Muitos crentes cristãos são enganados por teólogos e pastores ( e outros inocentes) de que o Livro de Daniel é profético, que fala sobre Jesus Cristo e suas profecias se cumpriram.
Os teólogos e pastores aldrabam aos crentes de que o livro foi escrito por Daniel, e que o tal Daniel viveu na corte de Nabucodonosor e profetizou sobre Jesus Cristo, mas isso é mentira. Os gregos e romanos roubaram os manuscritos hebraicos e aramaicos e tentaram manipular os escritos que nada tem a ver com Jesus Cristo. E nem sequer o livro foi escrito a 750 anos antes de Cristo.
Senhores e senhoras cristãos curiosos e investigadores, preparem os vossos cadernos e a vossa Bíblia e façam o devido acompanhamento o que será descrito abaixo e lendo a vossa bíblia.
Doa a quem doer mas eis as verdades desse livro que nada tem a ver com Jesus Cristo.
Acompanhem com a vossa Bíblia.
DANIEL
O Livro de Daniel divide-se em duas partes distintas: capítulos 1-6, onde narra a vida de Daniel na corte da Babilónia e capítulo 7-12 que contém << quatro visões >> sobre a derrocada dos reinos terrestres e a implantação final do reino de deus. O livro termina com capítulos 13-14 ( apenas na versão grega) que relatam as histórias de Suzana, dos sacerdotes de Bel e do Dragão.
A situação histórica coloca o Daniel no reinado de Antíoco IV Epifánio, que determinou o extermínio da religião judaica e a consecutiva helenização da Palestina.
O autor do livro de Daniel, provavelmente um Assideu ( de Hassidim == Piedoso, zeloso pela lei) 1 Macabeus 2:42.
Este Assideu, escritor do livro de Daniel, serve-se de histórias antigas, segundo o GÉNERO HADÁGICO então em voga ( ver capítulos 1-6 e, na versão grega 13-14), para inculcar esperança e fé aos judeus perseguidos por Antíoco Epifánio.
Assim, como deus protegeu Daniel e os seus companheiros de todos os perigos ( segundo o género hadágico desse Assideu escritor do livro de Daniel), assim acontecerá com os judeus que forem fiéis às Leis e as tradições religiosas.
O autor do livro de Daniel não tem em vista descrever fatos históricos, mas histórias moralizadoras ( capítulos 1-6), que na realidade poderiam ter um fundo ou núcleo histórico ( capítulos 7-12) mas de segunda importância. Os dados internos do livro, linguísticos, histórico e teológico obriga aos exegetas a datar o livro por altura da morte do rei Antíoco Epifánio ( 164-165 aC).
Quanto a Daniel capítulos 1 à 6 são estórias segundo o género hadágico ( não é real, apenas fictícias para servirem de catequese aos judeus da época de Antíoco que ocuparam Israel).
Começarei por Daniel 9:2: as 70 semanas não foram profecias referentes sobre Jesus Cristo, é desdobramento de Jeremias 25:11 e Jeremias 29:10.
O que os religiosos chamam de profecia, não passa duma espécie de << palpites >> e é usada por necessidade teológica no qual está incluído a numerologia, uma espécie de atletismo matemático ( contorcionismo ideológico arbitrário) que se supõe um cumprimento, uma afirmação, ano, dia, tempo acerca de um específico evento supostamente pré-especulado.
No Livro de Daniel fala de setenta semanas. Daniel 9:24, mas isso é um método de interpretação conhecido por PESHER.
Portanto, o ungido não foi Jesus Cristo como os teólogos andam a aldrabar os crentes. Daniel 9:25-26 , mas sim foi Ciro. Isaias 45:1.
Irei colocar aqui os versículos importantes.
Daniel 7:3 == >> Esses animais simbolizavam os quatros reinos referidos no capítulo 2.
Daniel 7:4 ==>> O leão representava o império babilónico, que arrancadas suas asas, perdeu a força.
Daniel 7:5 ==>> O urso, referia o império dos Medos. As tres costelas representam as tres principais conquistas dos reis Medos.
Daniel 7:6 ==>> A pantera: A monarquia persa, cujo quatro reis ( Ciro, Assuero, Artaxerxes, Dario) a que o autor do livro de Daniel se refere, são simbolizados pelas quatro asas.
Daniel 7:7 - 8 == >> Segundo a mentalidade bíblica e oriental, o chifre simboliza o poder ( 1 Reis 22:11). O chifre mais pequeno simboliza Antíoco IV Epifánio ( 175 - 163). Sobre a sua atitude arrogante Daniel 11:36 , 1 Macabeus 1:24.
Daniel 7:9 ==> O ancião é deus. A cor branca e as rodas de fogo que transportam o trono simbolizam a santidade. O ancião ( deus) senta-se no tribunal para julgar ( condenar) os 4 animais ( os 4 impérios).
A transcendência de deus acentua-se através destas imagens ( Ezequiel 1:1), em conformidade com a espiritualidade judaica pós-exílio.
Daniel 7:10 ==>> Sobre os livros da vida, Malaquias 3 : 16, Salmos 139:16.
Daniel 7:13 ==>> O Filho do Homem está descrito em contraste com os 4 animais. O Filho do Homem representa o reino messiânico ( reino de Paz) [ v 18 e 22 ].
Daniel 7:18 ==>> Os santos de deus rodeiam o Ancião e condenam os 4 reinos juntamente com o juiz supremo. Esta maneira de pensar é própria dos Apocalipses da época ( Henoc 45:3 e Henoc 90:2).
Daniel 7:23 - 25 == >> O reino de Alexandre Magno. O último rei a levantar-se e a fazer guerra é Antioco IV.
Ele trabalhou por acabar com a Lei e com as festas sagradas, incluindo o sábado ( 1 Macabeus 1:41 - 64).
Apenas durante algum tempo. Lit : << um ano, dois anos e metade de um ano >>. Estes três anos e meio são metade de sete, que é o número da perfeição. Estes três anos e meio simbolizam um período de maldade ( 8:14, 9:27, 12:7).
Daniel 8:1 ==>> foi escrito em hebreu, pouco tempo depois da profanação do Templo ( ver versículo 12).
Daniel 8:2 ==>> Porta de Ulai. Era uma porta da cidade de Susa que dava para o rio Ulai.
Daniel 8:3 ==>> O carneiro simbolizava o império Medo-Persa. O chifre mais alto são os persas que se tornaram célebres após a sua libertação do domínio Medo.
Daniel 8:5 == >> O bode novo representa o poderio grego com Alexandre Magno.
Daniel 8:8 ==>> Antíoco Epifânio que conquistou a << nação gloriosa >>, isto é, a Palestina ( Zacarias 7:14).
Daniel 8:9 == >> Este verso descreve a maneira simbólica a morte de Alexandre Magno e a consecutiva divisão do seu reino.
Daniel 8:10 - 11 ==>> O exército dos céus refere-se a Israel de deus ( 12:3), aos fiéis judeus, muitos dos quais foram martirizados por Antíoco. O chefe deste exército é o próprio Jeová ( versículo 11).
Daniel 8:12 ==>> A iniquidade ( Lit. a abominação da desolação) foi a profanação do altar do Templo de Jerusalém, levada a efeito por Antíoco, que mandou ali colocar a estátua de Zeus do Olimpo.
Daniel 8:13 ==>> A expressão << quanto tempo >> ou << até quando >> é típica nas perguntas sobre o fim das desgraças ( Salmos 6:4, 13:1, 79:5, 89:47, 90:13).
Daniel 8:14 ==>> O número 2300 não coincide com o de capítulo 7:25. O número indica um longo período de tempo de desgraça.
Daniel 8:19 ==>> A ira de deus ( 11:36, Isaías 10:25, 26:20, 1 Macabeus 1:64).
Daniel 8:21 ==>> Javan: A Grécia; por isso todos os povos helénicos. A palavra rei aqui tem o sentido de reino. O primeiro rei: Alexandre da Macedónia.
Daniel 8:23 ==>> Infiéis: Todos os que prevaricaram. O rei Antíoco Epifánio.
Daniel 8:25 ==>> Antíoco morreu sem intervenção humana, isto é, fora da guerra, mas martirizado pelos insucessos dos seus exércitos ( 1 Macabeus 6:8-16, II Macabeus 9:1). Na estátua de Daniel 2:34, a pedra que tudo destruiu também, não foi arrojada por qualquer mão humana. É uma figura literária para designar a acção direta de deus de Israel.
Daniel 9:1==>> A história desconhece a existência de um Dário Medo. E Dário não era filho de Xerxes, mas seu pai. A cronologia e os nomes servem apenas como pano de fundo para expor a finalidade religiosa. Tenha-se em conta também a incerteza de muitos dados históricos profanos.
Daniel 9:2 ==>> Jeremias fala de computo de 70 anos ( número simbólico) para a restauração de Jerusalém: os anos passaram mas a restauração não é perfeita. Daí surge outra façanha de que se trata de 70 semanas de anos, divididos em 49, 434 e 7 anos ( versículos 24-26).
Estes 490 anos devem referir-se ao tempo da morte de Antíoco IV.
Daniel 9:5==>> Esta confissão de Daniel, aliás muito extensa, é semelhante à de Baruque 1:2 ( 1 Reis 8:47 - 54 ).
É uma manta de retalhos feita de imensas passagens bíblicas, segundo o género literário bíblico do tempo, patente também na literatura de Qumrân.
Daniel 9:24 ==>> Segundo o 2 Crônicas 35:22 - 23 e Êxodo 1:1-2, a profecia de Jeremias realizou-se com o decreto de Ciro em 538 que libertava os exilados. O autor do livro de Daniel encontra-se novamente em tempos de perseguição e aplica sua hermenêutica aos 70 anos de Jeremias desdobrando-os em 70 semanas de anos. Trata-se do método interpretativo Pesher, tão comum na literatura de Qumrân.
O Santo dos santos: a consagração de Judas Macabeus, a restauração do Santo dos santos ( lugar) no Templo de Jerusalém.
Daniel 9:25 ==>> O chefe ungido é Ciro ( Isaías 45:1 )
Daniel 9:26 ==>> O Ungido exterminado foi o sumo sacerdote Onias III ( 171 aC ). O chefe invasor é mais uma vez Antíoco IV que destruiu o Templo em 179 e 167 aC.
Daniel 9:27 ==>> Antíoco IV, na sua obra anti-judaica, foi seguido por muitos judeus renegados que abraçaram a helenização ( 1 Macabeus 1:11-14). A abominação da desolação é uma aproximação linguística com o ba'al shamêm ( o deus Baal dos Céus, o Zeus Olimpo 8:12, 11:31, 12:11).
Daniel 11 :4 ==>> Refere-se a Alexandre Magno e à divisão do seu reino entre os seus generais.
Daniel 11:5 ==>> Do Egito: Ptolomeu I Soter ( 323 - 285), fundador da dinastia dos Ptolomeus. Um dos generais: Seleuco I Nicator, que se tornou independente, fundou a dinastia dos Seleucidas e o reino grego-sírio, por volta do ano 321 aC.
Daniel 11:6 ==>> Berenice, filha de Ptolomeu II, esposa de Antíoco. Repudiada por este, fora assassinada pela primeira mulher do mesmo.
Daniel 11:7 ==>> O irmão de Berenice, Ptolomeu III Evergetes ( 246 - 221), como vingança, invadiu a Síria e venceu Seleuco II Callinicus ( 246 - 227).
Daniel 11:10 ==>> Seleuco III Soter ( 227 - 223) e Antioco III, o grande ( 223 - 187), foram os filhos de Seleuco II Callinicus.
Daniel 11:11 ==>> Ptolomeu IV Filopator ( 221 - 223) venceu completamente Antíoco III em Rafia, na Palestina, ( 217 aC).
Daniel 11:13 ==>> Antioco III, depois da batalha de Rafia -- passados que foram 14 anos --- voltou-se de novo contra Egito.
Daniel 11:15 ==>> trata-se de Sidon ( 198 aC).
Daniel 11:16 ==>> Antíoco III, ocupou a Judeia.
Daniel 11:17 ==>> Antíoco fez pazes com Ptolomeu V do Egito, na condição de este desposar Cleópatra, sua filha, na expectativa de vir a governar o Egito. Ela porém tomou partido do esposo.
Daniel 11:18 ==>> As ilhas do Mediterrâneo: e não só elas, mas também as coisas da Ásia Menor e Macedônia. O magistrado é Cipião, que derrotou Antíoco na Batalha de Magnésia, em 190 aC.
Daniel 11:19 ==>> Tenta despojar o templo de Bel em Elam, de suas preciosidades, para pagar o tributo aos romanos, mas foi mal sucedido porque foi assassinado pelos próprios soldados em 187.
Daniel 11:20 ==>> Seleuco IV, o qual enviou Heliodoro, seu ministro, à cidade de Jerusalém com o fim de pilhar o tesouro do Templo. Morreu assassinado por este, passados doze anos de reinado.
Daniel 11:21 ==>> Antíoco IV Epifánio, manhoso e hipócrita.
Daniel 11:22 ==>> As forças egípcias. O sumo-sacerdote Onias III assassinado pelo tirano em 171.
Daniel 11:24 ==>> Antíoco IV invade inesperadamente a Palestina.
Daniel 11:25 ==>> Ptolomeu VI que será traído pelos mais íntimos amigos, por ocasião da campanha contra o Egito, movida por Filometor.
Daniel 11: 27 ==>> Antíoco e Filometor, aliados mas pouco confiantes um no outro.
Daniel 11:28 ==>> O povo da aliança, que suportará a pilhagem do Templo ( 169 - 167). Neste ano o povo judeu revoltar-se-á, conduzido por chefes Macabeus.
Daniel 11:29 ==>> Terceira expedição de Antíoco ao Egito.
Daniel 11:30 == >> Kitim refere-se à ilha de Chipre e por extensão toda a Bacia Mediterrânea, incluindo Roma, que envia a sua frota no intuito de obrigar Antíoco a abandonar o Egito. O autor do livro de Daniel deve pensar em Números 24:24. Os que abandonam a Aliança são os judeus apóstatas, que em união com Antíoco, se dispuseram contra o povo de deus.
Daniel 11:31 ==>> O Templo, que era, na realidade uma fortaleza.
Daniel 11:34 ==>> Judas Macabeu conseguiu algumas vitórias, e por isso muitos judeus apóstatas, temendo-o, voltaram-se para ele e em seguida o abandonaram novamente.
Daniel 11:37 ==>> Antíoco despreza os deuses sírios e presta culto a Júpiter Capitolino, enviando dádivas para o templo de Roma e promovendo o culto dos mesmos na Síria e Judeia. O << deus querido >> das mulheres é Adonis Tamuz.
Daniel 11:40 ==>> Quarta expedição ao Egito e fim de Antíoco e da perseguição. Territórios: As nações por onde passam.
Daniel 11:44 ==>> Revolta dos Partos a Oriente e dos arménios a Norte. Antioco morre na volta da sua expedição contra os partos e arménios, numa cidade persa, no ano 164 aC.
Daniel 12:2 ==>> O escritor de Daniel anuncia a libertação de Israel após os horrores levados a efeito por Antíoco Epifánio.
Fala da ressurreição nacional em linguagem figurada em Daniel 12:1-6 e 13.
E por fim o escritor do livro de Daniel fala em
Daniel 12:7 ==>> Sobre a expressão << um tempo...>> 7:25 e 12:7. Os três anos e meio perfazem 1150 dias ( 8:4). No versículo 11 um glossador achou que este tempo era curto e por isso alongou-o para 1290 e para 1335 dias.
Resumo
O livro de Daniel não tem nada a ver com Jesus Cristo.
É um livro escrito por um assideu no ano 167 -168 falando sobre as questões espirituais e patrióticas de Israel no tempo de Antíoco quando ocupou a Palestina, criou a personagem Daniel usando personagens reais como Nabuconodosor e criou sua estória segundo o género hadágico para inculcar esperança ao povo que sofria sob o domínio de Antíoco. Com linguagem simbólica, criou uma espécie de encorajamento sobre a Paz na sua terra.
Nada sobre Jesus.
Pesquisa e texto por: Hegas Alberto Santana Santana