Como saber a diferença entre o que é verdadeiro e o que é falso?
Por experimentação, ou por provas inequívocas de que algo é real ou não.
Nos tempos antigos, naqueles tempos em que tudo era explicado por processos intuitivos, tudo fazia sentido e nada era necessário ser provado para existir.
Tudo o que a natureza nos presenteava, fosse bom ou mau, tinha sempre uma resposta intuitiva. Em muitos dos casos, eram os deuses que eram as causas dos fenómenos naturais.
Chovia, era o deus da chuva que presenteava. Não chovia, era castigo desse ou de outro deus.
O formato da terra era plano, porque era intuitivo. Era assim que o homem via o ambiente que o rodeava. Plano, com uma redoma acima dos céus.
Também era natural e intuitivo que se pensasse que a terra estava parada e o sol e a lua andavam à volta dela. Era perfeitamente normal nesses tempos. Porque era intuitivo e era a resposta mais fácil para compreender o mundo.
O que mudou então? Porque hoje sabemos, com mais facilidade, reconhecer aquilo que é real daquilo que não é? Como sabemos explicar fenómenos naturais sem recorrer ao “senso comum” e à intuição?
Tudo começou com a ciência. A vontade de descobrir para além das divindades como respostas. Os gregos começaram, nós (mundo atual) demos continuidade aos processos da descoberta da compreensão do nosso mundo.
A evolução da ciência permite-nos, hoje, entender como praticamente tudo o que nos rodeia funciona e porque funciona. Ou quase tudo. Porque falta ainda perceber alguma coisa, senão muita coisa.
Mas porque é que ainda há muitas pessoas que recorrem ao facilitismo da intuição e do senso comum? Porque é que muita gente ainda recorre às crenças em divindades para explicar as suas dúvidas? Porque a ciência nunca foi fácil. Estudar, perceber e reconhecer que a ciência nos dá respostas, dá muito trabalho. É um caminho muito árduo perceber as áreas da física, astro-física, biologia, geologia, etc. Nunca foi fácil e nunca o será.
Então, como é difícil entender, embora seja fácil para quem deseja aprender, o crente recorre ao senso comum e à intuição para continuar a ter o seu ego preenchido com o seu “deus das lacunas”. Sim, dá muito trabalho estudar e conseguir perceber. Mas depois de se perceber como as coisas funcionam, não há mais necessidade de irmos buscar ao fundo do baú, as respostas tortas da idade do ferro e do bronze, para sabermos como a nossa vida e o universo funcionam.
Haja vontade, que tudo é possível ser atingido.
Texo de Paulo Santos.
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