O tempo (cronológico) não existe!
É um conceito inventado pelos homens para que estes se consigam sincronizar uns com os outros para desempenhar tarefas.
Obviamente que, em oposição ao conceito de ‘deus’, o conceito de tempo (cronológico) atualmente é UTIL à humanidade! Sem este conceito andaríamos todos às turras para conseguir combinar estar próximos uns dos outros em determinadas circunstâncias.
Existem eventos que podem parecer que se repetem ou não (como o ‘nascer’ do Sol, embora NUNCA um ‘nascer’ do Sol possa ser efetivamente considerado uma repetição, porque o Sol também se move e assim, ‘nasce’ em locais diferentes todos os dias, se tomarmos em consideração o próprio Universo).
Portanto, uma máquina do tempo é uma ilusão que o nosso próprio pensamento, a nossa própria imaginação nos leva a crer que seria possível inventar, pois achamos que, entrando nessa máquina, poderíamos “voltar” ao ‘tempo’ dos nossos avós (mas o tempo dos nossos avós não existe).
Apenas existe o presente, e sendo assim, para todos os efeitos, não existe passado nem futuro.
Claro que as nossas memórias nos ajudam a guardar coisas que fizemos antes do “agora”, mas isso não quer dizer que o “antes do agora” continue a existir. Já existiu, ou melhor, já aconteceu, mas deixou de acontecer, ou melhor: MODIFICOU-SE!
Portanto, podemos é dizer que a matéria que nos constitui modifica-se, e isso leva-nos a conseguir poder ‘medir’ as ocorrências dessa modificação se tomarmos em consideração um ou outro evento que possa ser relativo ao primeiro.
Albert Einstein chamou a sua “magna” teoria de “Teoria da Relatividade” precisamente porque tudo é relativo.
O “tempo” que costumamos utilizar para informarmos aos nossos amigos sobre “quantos anos temos”, é relativo às voltas que o nosso planeta dá em torno do Sol.
Portanto, eu, que tenho 49 anos, posso afirmar que a matéria que constitui o meu corpo, e que está sempre em constante modificação (tal como tudo neste Universo), já deu 49 voltas em torno do Sol.
Os humanos resolveram designar cada uma dessas voltas com o termo “ano”.
Mas se alguém vivesse no planeta Marte, que, por exemplo, demora 657,45 dias (dos ‘nossos’ aqui da Terra) a dar uma volta em torno do Sol, então, ao fim de 12 anos daqui da Terra, essa “pessoa” que vivesse no planeta Marte, teria vivido apenas 6,39 “anos marcianos”.
Vá, queres voltar então ao passado? Qual deles? Ao “passado terrestre” ou ao “passado marciano”?
Isto a princípio pode parecer tudo muito complexo, mas isso deve-se apenas ao facto de nós humanos termos necessidade de criar conceitos que nos auxiliem a conviver com os outros seres humanos neste planeta, que depois nos esquecemos de que os nossos próprios conceitos acabam por ser pequenas prisões que nos fecham no nosso próprio entendimento para conseguirmos compreender o Universo em que vivemos.
Provavelmente, poderás querer utilizar o termo “espaço-tempo”, pois a ciência criou e passou a utilizar esse termo para mais facilmente conseguir explicar eventos relacionados com a matéria e medi-los com um mínimo de compreensão humana.
E porque é que é tão difícil conseguir compreender que o tempo não existe? Bem, observemos o ‘céu’ noturno.
A luz das estrelas que vemos no ‘céu’ noturno (‘céu’ – outro termo que designa um conceito que não existe, eheh…) dizia eu: a luz das estrelas que vemos no ‘céu’ noturno já não existe tal como o vemos.
Se olhares para todas as estrelas no ‘céu’, poderás estar a olhar para aquilo a que poderemos chamar de ‘passado’.
Mas, se o tempo não existe, porque falamos em “olhar para o passado”? Porque o que existe aproxima-se mais do conceito “espaço-tempo” e não do conceito “tempo”. Ou seja, é impossível separar o conceito “tempo” do conceito de “matéria” (ou “espaço”).
Por isso, matéria e “tempo” (ou espaço e “tempo”) são a mesma coisa.
Então, “tempo” (por si só, não existe).
Ou melhor, usando a terminologia científica, “O tempo não flui. O tempo simplesmente é.”
Esse é o mais comum e maior engano de todos, julgar que o tempo seja algo que possua uma existência própria e independente…
Tempo é relação, e relação não existe como coisa independente, existe apenas enquanto se relaciona…
Logo o tempo existe apenas como resultado da dinâmica do universo se expandindo, como relação entre os eventos ocorrendo em um espaço dinâmico, não pode existir portanto nem para a frente nem para trás, apenas no instante mesmo em que se dá.
Parabéns pelo artigo.
ResponderEliminarEm primeira instância, penso quase igual a você.
...Diferenciando por algumas particularidades: Para mim o tempo é a própria dimensão e tudo está nele, e nele nada pode tocar.
Parabéns por compartilhar seu ponto de vista.