deus. 
As supostas provas de Deus não vão além de alegações, todas elas refutadas. 

7. A Moral. 
Os religiosos costumam evocar Deus como fonte da moral, o fundamento da ética. Mas este argumento torna-se inconsistente se confrontado com os inumeráveis horrores praticados pelo homem por inspiração dos livros santos e de seu Deus. E os mandamentos divinos são tão contraditórios que os próprios crentes são obrigados a selecionar quais devem prevalecer ou que interpretações devem ter. Já a ética é um imperativo decorrente da própria necessidade da convivência humana. 

8. A Vida. 
Só estamos aqui porque o arranjo cosmológico aleatoriamente estabelecido permitiu que na Terra moléculas pré-biológicas se tornassem biológicas e depois evoluíram.

sábado, 10 de setembro de 2016

Afinal o que é o Ateísmo?




Cansa ouvir ou ler as barbaridades e a ignorância, que os crentes têm sobre o ateísmo e o próprio significado desse vocábulo. 

O que é ou o que tem o ateísmo? 

Ateísmo tem igrejas? NÃO! Não existem igrejas ateístas. Não tem local algum de culto ao ateísmo. 
Ateísmo tem dogmas que os ateus devem seguir? NÃO! Não há dogmas alguns nem sequer regras. Nada! 
Ateísmo é alguma ciência filosófica? NÃO! 
Ateísmo tem cargos e representantes directivos, estruturas de funcionamento e gestão? NÃO! Ateísmo não é uma empresa, sociedade, clube ou associação. Nada disso! 
Ateísmo é um partido político? NÃO! Para ser um partido político teria de ter como condição para a filiação, a isenção de crença em divindades. Mas nesse caso, seria um partido laico e não ateísta! 
Ateísmo financia, produz ou constrói alguma coisa? NÃO! Ateísmo não é banco nem instituição financeira, nem fábrica ou construtora do que quer que seja. Nada disso! 

O ateísmo não tem posição nem diz o que é o bem e o que é o mal, ou o que é certo ou o que é errado. Não traz nenhuma espécie de valor, e assim, também não se pode atribuir qualquer tipo de culpa ou responsabilidade. 

Ateísmo é uma crença? Ausência do vício de fumar é também um vício? Não praticar desporto algum é uma modalidade desportiva? Não ter doenças algumas e ser saudável é ser doente? Não jogar xadrez ou não fazer palavras cruzadas é um passatempo? A tv desligada é um canal de televisão? Abstinência é uma posição sexual? 
Teísmo é a CRENÇA na existência de deus(es). Qual é o critério de validação dessa crença? FÉ. Asserção de conhecimento sem evidência. 
Ateísmo é simplesmente uma posição relativamente ao teísmo. É precisamente a ausência da CRENÇA na existência de deus(es). Qual é o critério de ausência dessa crença? Falta de evidência para a sua existência. 

Será que pode ser um “ismo”? NÃO! Para ser um “ismo” teria de ter uma linha de pensamento. Só que os ateus não pensam da mesma forma entre eles, apenas tem em comum a DESCRENÇA nos deuses apresentados pelos teístas. Ser ateu é uma linha de pensamento tanto quanto “não jogar futebol” é um “esquema táctico”. 

Então o que é o ateísmo? Na verdade não é nada, não existe. Quanto muito não seria mais que uma simples postura racional e lógica perante a ausência de evidências de deus(es). Uma comodidade gramatical para definir um conjunto de indivíduos que apenas tem UMA COISA em comum: A descrença na existência de deus ou deuses. 

Ora se a única coisa em comum é esse item, o que existe são apenas ATEUS e não ATEÍSTAS. 
E por isso devemos ser classificados de “ateus”!

domingo, 4 de setembro de 2016

Bíblia é a palavra de deus?



A bíblia só é a palavra de deus porque quem a lê (e quem a montou) assim o decidiu definir. 
A maioria dos crentes não sabe quando, como, porquê e por quem a bíblia foi compilada. A bíblia começou a ser compilada a pedido do Imperador Constantino, que pediu aos seus sacerdotes que redigissem um texto que permitisse unificar as religiões que estavam totalmente dispersas e cada uma puxava para o seu lado. 
Então, em concílio, os sacerdotes compilaram uma quantidade de textos provenientes de mitologias de criação e outras que tais, com origens muito dispersas e antigas (grande parte delas provenientes da Idade do Bronze e do Ferro) e deram-lhes um tratamento "cristão" porque fora essa a religião a que Constantino se havia convertido (mas só se converteu totalmente já no seu leito de morte). 
Quanto ao novo testamento, a vida do Cristo é descrita por vários evangelistas mas nenhum (nem um único!) presenciou seja o que for pessoalmente. O carácter do Cristo vai-se divinificando, de evangelho para evangelho, sendo que no primeiro (Evangelho de Marcos) Jesus é descrito pelo que ele realmente era: um homem, com características totalmente humanas (irrita-se, zanga-se, tem mudanças de humor, etc). Pelo último evangelho (João) já Jesus é quase totalmente divino. 
Porquê? Porque cada vez que se conta uma história, embeleza-se. Principalmente tratando-se de cópias umas das outras. E, também, pelo facto de se ter decidido divinizar aquele judeu que muitos acreditaram tratar-se do Messias (meshiach em aramáico, que em grego se diz Xhristos, daí o título de Cristo). 
Portanto, a Jesus foram atribuindo características de outros "deuses" anteriores:
  • Mythra: 1200 a.C; 
  • Horus: 3000 a.C; 
  • Atis: 1200 a.C.; 
  • Dionísio: 500 a.C. 
 Muitos deles nasceram a 25 de Dezembro, alguns de uma mãe virgem, todos fizeram milagres, tiveram seguidores (alguns deles tiveram 12 seguidores), morreram e ressuscitaram, alguns deles ao terceiro dia. 
Alguns destes "deuses" também andaram sobre as águas, transformaram água em vinho, curaram doentes, etc. 
Para além de tudo isso, a bíblia passou por inúmeras revisões ao longo de 1600 anos, com os textos a serem adaptados e adulterados (sim, existem provas de que tal aconteceu!).

Portanto, a bíblia é aquilo que quem a escreveu quis que ela quisesse. Nada tem de divino. 

E a bíblia actual? 
As várias (sim, há várias) bíblias actuais são baseadas na bíblia encomendada pelo rei James. A versão do Rei James do Novo Testamento foi completada em 1611. 
No entanto, não existiam (e continuam sem existir) textos originais para traduzir. Os manuscritos mais antigos foram escritos centenas de anos após a morte do último apóstolo. 
Existem mais de 8000 desses manuscritos, sendo todos diferentes e contraditórios entre si. 

Portanto, as bíblias que actualmente temos baseiam-se numa versão totalmente composta e editada no século XVII, a partir de traduções do século XVI, de 8000 cópias contraditórias de manuscritos do século IV que alegam ser cópias dos textos perdidos no século I. 
Por fim, a bíblia contém: 416 contradições internas, 428 pontos desmentidos pela ciência, 2186 afirmações absurdas, 1315 passagens onde deus é cruel e violento e 1542 passagem onde deus é injusto. 
Não me parece que seja algo divino. Para ser algo de inspiração divina, não teria sido tão editada, composta, adulterada e não estaria tão pejada de contradições, com erros crassos, imoralidades, incitações à violência, etc.

Por Rui Batista