domingo, 27 de novembro de 2016

Quem deve ser castigado?



Imagina que eu escrevi um programa inteligente para computador, inteligente de tal modo que poderia aprender mais e mais ao acessar o Google. Imagina que eu queria que o programa aceitasse que existe um deus, e coloquei essa ideia no código do programa.

Mas, depois de dois anos de pesquisa ininterrupta no Google, 24 horas por dia, o programa acabou por concluir que não há deus algum.

Quem seria culpado? Eu ou o programa?

Se eu julgasse necessário impor um castigo por este mau funcionamento, quem deveria ser punido, eu ou o programa?


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

Reflexão sincera dum ateu



Eu sinceramente não consigo entender como é possível alguém chegar aos 15 anos de idade, morando numa área urbana, sendo alfabetizado e seguindo os estudos regulares na escola enquanto fala sozinho, profere frases dirigidas a seres invisíveis, se ajoelha, faz sinais bizarros, canta e dança na frente de estátuas de gesso ou quadros na parede.

Participa de procissões onde um grupo de pessoas anda de um lado para outro carregando imagens de barro, com velas acesas nas mãos, entoando canções e orações dirigidas a seres que de fato eles nunca viram.

Evita comidas que são saudáveis e nutritivas, se abstém de beber álcool mesmo de forma moderada, foge de estímulos sexuais normais, desenvolve ódio contra pessoas que não conhece a passa a ter medos reais de coisas imaginárias.


sábado, 26 de novembro de 2016

Por que tu realmente acreditas?



Com poucas excepções, eu não acho que os crentes sabem por que é que acreditam. A maioria dá argumentos idiotas para as suas crenças. E estes argumentos são sempre facilmente refutados, são argumentos sem valor, eles não passam de apenas serem uma tentativa de racionalizar o motivo por os crentes acreditarem.

Se os crentes fossem honestos, diriam que acreditam porque se sentem apoiados, ou porque os fazem sentir-se seguros, amados e por fazerem parte duma comunidade em que se entre ajudam. Mas eles não são honestos, então eles dão estas desculpas esfarrapadas.

Acreditar é fácil: é o padrão humano. Mas não acreditar em coisas de que foram programados para acreditar, e é esperado acreditarem, é difícil.

E a maioria das pessoas não está à altura.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

O argumento da invisibilidade



Alguns dos meus amigos religiosos adoram um argumento a favor de Deus que eu chamo de argumento da invisibilidade. 
O crente começa por fazer uma pergunta: "Tu consegues ver o amor?" Ou "Tu podes ver o ar?" E eles esperam que tu respondas: "Não". 
E quando tu respondes assim, eles aplicam o KO: "Tu não podes ver o amor, mas tu sabes que ele existe. Da mesma maneira, tu não podes ver Deus, mas tu podes saber que Deus existe!"

Para perceber o problema que há com este argumento, vou defini-lo como um silogismo:

P1 - Há algumas coisas que não podemos ver mas que sabemos que existem.

LOGO

C1 - Coisas que não podem ser vistas podem existir.

P2 - Não podemos ver Deus.

LOGO

C2 - Poderia ser possível saber que Deus existe.

O que é interessante sobre este argumento é que ele é logicamente sólido. O problema é que não demonstra que Deus existe, apenas demonstra que Deus PODERIA existir apesar de ser invisível.

Sabemos que algumas coisas que não podem ser vistas, existem. Mas sabemos que existem porque temos evidências não-visuais. Por exemplo, podemos detectar o ar de muitas maneiras: através dos moinhos de vento, elevação de aeronaves e encher pneus de carro. Podemos até mesmo detectar os gases individuais de que o ar é feito. Mas já não temos a mesma sorte com Deus. Não podemos ver Deus nem temos nenhuma evidência não-visual de que Deus existe. Então, se este é um argumento baseado numa analogia, é um argumento sem bases pois a analogia é falsa.

Na verdade, o argumento é uma tautologia: não nos diz nada. A conclusão (C2) é logicamente equivalente à primeira premissa (P1).

Então, se tu és um crente, por favor, não uses este argumento, pois ele, literalmente, não te leva a lugar nenhum.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Mitos hebraicos na Bíblia cristã



LEVIATÃ
(O Monstro do Mar) 

"E naquele dia Jeová, com a sua espada dura e grande e forte, voltará sua atenção para Leviatã a serpente deslizadora, sim, para Leviatã , a serpente sinuosa, e certamente matará o mostro marinho que há no Mar", Isaías 27:1. 
No Antigo Testamento a imagem da Leviatã é retratada pela primeira vez no Livro de Jó: "Acaso podes puxar para fora o Leviatã com um anzol?", Jó 41:1. 
"Ninguém é tão audaz que o incite...", Jó 41:10. 
"Seus espirros fazem brilhar a luz. E seus olhos são como os raios da alva", Jó 41:18. 
"Lampejos procedem da sua boca, sim faíscas de fogo escapam", Jó 41:19. 
"Das suas narinas saem fumaças, igual a uma fornalha acesa com juncos", Jó 41:20. 
"A própria alma dele incendeia carvões, e até mesmo uma chama sai da sua boca", Jó 41:21. 
"Seu coração é fundido como pedra", Jó 41:24. 
"Considera ferro apenas como palha...", Jó 41:27. 
"Faz a profundeza ferver como panela", Jó 41:31.

BEHEMOT 

Behemot é o nome de uma criatura fantástica descrita na Bíblia, no Livro de Jó 40:15 a 24. No idioma hebreu é transcrito para, Bhēmôth, Behemot, Bemot; em árabe (Bahimūth) ou (Bahamūt). Sua posição é tradicionalmente associada a de um monstro gigante podendo ser retratado como um leão monstruoso, apesar de alguns criacionistas o identificarem como um saurópode ou um touro gigante de três chifres. Em outra análise, este é visto como um animal pré-histórico muito conhecido como o braquiossauro. Os relatos do livro de Jó, capítulo 40, apontam para este grande animal herbívoro. Esta criatura tem corpo couraçado e é tipicamente do deserto (embora "Behemot" também seja como os hebreus chamam o hipopótamo). Segundo a tradição judaica ortodoxa, sua missão é esperar pelo dia em que Jeová lhe pedirá para matar Leviatã. As duas criaturas morrerão no combate, mas Behemote será glorificada por cumprir a sua missão. O nome é o plural do hebraico (translit), Bohēmäh "animal", com sentido enfático ("animal grande", "animal por excelência). Na tradição judaica ortodoxa, Behemote é o monstro da Terra por excelência, em oposição a Leviatã, o monstro do mar, e Ziz, o monstro do ar. Diz uma lenda judaica que Behemote e Leviatã se enfrentarão no final dos tempos, matando-se um ao outro, então, a sua carne será servida em banquete aos humanos que sobreviverem. Salmos 74:14.

ZIZ

Ziz (ou Acis) é, na mitologia judaica, uma ave gigante, tão grande que bloqueia a luz do Sol com a envergadura das suas asas. É considerado como um arquetipo das criaturas monstruosas. Behemoth, Leviatã e Ziz são motivos de decoração no artesanato judaico. Na Bíblia cristã este nome Ziz (Acis) é mencionado uma vez: "Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz (Acis)......", 2 Crónicas 20:16.


Trabalho de investigação : Hegas Alberto Santana.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Azazel, o demónio que carrega os pecados dos homens, e não Jesus, o Cristo.



Azazel é o nome semítico de Satanás, segundo a mitologia de povos da região do Levante. Azazel é um "Djinn", criatura espiritual feita a partir do Fogo.

O livro do moçambicano Sheikh Aminnuddin Muhammad, HISTÓRIAS SELECIONADAS DO ALCORÃO. Vol. I nas páginas 69 - 70, conta que Azazel é um djinn que tinha muito amor ao seu criador Allah, e por ser afectuoso à Allah, ele participava no convívio com os <<malaica>> que são seres espirituais superiores aos djinns, e os malaica foram criados a partir da Luz. Os malaica não são abrangidos pelo lívre arbítrio enquanto que os djinns já o são.

O motivo que levou a Azazel a se transformar em demónio, foi devido a Allah ter criado o homem e ordenação dos anjos a se prostrarem perante a primeira criação humana (carnal). Todos se haviam prostrado, exceto Azazel que se orgulhava por se considerar um ser superior ao homem, Corão 15:28 - 31. 

Na página 71 do mesmo livro deste Sheikh Aminuddin, conta a expulsão de Azazel na corte celestial: << Então sai deste lugar! Não podes mostrar aqui o teu orgulho, portanto, sai daqui para pertenceres ao número dos desprezados >> ,Corão 7:13.

<< Sai daqui! Pois que tu és banido. E na verdade a minha maldição estará sobre ti até ao Dia do Julgamento >>, Corão 28:77 - 78.

Na página 72, conta que Azazel (Azazil) ao ser expulso, pede um adiamento até a ressureição: << Ó Senhor meu! Concede-me um adiamento até ao dia em que sejam ressuscitados >>, Corão 15: 37 - 38.

Na página 73, conta que Azazel ao ser concedido um tempo, aproveitou a oportunidade e prometera vingança aos filhos de Adam (Adão) :
<< Uma vez que me expulsaste, ficarei emboscando à espera deles, para os desviar do Teu caminho recto. Já que fui amaldiçoado por causa de Adam, também vou armar ciladas aos seus filhos; vou atacá-los de frente, de trás, do lado direito e do lado esquerdo e vou desviá-los do caminho recto e verás como a maioria é ingrata para Contigo, meu Senhor, exceptuando os teus servos sinceros >>, Corão 7 : 37 - 38.

Portanto, Azazel é o RESPONSÁVEL por todos os males, ele deve carregar consigo os pecados dos homens:
<< E da Assembleia dos filhos de Israel deve tomar dois cabritos como oferta pelo PECADO e um carneiro como oferta queimada >> Levítico 16:5. 
<< E Arão tem que tirar sortes sobre dois bodes, uma sorte para Jeová e outra sorte para Azazel >> Levítico 16:8.
<< Mas o bode sobre o que recaiu a sorte para Azazel, deve ser posto vivo perante Jeová para fazer expiação por ele, afim de ser enviado ao ermo para Azazel >> Levítico 16:10.
<< E Arão tem de pôr ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo e CONFESSAR sobre ele TODOS OS SEUS PECADOS, e tem de pô-la sobre a cabeça do bode e tem de enviá-lo ao ermo pela mão de um homem preparado >> Levítico 16:21.
<< E o bode tem de LEVAR sobre si TODOS os ERROS DELES a uma terra desértica; e ele tem de enviar o bode ao ermo >> Levítico 16:22.
<< Quanto áquele que enviou o bode para Azazel, deve lavar as suas vestes e tem de banhar sua carne em água, e depois entrar no acampamento >> Levítico 16:26.

Até aos dias de hoje, muitos semitas acreditam que Azazel e outros djinns habitam nos desertos. 

NOTA: Em outras versões bíblicas, o nome Azazel foi apagado e foi substituído por bode expiatório. Por exemplo na versão João Ferreira de Almeida.

Uma das versões em que aparece o nome << Azazel >> é a Tradução do Novo Mundo da Escritura Sagrada, WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY.

Por isso senhores crentes, os judeus sempre mantiveram os seus costumes religiosos até que, infelizmente, surgiram os gregos e romanos em Israel, roubaram os manuscritos hebraicos e aramaicos, deturparam a tradição judaica, fabricaram Jesus Cristo e ainda por cima mentiram de que Jesus Cristo é que carregou os nossos pecados quando na verdade no judaísmo o responsável pelos erros é Azazel e faz-se a EXPIAÇÃO através do bode expiatório ao deserto e não por meio de artimanhas teológicas greco-romanas que tem aldrabado um monte de pessoas desprecavidas.

O cristianismo é uma religião pirata e se parasita no judaísmo.


Por : Egnay Alberto Santana

domingo, 20 de novembro de 2016

Quebrando nossas intuições



Às vezes, ao olhar para trás, pode ser possível ter uma visão do que será o futuro. Há coisas que entendemos hoje que seriam incompreensíveis ou até mesmo absurdas, para as pessoas no passado.

A ideia de que a Terra poderia ser esférica foi uma vez totalmente contra-intuitiva, inverossímil mesmo - pois com certeza que as pessoas na parte de baixo da Terra iriam cair, ou não era? Não fazia sentido algum! 
Outra ideia era que a Terra não era apoiada fisicamente por nada. Certamente, a Terra tem que ser apoiada ou caso contrário, ela não cairá? Se olharmos para a "cosmologia" antiga, encontramos tentativas de explicar esse mistério. Dizia-se que a Terra era plana e apoiada por tartarugas, elefantes, deuses, pilares, ou pendurado por um fio.

Então descobrimos a gravidade e encontrámos um mecanismo que permite que os planetas esféricos, que de modo nenhum são suportados, façam sentido. Hoje em dia nem sequer pensamos nisso - o intuitivo se tornou evidente. Hoje é difícil imaginar como um planeta apoiado por alguma coisa poderia fazer sentido. Essa ideia se tornou tão idiota que até as crianças se riem dela.

Quando olhamos ao nosso redor, encontramos muitas coisas que antes eram intuitivamente impossíveis, mas agora são comuns e óbvias. Tomemos, por exemplo, a ideia de enviar mensagens invisíveis por milhares de quilómetros de distância à velocidade da luz, e até mesmo atravessarem paredes sólidas. Isso se tornou possível quando descobrimos a radiação electromagnética (EM) e a aprendemos a usá-la. Hoje, o mundo está ligado por radiação EM transmitindo rádio, TV e mensagens de telemóvel por todo o mundo.

A maioria das mudanças fundamentais em nosso entendimento são provocadas pela descoberta de algo que anteriormente não sabia que existia, como gravidade ou radiação EM.

É provável que ainda haja mais coisas que ainda teremos que descobrir? Definitivamente que sim. Por exemplo, sabemos que há algo a que chamamos de matéria escura, mas não temos ideia do que é ou de onde veio - os cálculos mostram apenas que esse algo existe. Talvez ao descobrir o que é a matéria escura, a nossa percepção do que é intuitivo e do que é contra-intuitivo, mude.

A intuição é útil, mas devemos reconhecer as suas limitações - a intuição é baseada no mundo com o qual estamos familiarizados e, uma vez que nos movemos para além deste mundo, ela pode nos decepcionar. É por isso que eu abano a cabeça quando as pessoas religiosas insistem que um universo não pode se auto-criar, e estão totalmente convencidas que é óbvio que assim seja!

Bem, mas não é óbvio. É improvável que nossas intuições se estendam até ao surgimento do Universo, antes que houvesse matéria e antes que houvesse átomos ou mesmo elétrons. Nós já conhecemos o mundo que é muito pequeno, o mundo quântico, e ele é estranho e contra-intuitivo. E o mundo pré-quântico pode ser ainda mais estranho.

Então vamos deixar esses jogos filosofando para de trás de nós. O trabalho de descobrir o que aconteceu há 13,7 mil milhões de anos, não é algo que as nossas intuições falíveis nos irão ajudar. É um trabalho para aceleradores de partículas de alta tecnologia, com poderes de computação maciça, matemáticas avançadas e com os cérebros mais inteligentes do planeta.


E é improvável que a especulação religiosa no Facebook vai ajudar muito.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

sábado, 19 de novembro de 2016

O erro crítico do cristão inteligente



Quando um cristão inteligente lê um versículo inverossímil na Bíblia, como uma descrição duma conversa duma cobra ou dum jumento, suspeito que a racionalizem pensando: "Bem, é extraordinário, mas se Deus existe, é porque pode ser verdade".

Essa lógica é inatacável, se tanto Deus como um reino sobrenatural existem, quase tudo poderia ser verdade.

Mas ainda há uma falha nesse argumento. Sim, a história de cobra falante PODERIA ser verdadeira. Mas apenas porque é possível que uma história seja verdadeira, não significa que é verdade. E certamente não é uma razão para ACREDITAR que é verdade.

Assim, o cristão inteligente deve dizer: "Pode ser verdade, mas não tenho nenhuma evidência de que assim seja, então não vou acreditar até que o relato bíblico possa ser independentemente fundamentado".

É claro que, se os cristãos inteligentes tomassem essa abordagem rigorosa mas simples, não haveria cristãos inteligentes ...


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Não muito para uma vida....





Não era muito para uma vida.


 Ele não tinha uma mãe quente para abraçar. Nenhum peito para amamentar. Nenhum pai para o guiar. Sem infância. Sem amigos para conversar. Sem brinquedos para brincar. Nada para o entreter. Ninguém para amar. Sem intimidade. Nada para afirmar que ele ainda existia. Nada para ver ou ouvir, tocar ou cheirar. 

Absolutamente nada.

E ele sofreu esse tormento por um tempo longo, absolutamente inimaginável: alguns dizem que "sempre" foi. Isto é obrigado a afetá-lo. Tu não podes sofrer algo assim e continuar a ser normal.

Por alguns dias fugitivos dessa eternidade, ele fez umas coisas para se divertir. Mas eram muito fáceis. Não eram sequer um desafio para ele. Divertiu-o por uns tempos a matar algumas pessoas e lançar uns truques sobre eles, mas ele acabou ficando entediado e desistiu. Ele agora não faz nada (embora alguns acreditam que ele aparece em tostas).

Algumas pessoas andavam apavoradas com ele e passavam todo o tempo adorando-o e fazendo sacrifícios para ele. Outros simplesmente o ignoravam.

Muitos dos que estavam com medo, já não são mais incomodados por ele - alguns até mesmo o acham ridículo e contam piadas sobre ele. Ele foi usado para rebaixar essas pessoas, mas ele hoje já não o consegue. Desistiu. Ele só quer ser deixado em paz, assim como era antes de fazer todas estas coisas. Não deu certo. Provavelmente nunca deveria ter feito isso.

Não era muito para uma vida. Também não muito para uma morte. Só para ser esquecido depois de tudo o que ele tinha feito.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O propósito de deus



E se houver realmente um deus fora do Universo? E será que foi ele que criou o Universo e projetou as leis da física? Eu tenho uma hipótese que explica como isso poderia ser verdade.

A velocidade da luz foi primeiramente calculada pelo astrónomo dinamarquês Olaus Roemer em 1676. Em 1905 Albert Einstein publicou a sua teoria da relatividade especial que, entre outras coisas, mostrou que há um limite superior para a velocidade da luz (299.792 quilómetros por segundo). Esse limite teria sido imposto por deus como parte de seu grande projeto. 

Mas há um problema.

O limite na velocidade da luz é também um limite absoluto na velocidade à qual a informação pode ser transmitida. A borda do nosso universo é a distância que a luz percorreu desde o Big Bang, e a limitação da velocidade da luz significa que nunca podemos obter informações de fora do universo, pois é uma impossibilidade física. Portanto, se Deus está fora do universo, ele não pode passar informações para nós e não podemos passar informações para ele: há uma lacuna de comunicações intransponível.

Se Deus nos criou para que ele pudesse ter um relacionamento connosco, ele provavelmente nos deu a necessidade de conhecê-lo. Mas a velocidade da limitação da luz significa que nunca o poderíamos conhecer. Isto explicaria porque os seres humanos inventam deuses e porque nós não podemos nunca mostrar que nenhum dos nossos deuses é o real. Nós não podemos mostrar que eles são reais porque eles não o são, enquanto que o deus real está sempre escondido de nós pelas suas próprias leis da física.

Este seria o propósito mais espetacular na história do Universo!


Traduzido e adaptado de Bill Flavell
 

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Nós não conseguimos entender deus



As pessoas religiosas costumam dizer que Deus está além do nosso conhecimento, mas como poderiam elas saber isso? Nossa capacidade de entender aumenta com o tempo. De fato, desde o advento da ciência, o nosso conhecimento aumentou quase de modo logarítmico. 

Então, quando as pessoas religiosas dizem que Deus está além do nosso conhecimento, elas estão a dizer que há um limite de complexidade para além do qual os seres humanos nunca poderão ir? Como elas poderiam saber isso? Como elas poderiam saber o que conheceremos em, digamos, 1 000 anos? Obviamente, que elas não podem. 

O que elas realmente querem dizer quando afirmam que Deus está além de nosso conhecimento é que não podemos dar um sentido a Deus porque Deus não faz sentido.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

domingo, 13 de novembro de 2016

Se a ciência funcionasse como a religião



Se tu és ateu, tenho a certeza de que terás visto situações em que os crentes inventam coisas para defender suas crenças. Tu até sabes que tipo de coisas. Se eles acreditam que o universo tem 6 000 anos de idade e tu dizes que a luz de algumas estrelas levou mil milhões de anos para chegar até nós, eles irão dizer algo como: "Deus fez parecer assim para testar nossa fé".

Em nenhuma parte das Escrituras diz isso. Então isso é inteiramente inventado. Tu podes imaginar como é que a ciência iria funcionar se os cientistas usassem os mesmos métodos?

Maria: As equações de Einstein mostraram que a velocidade da luz tem um limite superior de 299 792 quilómetros por segundo. As relações entre velocidade e massa, e entre velocidade e tempo tornam esta conclusão inevitável.

Ricardo: Eu discordo. Sabemos que com Deus tudo é possível e a fé pode mover montanhas. Portanto, não podemos evitar a conclusão de que a velocidade da luz pode ser qualquer coisa que queremos que seja.

Maria: [longa pausa] Tu estás certo, Ricardo, merda!


Se a ciência funcionasse como a religião seria uma merda, assim como a religião sempre foi.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

Provas da existência de deus que nada provam


 
“Logo, é necessário chegar a um primeiro motor, de nenhum outro movido, ao qual todos dão o nome de Deus”. 

“Logo, é necessário admitir uma causa eficiente primeira, à qual todos dão o nome de Deus”. 

“Por onde, é forçoso admitir um ser por si necessário, não tendo de fora a causa da sua necessidade, antes, sendo a causa da necessidade dos outros; e a tal ser, todos chamam Deus”. 

“Logo, há um ser, causa do ser, e da bondade, e de qualquer perfeição em tudo quanto existe, e chama-se Deus”. 

“Logo, há um ser inteligente, pelo qual todas as coisas naturais se ordenam ao fim, e a que chamamos Deus”. 

As frases acima são a conclusão de cada uma das Cinco Vias que encontramos na Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino. (1ª parte, questão 2, artigo 3). 

É importante notar que todo o esforço do Doutro de Aquino está em demonstrar a veracidade de uma ABSTRAÇÃO. Mas ele não faz NENHUM esforço para demonstrar que essa abstração É DEUS. Apenas declara que a ela “todos dão o nome de Deus”. 

 Convenhamos que é uma afirmação totalmente gratuita, baseada apenas num “argumentum ad populum” ou seja, de que “a maioria das pessoas diz isso’. Sendo assim, é fácil ver que embora a ABSTRAÇÃO possa ter certa base RACIONAL para sua existência, a sua ASSOCIAÇÃO com Deus não tem nenhuma. 

Logo, são provas que no final nada provam.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Argumento contra a existência de deus



Podemos imaginar um nome para tudo, absolutamente tudo, o que existe? 
É lógico que sim porque se trataria apenas de uma mera definição: Tudo o que existe, existiu ou existirá. Seja material ou espiritual, imanente ou transcendente. Podemos dar a isso o nome que quisermos como Cosmos, Universo, Conjunto de tudo o que existe ou simplesmente TUDO. Lembre-se de que nós é que estamos definindo isso, o que significa que essa definição não está sujeita a discussões. Vamos chamar essa definição de TUDO

 – TUDO obrigatoriamente inclui Deus, a menos que afirmemos categoricamente que Deus não existe. 
– Logo, Deus tem que ser PARTE de TUDO
– Mas uma PARTE não pode criar o TUDO exatamente porque é uma parte de TUDO
– Logo, só temos duas opções: 
1º Deus NÃO É parte de tudo o que existe e, portanto, não existe. 
2º Deus É parte do que existe e assim não pode ser o criador de TUDO.


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Dez más razões para ser um ateu (e uma boa razão)



Eu sou um ateu, mas muitas vezes encontro-me em desacordo com outros ateus. Existem boas razões para ser ateu e há razões más. Aqui estão dez razões mais comummente ouvidas como más:

"Minha mãe ficou doente, todos nós oramos por ela horas e horas, mas ela morreu" 

"Eu nunca vi Deus." 
"Rezava diariamente para que Deus se revelasse, mas ele nunca o fez". 
"Há contradições na Bíblia." 
"Deus permitiu a escravidão". 
"Bebés nascem com deficiências terríveis." 
"A história da criação de Génesis já foi provada como errada pela ciência." 
"Não há evidências de que Jesus existiu." 
"Nós sabemos que os homens inventaram os deuses." 
"Deus é suposto nos amar, mas ele permite que os desastres naturais nos matam." 

Esses fatos são consistentes com um Deus inexistente, mas eles não são suficientes para mostrar que Deus não existe. Eles não são suficientes porque é muito fácil confabular histórias que permitiriam que a existência de Deus permanecesse perfeitamente viável, apesar destes fatos serem verdadeiros. 

Esta é a razão de ser do apologista. 

Então, por que ser ateu? Seja ateu porque os seis mil milhões de pessoas que acreditam em Deus (qualquer deus), não podem entre eles chegar a uma única e boa razão para sua crença, apesar de vários milhares de anos de tentativas. Seja ateu porque não há boas razões para ser um teísta. É isso aí. 


Isso é tudo o que tu precisas.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

terça-feira, 8 de novembro de 2016

A profundidade da alienação



Sempre me pareceu mera “manobra” para distrair a atenção a exigência de alguns religiosos de que os ateus devem “provar que Deus não existe”. 

Aos poucos fica claro que para alguns religiosos, algo que corresponde a uma mera crença é tomado como uma realidade incontestável e parte da experiência da realidade. 

Nesse caso, a ALIENAÇÃO se transforma na única visão de mundo possível. Daí alguém que crê em algo que nunca viu, nunca ouviu e jamais fez parte de qualquer experiência dos seus órgãos dos sentidos exigir que lhe provem que o que é apenas a sua imaginação NÃO é REAL. 

Isso implica em afirmar que TUDO O QUE IMAGINO EXISTE e se alguém disser que não existe, tem de anular na minha mente uma EXPERIÊNCIA QUE EU NÃO TIVE.

Texto da autoria de Lauro Augusto Monteclaro Cesar Jr.

domingo, 6 de novembro de 2016

A origem do deus dos Hebreus



( EL -- YHVH ). Também conhecido por ADONAI

Yahweh e El: origem do deus de Israel e as suas relações com os deuses e deusas de Canaã. 
Yahweh, antes de se tornar o deus nacional de Israel e tendo atributos monoteístas do século 6 a.C., era uma parte do panteão cananeu no período antes do cativeiro babilónico. Evidências arqueológicas revelam que durante este tempo, os israelitas foram um grupo de tribos cananéias. Yahweh era visto como um deus da guerra, e igualado com El. 
Asherah, que foi muitas vezes visto como consorte de El, foi também descrita como uma consorte de Yahweh em numerosas inscrições. O nome Yahwi pode possivelmente ser encontrada em alguns nomes amoritas masculinos, já Yahu pode ser encontrado num nome de lugar (topónimo). 

El é uma palavra semita que significa "divindade". Na religião cananéia ou na religião levantina como um todo, El era o deus supremo, o pai da humanidade e de todas as criaturas, e era o marido da deusa Asherah como registado nos tabletes de argila de Ugarit. O substantivo 'el' foi encontrado na parte superior de uma lista de deuses como o "Ancião dos deuses" ou o "pai de todos os deuses", nas ruínas do arquivo real da civilização Ebla, no sítio arqueológico de Tell Mardikh, na Síria, e datado de 2300 a.C. 
O touro era simbólico para El e seu filho Baal-Hadad, e ambos usavam chifres de touro em seu cocar. Ele pode ter sido um deus do deserto, em algum momento, já que os mitos dizem que ele tinha duas esposas e construiu um santuário com eles e seus novos filhos, no deserto. El era pai de muitos deuses, mas os mais importantes foram Ball-Hadad, Yam e Mot. 

Eram Yahweh e El originalmente a mesma deidade ou não? 
Qual era a relação entre Yahweh e o deus cananeu El? 
No Antigo Testamento Yahweh é frequentemente chamado El. A questão que surge é se Yahweh era uma forma do deus El desde o começo ou se eles eram deidades separadas que apenas se tornaram iguais mais tarde. O próprio Antigo Testamento indica um senso de descontinuidade como de continuidade, e tanto nas fontes E e P implicam que os patriarcas não conheciam o nome Yahweh até que este foi primeiramente revelado a Moisés (Exod. 3.15-15, E; 6.2-3, P), em contraste com a fonte J, onde o nome Yahweh já era conhecido desde os tempos primevos (Gen. 4.26). A fonte P afirma especificamente que os patriarcas já havia conhecido a Deus com o nome de El-Shaddai (Exod. 6.3).יהוה

 
Texto de Hegas Santana

sábado, 5 de novembro de 2016

O ateísmo não é um dogma, não é uma religião, é o estado natural do homem



A religião é o cancro da humanidade. Temos de lutar contra isto. É ela ou a humanidade. Não haverá espaço para ambos. Nós não podemos viver com este cancro. Ou é destruído ou ele nos destrói. O ateísmo é o estado natural do homem. O homem nasce ateu, ele não nasceu religioso nem espiritual. O ateísmo é inato no homem. Tudo o resto como as crenças, especialmente as religiosas, são todas adquiridas e muitas inconscientemente.

Ninguém pergunta ao filho se ele quer ser batizado. Ninguém pergunta se ele concorda em ser circuncidado, ninguém pergunta se ele quer o catecismo, e para muitas meninas ninguém lhes pergunta se elas querem usar o véu e ninguém lhes pergunta se querem ser excisadas. Então, podem rejeitar a ideia de que alguns deles têm a liberdade de crença. Isso é falso. Crentes não respeitam o pacto laico. Ele é violado desde o nascimento da criança. A criança inocente terá muito pouca chance, além de uma curiosidade discreta, de saber a verdade. De que Deus existe apenas como um delírio dos seus pais. Que as religiões não são mais do que homens organizados que oprimem as mulheres e outros homens.

Se uma criança crescer num ambiente favorável e sem ser poluído pela religião, resulta num adulto com um pensamento livre. Certamente, não seria submetida metade da humanidade (mulheres) todos os horrores que receberam desde o início do tempo por causa de religiões.

O ateísmo é inato no homem, é uma parte de seu ser. As religiões estão empenhados em submeter os seres humanos a uma primeira MUTILAÇÃO, arrebatando a força de seu ateísmo. Só por isso, elas são todas CRIMINOSOS.

As religiões investem em novos territórios, tal como os cancros. Nossa sobrevivência como seres humanos, depende da nossa capacidade para lutar como fazemos contra o cancro. As religiões são o primeiro inimigo do humanismo. Não há dúvida que elas vão combate-lo.

Secularismo propõe que façamos a paz na esfera privada. É uma farsa pura. Crentes, como demonstrado acima, não respeitam a liberdade de consciência. Eles doutrinam e forçam as crianças a seguir os seus delírios. Ao ignorar essa negação da liberdade, nós contribuímos de modo negligente com esses crimes. É nosso dever nos colocar-mos neste caminho para dizer que as crianças não pertencem a seus pais. Que as mulheres não pertencem aos homens. E, portanto, nós não confiamos nas religiões porque elas gozam de total impunidade na esfera privada.


Traduzido e adaptado de AgoraVox

Pedro e as epístolas




Sabe-se que Paulo não conheceu Jesus, mas e será que Pedro tem credibilidade com as suas epístolas? Ele foi uma testemunha ocular da vida de Jesus? 

Pedro é uma personagem suspeita, e lembre-se de que Pedro no livro de Atos foi construído por Lucas. E o livro de Atos é a segunda carta a um tal de Teófilo. Atos 1:1. 

Lógico que também não viu Jesus, mas escreveu o seu evangelho que na verdade é uma carta para o tal de Teófilo, e lógico que Lucas escreveu segundo o que ele << ouviu dizer >> e ele tentou arranjar segundo a sua lógica. Lucas 1:1-2. 

Quanto as epístolas de Pedro, segundo se sabe é que Pedro era iletrado, pescador, ele não podia escrever alguma carta. Alguma coisa está errada nessa história toda. Houve arranjos bibliográficos da personagem Pedro, tanto da parte dos evangelistas, tanto como a do escritor das epístolas. 

Resposta do Hegas Alberto Santana Santana

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Será que os "memes" funcionam?



Quase toda a gente vai dizer que não são influenciados pela publicidade. Mas, na verdade, quase toda a gente o é. As empresas bem sucedidas fazem grandes investimentos em publicidade, porque elas sabem que ela funciona. 

Então porque é que há esta discrepância entre a realidade da publicidade e percepção dela pelas pessoas? É porque a publicidade não funciona do modo como a maioria das pessoas pensa que deveria funcionar. É que um anúncio raramente convence muita gente a sair de casa a correr para ir comprar um produto logo à primeira vista. Mas isso não é o objetivo primeiro da publicidade. O objetivo é construir a consciência pública dum produto ou marca, para que as pessoas reconheçam o produto quando o vejam para venda. 
Além de consciência, os anunciantes querem potenciais clientes para associar o seu produto a certos valores, tais como ser confiável, de alta qualidade, valer o seu dinheiro, prestígio, ser único, fiável e assim por diante. E isto é conseguido pela repetição de mensagens simples e consistentes ao longo do tempo. Então, quando chega a hora de tu comprares um produto, tu estás preparado para comprar a marca anunciada. 

Os "memes" funcionam de maneira semelhante. Seria raro que um único "meme" mudasse a mente duma pessoa em alguma coisa. Mas um bom "meme" deve poder levantar uma questão ou oferecer uma nova visão de algo familiar, e fazê-lo duma forma inesquecível. Um "meme" é fácil de passar despercebido, mas, uma vez que tu o viste, já não vais poder ignorá-lo. 

O "peso" da mensagem vai-se acumulando ao longo do tempo e como tu vais vendo mais "memes" com mensagens semelhantes, a mensagem será reforçada. Mas os "memes" servem também um outro propósito. Eles provocam discussão. Se não concordares com a mensagem dum "meme", ele ainda te dá mais um trabalho ao te envolveres num debate sobre ele. O debate pode não mudar a mente do oponente, mas talvez o faça às outras pessoas no debate e  podem haver dez pessoas à espreita. As pessoas estão aprendendo e, ao longo do tempo, podem rever as suas crenças. 

Este é o mercado de ideias num trabalho e os "memes" agem como as bancas dum mercado onde as pessoas se reúnem à sua volta a regatear. A publicidade é a comercialização de produtos, e os "memes" estão no mercado de ideias. 

Artigos e vídeos também desempenham um papel no mercado de ideias, mas o valor do "meme" é o seu imediatismo: muitas vezes tu podes ver um "meme" e compreender a sua mensagem em apenas alguns segundos quando podias fazer o mesmo ao ler um artigo com 1000 palavras ou assistir a um vídeo de 5 minutos. E, muito importante, os "memes" podem fazer-te rir, o que é mais difícil de alcançar que qualquer outro meio. O humor é uma ótima maneira de construir empatia e fazer uma mensagem memorável. 

Para funcionarem eficazmente, os "memes" devem parecer confiáveis ​​e autoritários. Imagens de má qualidade, cópias malfeitas, muito texto, texto difícil de ler, mensagens incorretas ou logicamente inconsistentes, desvalorizam o "meme" e afastam o público. Se queres operar no mercado de ideias, não deves desprezar o teu "meme" mesmo ele sendo humilde. Deves entender como os "memes" trabalham e tentar usá-los de forma eficaz. 

Aqui estão as minhas dicas: 
1. Reagir aos bons "memes", clicando no ícone de "Gosto" correspondente. 
2. Compartilhar bons "memes" para a tua própria linha de tempo e nos grupos que gostas. Quanto mais compartilhares, mais oportunidades crias para fomentar discussões e debates. 
3. Evita compartilhar "memes" mal-feitos. 
4. Quando compartilhas um "meme", adiciona um comentário. As pessoas são mais propensas a tomar conhecimento duma ação com um comentário e tu podes fazer o teu comentário controverso para incentivar a discussão. 
5. Faz "Like" em comentários interessantes sobre os memes que compartilhas: o Facebook conta os comentários e reações e coloca as mensagens mais populares no "Newsfeeds" dos teus amigos. 

É isso aí. Vamos fazer "memes" para trabalhar para a razão e para a racionalidade! 


Traduzido e adaptado do Bill Flavell

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O livro de Daniel nem é profético, nem fala sobre Jesus, o Cristo




Muitos crentes cristãos são enganados por teólogos e pastores ( e outros inocentes) de que o Livro de Daniel é profético, que fala sobre Jesus Cristo e suas profecias se cumpriram. 
Os teólogos e pastores aldrabam aos crentes de que o livro foi escrito por Daniel, e que o tal Daniel viveu na corte de Nabucodonosor e profetizou sobre Jesus Cristo, mas isso é mentira. Os gregos e romanos roubaram os manuscritos hebraicos e aramaicos e tentaram manipular os escritos que nada tem a ver com Jesus Cristo. E nem sequer o livro foi escrito a 750 anos antes de Cristo. Senhores e senhoras cristãos curiosos e investigadores, preparem os vossos cadernos e a vossa Bíblia e façam o devido acompanhamento o que será descrito abaixo e lendo a vossa bíblia. 
Doa a quem doer mas eis as verdades desse livro que nada tem a ver com Jesus Cristo. Acompanhem com a vossa Bíblia. 

DANIEL 

O Livro de Daniel divide-se em duas partes distintas: capítulos 1-6, onde narra a vida de Daniel na corte da Babilónia e capítulo 7-12 que contém << quatro visões >> sobre a derrocada dos reinos terrestres e a implantação final do reino de deus. O livro termina com capítulos 13-14 ( apenas na versão grega) que relatam as histórias de Suzana, dos sacerdotes de Bel e do Dragão. 
A situação histórica coloca o Daniel no reinado de Antíoco IV Epifánio, que determinou o extermínio da religião judaica e a consecutiva helenização da Palestina. 
O autor do livro de Daniel, provavelmente um Assideu ( de Hassidim == Piedoso, zeloso pela lei) 1 Macabeus 2:42. 
Este Assideu, escritor do livro de Daniel, serve-se de histórias antigas, segundo o GÉNERO HADÁGICO então em voga ( ver capítulos 1-6 e, na versão grega 13-14), para inculcar esperança e fé aos judeus perseguidos por Antíoco Epifánio. 
Assim, como deus protegeu Daniel e os seus companheiros de todos os perigos ( segundo o género hadágico desse Assideu escritor do livro de Daniel), assim acontecerá com os judeus que forem fiéis às Leis e as tradições religiosas. O autor do livro de Daniel não tem em vista descrever fatos históricos, mas histórias moralizadoras ( capítulos 1-6), que na realidade poderiam ter um fundo ou núcleo histórico ( capítulos 7-12) mas de segunda importância. Os dados internos do livro, linguísticos, histórico e teológico obriga aos exegetas a datar o livro por altura da morte do rei Antíoco Epifánio ( 164-165 aC). 
Quanto a Daniel capítulos 1 à 6 são estórias segundo o género hadágico ( não é real, apenas fictícias para servirem de catequese aos judeus da época de Antíoco que ocuparam Israel). 
Começarei por Daniel 9:2: as 70 semanas não foram profecias referentes sobre Jesus Cristo, é desdobramento de Jeremias 25:11 e Jeremias 29:10. O que os religiosos chamam de profecia, não passa duma espécie de << palpites >> e é usada por necessidade teológica no qual está incluído a numerologia, uma espécie de atletismo matemático ( contorcionismo ideológico arbitrário) que se supõe um cumprimento, uma afirmação, ano, dia, tempo acerca de um específico evento supostamente pré-especulado. 
No Livro de Daniel fala de setenta semanas. Daniel 9:24, mas isso é um método de interpretação conhecido por PESHER. Portanto, o ungido não foi Jesus Cristo como os teólogos andam a aldrabar os crentes. Daniel 9:25-26 , mas sim foi Ciro. Isaias 45:1. 
Irei colocar aqui os versículos importantes. 
Daniel 7:3 == >> Esses animais simbolizavam os quatros reinos referidos no capítulo 2. Daniel 7:4 ==>> O leão representava o império babilónico, que arrancadas suas asas, perdeu a força. 
Daniel 7:5 ==>> O urso, referia o império dos Medos. As tres costelas representam as tres principais conquistas dos reis Medos. 
Daniel 7:6 ==>> A pantera: A monarquia persa, cujo quatro reis ( Ciro, Assuero, Artaxerxes, Dario) a que o autor do livro de Daniel se refere, são simbolizados pelas quatro asas. Daniel 7:7 - 8 == >> Segundo a mentalidade bíblica e oriental, o chifre simboliza o poder ( 1 Reis 22:11). O chifre mais pequeno simboliza Antíoco IV Epifánio ( 175 - 163). Sobre a sua atitude arrogante Daniel 11:36 , 1 Macabeus 1:24. 
Daniel 7:9 ==> O ancião é deus. A cor branca e as rodas de fogo que transportam o trono simbolizam a santidade. O ancião ( deus) senta-se no tribunal para julgar ( condenar) os 4 animais ( os 4 impérios). A transcendência de deus acentua-se através destas imagens ( Ezequiel 1:1), em conformidade com a espiritualidade judaica pós-exílio. 
Daniel 7:10 ==>> Sobre os livros da vida, Malaquias 3 : 16, Salmos 139:16. 
Daniel 7:13 ==>> O Filho do Homem está descrito em contraste com os 4 animais. O Filho do Homem representa o reino messiânico ( reino de Paz) [ v 18 e 22 ]. 
Daniel 7:18 ==>> Os santos de deus rodeiam o Ancião e condenam os 4 reinos juntamente com o juiz supremo. Esta maneira de pensar é própria dos Apocalipses da época ( Henoc 45:3 e Henoc 90:2). 
Daniel 7:23 - 25 == >> O reino de Alexandre Magno. O último rei a levantar-se e a fazer guerra é Antioco IV. Ele trabalhou por acabar com a Lei e com as festas sagradas, incluindo o sábado ( 1 Macabeus 1:41 - 64). Apenas durante algum tempo. Lit : << um ano, dois anos e metade de um ano >>. Estes três anos e meio são metade de sete, que é o número da perfeição. Estes três anos e meio simbolizam um período de maldade ( 8:14, 9:27, 12:7). Daniel 8:1 ==>> foi escrito em hebreu, pouco tempo depois da profanação do Templo ( ver versículo 12). 
Daniel 8:2 ==>> Porta de Ulai. Era uma porta da cidade de Susa que dava para o rio Ulai. Daniel 8:3 ==>> O carneiro simbolizava o império Medo-Persa. O chifre mais alto são os persas que se tornaram célebres após a sua libertação do domínio Medo. 
Daniel 8:5 == >> O bode novo representa o poderio grego com Alexandre Magno. 
Daniel 8:8 ==>> Antíoco Epifânio que conquistou a << nação gloriosa >>, isto é, a Palestina ( Zacarias 7:14). 
Daniel 8:9 == >> Este verso descreve a maneira simbólica a morte de Alexandre Magno e a consecutiva divisão do seu reino. 
Daniel 8:10 - 11 ==>> O exército dos céus refere-se a Israel de deus ( 12:3), aos fiéis judeus, muitos dos quais foram martirizados por Antíoco. O chefe deste exército é o próprio Jeová ( versículo 11). 
Daniel 8:12 ==>> A iniquidade ( Lit. a abominação da desolação) foi a profanação do altar do Templo de Jerusalém, levada a efeito por Antíoco, que mandou ali colocar a estátua de Zeus do Olimpo. 
Daniel 8:13 ==>> A expressão << quanto tempo >> ou << até quando >> é típica nas perguntas sobre o fim das desgraças ( Salmos 6:4, 13:1, 79:5, 89:47, 90:13). 
Daniel 8:14 ==>> O número 2300 não coincide com o de capítulo 7:25. O número indica um longo período de tempo de desgraça. 
Daniel 8:19 ==>> A ira de deus ( 11:36, Isaías 10:25, 26:20, 1 Macabeus 1:64). 
Daniel 8:21 ==>> Javan: A Grécia; por isso todos os povos helénicos. A palavra rei aqui tem o sentido de reino. O primeiro rei: Alexandre da Macedónia. 
Daniel 8:23 ==>> Infiéis: Todos os que prevaricaram. O rei Antíoco Epifánio. 
Daniel 8:25 ==>> Antíoco morreu sem intervenção humana, isto é, fora da guerra, mas martirizado pelos insucessos dos seus exércitos ( 1 Macabeus 6:8-16, II Macabeus 9:1). Na estátua de Daniel 2:34, a pedra que tudo destruiu também, não foi arrojada por qualquer mão humana. É uma figura literária para designar a acção direta de deus de Israel. 
Daniel 9:1==>> A história desconhece a existência de um Dário Medo. E Dário não era filho de Xerxes, mas seu pai. A cronologia e os nomes servem apenas como pano de fundo para expor a finalidade religiosa. Tenha-se em conta também a incerteza de muitos dados históricos profanos. 
Daniel 9:2 ==>> Jeremias fala de computo de 70 anos ( número simbólico) para a restauração de Jerusalém: os anos passaram mas a restauração não é perfeita. Daí surge outra façanha de que se trata de 70 semanas de anos, divididos em 49, 434 e 7 anos ( versículos 24-26). Estes 490 anos devem referir-se ao tempo da morte de Antíoco IV. Daniel 9:5==>> Esta confissão de Daniel, aliás muito extensa, é semelhante à de Baruque 1:2 ( 1 Reis 8:47 - 54 ). É uma manta de retalhos feita de imensas passagens bíblicas, segundo o género literário bíblico do tempo, patente também na literatura de Qumrân. Daniel 9:24 ==>> Segundo o 2 Crônicas 35:22 - 23 e Êxodo 1:1-2, a profecia de Jeremias realizou-se com o decreto de Ciro em 538 que libertava os exilados. O autor do livro de Daniel encontra-se novamente em tempos de perseguição e aplica sua hermenêutica aos 70 anos de Jeremias desdobrando-os em 70 semanas de anos. Trata-se do método interpretativo Pesher, tão comum na literatura de Qumrân. O Santo dos santos: a consagração de Judas Macabeus, a restauração do Santo dos santos ( lugar) no Templo de Jerusalém. 
Daniel 9:25 ==>> O chefe ungido é Ciro ( Isaías 45:1 ) 
Daniel 9:26 ==>> O Ungido exterminado foi o sumo sacerdote Onias III ( 171 aC ). O chefe invasor é mais uma vez Antíoco IV que destruiu o Templo em 179 e 167 aC. 
Daniel 9:27 ==>> Antíoco IV, na sua obra anti-judaica, foi seguido por muitos judeus renegados que abraçaram a helenização ( 1 Macabeus 1:11-14). A abominação da desolação é uma aproximação linguística com o ba'al shamêm ( o deus Baal dos Céus, o Zeus Olimpo 8:12, 11:31, 12:11). 
Daniel 11 :4 ==>> Refere-se a Alexandre Magno e à divisão do seu reino entre os seus generais. 
Daniel 11:5 ==>> Do Egito: Ptolomeu I Soter ( 323 - 285), fundador da dinastia dos Ptolomeus. Um dos generais: Seleuco I Nicator, que se tornou independente, fundou a dinastia dos Seleucidas e o reino grego-sírio, por volta do ano 321 aC. 
Daniel 11:6 ==>> Berenice, filha de Ptolomeu II, esposa de Antíoco. Repudiada por este, fora assassinada pela primeira mulher do mesmo. 
Daniel 11:7 ==>> O irmão de Berenice, Ptolomeu III Evergetes ( 246 - 221), como vingança, invadiu a Síria e venceu Seleuco II Callinicus ( 246 - 227). 
Daniel 11:10 ==>> Seleuco III Soter ( 227 - 223) e Antioco III, o grande ( 223 - 187), foram os filhos de Seleuco II Callinicus. 
Daniel 11:11 ==>> Ptolomeu IV Filopator ( 221 - 223) venceu completamente Antíoco III em Rafia, na Palestina, ( 217 aC). 
Daniel 11:13 ==>> Antioco III, depois da batalha de Rafia -- passados que foram 14 anos --- voltou-se de novo contra Egito. 
Daniel 11:15 ==>> trata-se de Sidon ( 198 aC). 
Daniel 11:16 ==>> Antíoco III, ocupou a Judeia. 
Daniel 11:17 ==>> Antíoco fez pazes com Ptolomeu V do Egito, na condição de este desposar Cleópatra, sua filha, na expectativa de vir a governar o Egito. Ela porém tomou partido do esposo. 
Daniel 11:18 ==>> As ilhas do Mediterrâneo: e não só elas, mas também as coisas da Ásia Menor e Macedônia. O magistrado é Cipião, que derrotou Antíoco na Batalha de Magnésia, em 190 aC. 
Daniel 11:19 ==>> Tenta despojar o templo de Bel em Elam, de suas preciosidades, para pagar o tributo aos romanos, mas foi mal sucedido porque foi assassinado pelos próprios soldados em 187. 
Daniel 11:20 ==>> Seleuco IV, o qual enviou Heliodoro, seu ministro, à cidade de Jerusalém com o fim de pilhar o tesouro do Templo. Morreu assassinado por este, passados doze anos de reinado. 
Daniel 11:21 ==>> Antíoco IV Epifánio, manhoso e hipócrita. 
Daniel 11:22 ==>> As forças egípcias. O sumo-sacerdote Onias III assassinado pelo tirano em 171. 
Daniel 11:24 ==>> Antíoco IV invade inesperadamente a Palestina. 
Daniel 11:25 ==>> Ptolomeu VI que será traído pelos mais íntimos amigos, por ocasião da campanha contra o Egito, movida por Filometor. 
Daniel 11: 27 ==>> Antíoco e Filometor, aliados mas pouco confiantes um no outro. 
Daniel 11:28 ==>> O povo da aliança, que suportará a pilhagem do Templo ( 169 - 167). Neste ano o povo judeu revoltar-se-á, conduzido por chefes Macabeus. 
Daniel 11:29 ==>> Terceira expedição de Antíoco ao Egito. 
Daniel 11:30 == >> Kitim refere-se à ilha de Chipre e por extensão toda a Bacia Mediterrânea, incluindo Roma, que envia a sua frota no intuito de obrigar Antíoco a abandonar o Egito. O autor do livro de Daniel deve pensar em Números 24:24. Os que abandonam a Aliança são os judeus apóstatas, que em união com Antíoco, se dispuseram contra o povo de deus. 
Daniel 11:31 ==>> O Templo, que era, na realidade uma fortaleza. 
Daniel 11:34 ==>> Judas Macabeu conseguiu algumas vitórias, e por isso muitos judeus apóstatas, temendo-o, voltaram-se para ele e em seguida o abandonaram novamente. Daniel 11:37 ==>> Antíoco despreza os deuses sírios e presta culto a Júpiter Capitolino, enviando dádivas para o templo de Roma e promovendo o culto dos mesmos na Síria e Judeia. O << deus querido >> das mulheres é Adonis Tamuz. 
Daniel 11:40 ==>> Quarta expedição ao Egito e fim de Antíoco e da perseguição. Territórios: As nações por onde passam. 
Daniel 11:44 ==>> Revolta dos Partos a Oriente e dos arménios a Norte. Antioco morre na volta da sua expedição contra os partos e arménios, numa cidade persa, no ano 164 aC. Daniel 12:2 ==>> O escritor de Daniel anuncia a libertação de Israel após os horrores levados a efeito por Antíoco Epifánio. Fala da ressurreição nacional em linguagem figurada em Daniel 12:1-6 e 13. 
E por fim o escritor do livro de Daniel fala em Daniel 12:7 ==>> Sobre a expressão << um tempo...>> 7:25 e 12:7. Os três anos e meio perfazem 1150 dias ( 8:4). No versículo 11 um glossador achou que este tempo era curto e por isso alongou-o para 1290 e para 1335 dias. 

Resumo 

O livro de Daniel não tem nada a ver com Jesus Cristo. É um livro escrito por um assideu no ano 167 -168 falando sobre as questões espirituais e patrióticas de Israel no tempo de Antíoco quando ocupou a Palestina, criou a personagem Daniel usando personagens reais como Nabuconodosor e criou sua estória segundo o género hadágico para inculcar esperança ao povo que sofria sob o domínio de Antíoco. Com linguagem simbólica, criou uma espécie de encorajamento sobre a Paz na sua terra. 
Nada sobre Jesus.


Pesquisa e texto por: Hegas Alberto Santana Santana