segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

O pesadelo dos crentes



Há uma coisa que todos os crente sabem, mas que não vão admiti-lo.

Podes olhar para 4 000 deuses e estar completamente seguro de que todos eles foram inventados por homens. Mas o deus número 4 001 é diferente, pois este é o deus que tu estás convencido que é real. Mas por quê?

Existem evidências para este último deus, mas já não existem para os outros? 
Não. Não há evidência de que nenhum desses deuses exista.

Este último deus está livre das histórias de fantasia associadas a deuses falsos? Coisas como criar o universo de uma maneira mágica (uma maneira que é sempre contradita pelas evidências), nascer de uma virgem, realizar milagres ou morrer e ser ressuscitado? Não.

Então, o que diferencia o deus em que tu acreditas ser o deus real dos 4 000 deuses falsificados? Só uma coisa: a tua mãe ou teu pai acreditavam que ele era real também.

Mas tu sabes, tu realmente sabes, que o fato dos teus pais e teus avós e teus bisavós acreditarem neste deus não é evidência de que ele existe, é evidência de que é o deus da cultura em que tu nasceste.

É uma razão para duvidar do teu deus, não para abraçá-lo.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

domingo, 29 de janeiro de 2017

Decidam-se ou calem-se!



Em 1687, Isaac Newton publicou seu livro Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica (em português, "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural"). Neste livro inovador, ele propôs que uma força invisível de atração age em todos os objetos com massa. Ele arranjou mesmo uma equação simples que permitiu calcular a magnitude dessa força.

Esta força invisível, afirmou, explica como os planetas no nosso sistema solar mantêm órbitas previsíveis em torno do Sol. Foi uma brilhante descoberta de Newton, mas ela foi construída sobre o trabalho anterior de Nicolau Copernicus que tinha mostrado que os planetas orbitavam o Sol (apesar da feroz oposição da igreja) e de Johannes Kepler que mostrara que os planetas percorrem órbitas elípticas em velocidades variadas.

Com essas fundações e a meticulosa recolha de evidências de Newton, suas ideias sobre a gravitação universal foram rapidamente aceites pela comunidade científica.

Já vimos muitos exemplos na ciência de ideias surpreendentes e contra-intuitivas, sendo publicadas, desafiadas e aceites depois que as evidências são completamente compreendidas. É assim que descobrimos o mundo real.

Mas existe outro mundo em que tudo acontece ao contrário. O mundo da religião não exige evidências e nem se aproxima da realidade à medida que mais evidências são descobertas. As ideias religiosas são mantidas na fé e, usando a fé, tu podes acreditar em qualquer coisa que tu desejas acreditar.

O cristianismo começou há 2 000 anos, mas não mudou de controvérsia para um acordo: passou dum único "profeta" ao caos, com cerca de 40.000 denominações que se disputam hoje. E se olhares com mais atenção, vais encontrar pessoas ao redor do mundo acreditando em milhares de deuses e dezenas de milhares de religiões.

Com as religiões, não há nenhuma reunião de mentes e nenhuma filtragem em que se remove o falso para deixar ficar o verdadeiro. E por que funciona assim? O verdadeiro problema é que existe apenas um mundo real, mas um número ilimitado de histórias imaginárias. Podemos concordar com a realidade, mas sempre vamos discutir sobre quais as histórias imaginárias que preferimos.

Se um qualquer deus é real e uma qualquer religião é verdadeira, por favor crentes, decidam-se e digam quais são verdadeiras e quais são falsas. Vocês já tiveram mais de 2.000 anos para o fazerem, são mais que horas de decidirem ou simplesmente CALAREM A BOCA.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

Quem crê, apenas crê em pessoas



Quem alega “crer em Deus” na verdade está se iludindo. Todas as pessoas apenas creem em OUTRAS PESSOAS. 

 Tudo o que creem foi dito por alguém. Se houve milagres ou revelações no passado ou no presente, foram pessoas que os interpretaram. 

 Em resumo: a fé religiosa é exclusivamente a fé na honestidade e na idoneidade de outras pessoas e nada mais.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Obrigado, mas não, obrigado...



Se há vida eterna e se tu te comprometeres para a teres, tu assinas um contrato sem cláusula de rescisão. Não importa o que te aconteça, não há saída. Tu não poderás mudar de ideia. Estarás preso e não há como escapar. Nunca.


E este contrato não tem especificidades, tem apenas promessas vagas. Tu terás que trabalhar? Poderá o negócio do seu empregador falhar e então tu poderás ficar sem ocupação para a eternidade? Poderás encontrar-te desempregado e, em caso afirmativo, será que haverá benefícios de desemprego?


Poderás tornar-te redundante? Se tu reparaste como a tecnologia mudou nosso planeta em 100 anos, imagine o que poderia acontecer em mil ou em mil milhões de anos.
Se tu não fores capaz de obter uma boa educação na Terra, tu poderás acabar a limpar retretes ou banheiros, tratar do lixo ou ser um apanhador de frutas? Se não fores tu, quem fará esses trabalhos?

Se tu não tens que trabalhar, se todos os bens e serviços serão produzidos por algum tipo de magia celestial, como é que vais passar as horas, anos, décadas, milénios e milhares de milénios? O que é que vais fazer para o teu entretenimento e para cresceres intelectualmente e emocionalmente? 

Tu terás o mesmo parceiro de vida no céu que tiveste na Terra? E se tu fores para o céu e o teu parceiro não? Deus te dará um parceiro diferente ou tu terás que competir por um? Uma vez que as mulheres tendem a ser mais devotas do que os homens, haverá uma escassez de homens e muitas mulheres solitárias?

E se tu morreste numa idade avançada quando te tornaste enfermo e incontinente, tu serás restaurado para voltares a ter uma boa saúde e a tua idade ser reduzida? E os teus filhos? Eles também serão alterados para mais jovens para manterem a diferença de idade? Isso significa que os bebés terão de ser nascidos porque os seus pais entretanto foram reduzidos a seis anos de idade?

Tu envelhecerás? Serás capaz de ter filhos e, se for possível, eles vão crescer e envelhecer ou eles vão ficar bebés para sempre? Vais ficar mais velho e mais velho, mas nunca morrer?

Eu poderia continuar estas dúvidas todo o dia, pensando em perguntas sobre o céu, mas a linha de fundo é, mesmo que tu acredites que o céu existe, tu não sabes as respostas a milhares de perguntas como estas. No entanto, tu estás disposto a inscrever um contrato para um futuro desconhecido, sem cláusula de rescisão.

Para mim, a própria ideia duma vida que nunca pode terminar é horrível e eu não quero. Mesmo se eu soubesse todos os detalhes, eu diria, "Obrigado, mas não, obrigado."


Ps.: Se tu tens suas próprias perguntas sobre o céu, por favor, posta-as nos comentários.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Quando alguém diz que a Bíblia diz...



...Deveria dizer: Eu li num livro, escrito em português, impresso na Apelação em Loures, traduzido por um padre alemão de um livro publicado na Itália, numa gráfica de Bolonha, escrito em latim moderno e que foi baseado num texto em latim medieval que foi traduzido de num texto atribuído a São Jerônimo, que era um cara que viveu na Dalmácia lá pelo século IV.
Esse tal de Jerônimo, a pedido do Papa Dâmaso I, selecionou um monte de textos em grego, os traduziu para o latim, e os denominou de Vulgata que é a forma latina abreviada de vulgata editio ou vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente "edição, tradução ou leitura de divulgação popular".



Fonte: 
Lauro Augusto Monteclaro César Jr

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Somos feitos à semelhança de deus?



"Assim criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou". --Gênesis 1:27

Este versículo é parte da história da criação, de modo que só há duas fontes possíveis para ela: ou ela veio do próprio Deus ou alguém inventou e fingiu que veio de um deus. 
Claro, se veio de Deus, devemos esperar que seja verdade. Mas, se veio dos homens, pode não ser verdade.
Diz que Deus fez os humanos à sua própria imagem. Deus nos fez parecer a ele. Isso é verdade? 
Vejamos as evidências: 
- Os seres humanos são visíveis: Deus é invisível.
- Os seres humanos são feitos de átomos: Deus é feito de... bem... de nada.
- Os seres humanos ocupam um ponto no espaço: Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo.
- Os seres humanos nascem e morrem: Deus é eterno.
- Os seres humanos têm um conhecimento limitado: Deus sabe tudo.
- Os seres humanos têm poder limitado: Deus tem poder ilimitado.
- Os seres humanos vivem dentro do espaço-tempo em nosso universo: Deus está fora dele.

Então, os humanos se assemelham a Deus? Obviamente que não. Na verdade, em quase todas os pontos e medidas a Deus, os seres humanos são opostos.

Gênesis 1:27 remonta ao tempo em que Yahweh era um deus-homem (um pouco como Zeus), e não o deus-espírito que ele mais tarde evoluiu para se tornar. É por isso que há versos sobre Deus andando no jardim do Éden, sentado num trono protegido por anjos e encontrando-se cara a cara com Isaque, Moisés e Jacó. Nenhuma dessas coisas faz sentido para um deus espiritual que reside fora do espaço e do tempo.

Se Gênesis 1:27 não é verdade, podemos concluir com segurança que verso foi escrito por homens e nenhum deus esteve envolvido. Os homens precisavam dos deuses por muitas razões, então eles fizeram a única coisa que podiam fazer - eles inventaram os deuses. Todos eles.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

domingo, 22 de janeiro de 2017

Se a Bíblia é verdadeira....



Muitas pessoas pressupõem que a Bíblia é verdadeira, mas ela pode não o ser. Então, se tu és uma dessas pessoas, deves prefaciar cada pensamento religioso ou crença contingente com "SE a Bíblia é verdadeira ...".

Por exemplo, "Se a Bíblia é verdadeira, então Deus existe" ou "Se a Bíblia é verdadeira, então Jesus ressuscitou" ou "Se a Bíblia é verdadeira, então uma cobra poderia falar".

E tu até podias acrescentar: "Mas se a Bíblia não é verdadeira, então fiz merda."



Traduzido e adaptado de Bill Flavell



Não existem "ex-ateus"


Não acredito que existam “ex-ateus”. Em geral, quando alguém declara isso, costumo perguntar “Quais foram os argumentos que o convenceram a se tornar ateu no passado?”

E geralmente a pessoa não responde. Declara só que: 
“Não ia mais à igreja”, 
“Meus amigos na escola não acreditavam em Deus”, 
“Eu fumava, bebia e saia com prostitutas”, 
“Eu tinha me esquecido de Jesus”. 

Essa é, por exemplo, a descrição que o Francis Collins faz de si mesmo no seu livro “A Linguagem de Deus”.

Em nenhum momento ele menciona quais foram os argumentos que o convenceram de que Deus não existia. E sem isso, ninguém é REALMENTE ateu.


sábado, 21 de janeiro de 2017

Como os ateus vêem a atividade religiosa



Imagine uma peça de teatro em que metade dos personagens fosse retirada. Os atores remanescentes passariam a falar sozinhos e a responder a ninguém.

Imagine um jogo de futebol em que uma das equipas simplesmente saia inteira do campo.

A outra equipa ficaria jogando sozinho. Driblariam ninguém e de passe em passe, chutariam a bola numa baliza vazia.

Imagine um programa de entrevistas em que o entrevistado não comparecesse. O entrevistador passaria o programa inteiro fazendo perguntas ao ar e comentando respostas inexistentes.

Imagine uma luta de boxe em que um dos lutadores não estivesse presente. O outro lutador passaria o tempo todo gesticulando freneticamente e dando socos no ar.

Tudo isso é muito esquisito e ridículo! E é precisamente assim que os ateus vêem toda a atividade religiosa. Uma complexa coreografia em que as pessoas falam sozinhas, interagem com ninguém, se movem e gesticulam na direção de pessoas inexistentes e isso tudo é muito estranho e sem sentido!



Texto de Lauro Augusto Monteclaro César Jr

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Religião é algo profundo e irracional



Um equívoco recorrente entre intelectuais e militantes ateístas é a abordagem da religião do ponto de vista racional. Religião não é baseada na razão e sim num desejo atávico de crer em estórias e explicações fantásticas e agradáveis.

Devemos nos lembrar de a noção de que a razão é superior à fé é algo muito novo na história. Trata-se de uma mentalidade que só se desenvolveu a partir do Iluminismo e só se firmou em épocas muito recentes. 
A fé sempre foi vista como uma atitude mais virtuosa do que a razão. Na verdade o uso da razão é francamente condenado em muitos escritos religiosos antigos. Ao debater com crentes devemos ter sempre isso em conta. Eles não usam a razão para chegar a nenhuma conclusão. Eles já têm suas conclusões por uma fé profunda e incondicional e só debatem para tentar estender o que já crêem para os domínios da razão. 

Se não conseguem isso, não muda em nada suas crenças.

Hipátia de Alexandria




Hipátia de Alexandria foi feita mártir por ter sido torturada por uma multidão de cristãos, em parte porque não aderiu aos princípios rígidos do Cristianismo. Considerava-se uma neo-Platónica, pagã e seguidora das ideias de Pitágoras. Curiosamente, Hipátia foi a primeira mulher matemática na história da Humanidade de quem temos um conhecimento razoavelmente seguro e abrangente. Dizia-se que era fisicamente atraente e celibatária por opção firme. Quando perguntada por que razão era obcecada pela matemática e por que não se casava, respondia que estava casada com a verdade.

Os cristãos eram os seus rivais filosóficos mais fortes, e desencorajavam oficialmente as suas afirmações platónicas sobre a Natureza de Deus e a vida para além da morte. Num dia quente de Março do ano de 414, uma multidão de zeladores cristãos (constituídos por monges e paroquianos de Cirilo, o Arcebispo de Alexandria,) capturam-na, tiraram-lhe a roupa e esquartejaram-na com objectos pontiagudos (como cacos de cerâmica). Depois despedaçaram-lhe o corpo e queimaram os pedaços. (Suas obras foram destruídas e Cirilo foi canonizado.) Como algumas vítimas do terrorismo religioso de hoje, pode ter sido capturada meramente porque era uma pessoa conhecida do outro lado da contenda religiosa. Só depois do Renascimento é que outra mulher, Maria Agnesi, ficou conhecida pelos seus dotes matemáticos.

A morte de Hipátia desencadeou a saída de muitos académicos de Alexandria, e em grande medida, marcou o fim de séculos de progresso grego na Matemática. Durante a Idade das Trevas na Europa, Árabes e Hindus foram os únicos a desempenharem papéis fundamentais no progresso da Matemática. 

in O Livro da Matemática, de Clifford A.

Nota: entre parêntesis curvos há apontamentos de Carl Sagan.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A história está mudando...



Ao longo da história, houve momentos em que grandes mudanças ocorreram no pensamento humano. Mas elas não acontecem com frequência e nem acontecem facilmente. Há sempre pessoas que resistem ao novo pensamento, às vezes ao ponto de dar suas vidas para preservar o antigo.

Exemplos de tais mudanças são a percepção de que escravizar pessoas é imoral ou a ideia de que a Terra orbita o sol.

Essas mudanças costumam levar muitos anos, ou mesmo gerações para acontecerem, porque demora a jogar fora os antigos pensamentos e adoptar os novos. Podemos imaginar como um novo pensamento cresce e ganha força: algumas pessoas vão começar a sentir que estão do lado errado da história, pois podem ver a mudança que está a acontecer e ela é inevitável, mas eles ressentem-se, discordam dela e não querem fazer parte da mudança.
E pelo menos duas dessas mudanças, estão acontecendo agora.

A primeira é o reconhecimento de que os casais homossexuais podem e devem receber os mesmos direitos que os casais heterossexuais. Esta ideia tão óbvia, foi envenenada por mais de 2 000 anos pelas religiões abraâmicas, mas a Razão é o antídoto para esse veneno e muitos países progressistas já mudaram as suas leis para dar aos casais homossexuais direitos iguais. Muitos mais países seguirão na próxima década.

A segunda mudança pode revelar-se a mais revolucionária de todas. Em vários países, os bebés hoje nascidos, irão crescer num ambiente quase livre de religião. Aqueles que se ressentem e discordam com isso, inevitavelmente irão alertar de consequências terríveis: imoralidade e padrões decrescentes. 

Mas eles estarão errados.

Os dados já nos mostram que os países mais ímpios, são socialmente mais saudáveis ​​com baixas taxas de crimes, baixas taxas de DST's e de gravidez na adolescência. Além disso, as pessoas são mais felizes e vivem mais tempo. As pessoas não precisam da religião para serem decentes: elas precisam de empatia e ser ensinadas a valorizar e respeitar os outros.

Então, se estás a começar a sentir que estás do lado errado da história, não resistas, PENSA. Olha para as evidências daqueles países que já te deixaram para trás. Pensa com o teu cérebro e não apenas com o teu coração.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

domingo, 15 de janeiro de 2017

Houve mesmo pecado original na fábula bíblica?



Vamos imaginar que Eva afinal até tinha o conhecimento de que desobedecer era algo de errado. Apenas esse. Vamos então supor que Eva recusara comer a fruta da árvore do Conhecimento. E não a comera! Como seria então o seguimento da estória do Génesis?

Continuariam imortais. Então, ainda estariam vivos hoje. Eles e todos os seus filhos, netos e tataranetos. O Criador teria que aumentar infinitamente a área do jardim do Éden para que os milhões de milhões que constituiriam toda a descendência de Adão e Eva, e todos eles imortais, pudessem viver. Até quando o planeta aguentaria? Mil anos? Cinco mil anos? Dez mil anos? Um ano teria de acontecer que o planeta não serviria mais para todos eles.

E como seria a vida de toda aquela gente? Lembro que NÃO HAVIA o Conhecimento! Logo, não fariam mais que... nada fazer! Vagueariam pelo planeta sem rumo nem destino. Dormiriam e comeriam sem mais objectivos do que fazer sacrifícios ao Criador. 
Nada mais. 
Sem o conhecimento que Eva se negara a receber ao recusar comer a fruta, o que se sabia na altura que Adão e Eva foram criados, continuaria ser o mesmo. Ou seja, conheceriam os animais, saberiam cultivar e preparar a sua comida vegetariana. Sempre e eternamente vegetariana. Tal como TODOS os animais. Uma imensa manda de vegetarianos a pastarem pela Terra.

Qual seria o sentido da vida de toda essa gente? Nascer, comer, reproduzir-se e bajular o Criador eternamente, sem objectivos alguns de futuro, sem conhecimento, sem imaginação, sem ambição, sem maldade e sem bondade, sem Saber algum... Se vos passar pela imaginação um cenário duma Terra super-povoada de zumbis vegetarianos, não ficará muito longe do que deveria ser. Ou conseguem imaginar um cenário pior?

Um cenário assim não faz sentido algum. Que merda de Criador iria querer um mundo assim?? Seria uma criação completamente fracassada, um flop monumental, uma desilusão, um erro colossal que mancharia o papel do Criador supostamente perfeito. Uma criação assim nunca faria sentido algum. Não há outro modo de definir esta suposição de Criação: uma enorme estupidez.

Ora, sendo o Criador supostamente omnisciente, ele teria de saber que esta criação seria um erro colossal. Como resolver então? 
Simples: fazer com que a Eva comesse a fruta.

Por outras palavras, a estória não se inicia com o desobedecimento de Eva. Tem início com o ato teatral do Criador a disfarçar que tinha sido enganado. Porque a estória TERIA de ser assim, com a Eva a comer o fruto e não doutro modo.

Nunca houve um desobedecer de Eva, ela apenas seguiu o guião que estava traçado, desde sempre, pelo Criador.

Ah. e quanto ao pecado original não passa de conversa para boi dormir.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Dois livros que mudaram o mundo




 A mente mais brilhante do universo, uma mente infinita onde reside todo o conhecimento, inspirou os homens ao longo dum período de 1 000 anos para escrever um livro de cerca de 900 000 palavras. Este esforço gigantesco pretendeu revelar as verdades sobre o universo e nosso planeta que era desconhecido aos homens. Em última análise, este livro visava tornar o mundo num lugar melhor.

Em menos de dois anos, de 1686 a 1687, um homem com uma mente finita, escreveu um livro de cerca de 300.000 palavras com um objetivo muito menos ambicioso. O objetivo era ajudar-nos a entender o comportamento dos corpos em movimento.

O primeiro livro foi um fracasso abjeto. Não revelou verdades algumas sobre o cosmos. Na verdade, sabemos agora que quase tudo o que ele inspirou escrever sobre o nosso planeta e o universo, estava completamente errado. Além disso, não fez o mundo um lugar melhor. Pelo contrário, lançou as bases para vários milhares de anos de assassinatos, torturas, brutalidade e discriminação numa escala sem precedentes na história humana.

O segundo livro foi um grande sucesso. Suas proposições foram mostradas como sendo fundamentalmente corretas e foram cruciais para permitir a revolução industrial, nosso mundo moderno e nossa atual compreensão profunda e extensa do cosmos.

O livro de sucesso foi Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica de Sir Isaac Newton.

O livro do fracasso foi a Bíblia, por Deus *.


* Autoria da Bíblia ainda não verificada.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

O último cristão


O cristianismo é uma loucura. Uma teologia tão bizarra e fraturante só pode ter sido criada por uma comissão.

O ensino moral do cristianismo, aparentemente do mesmo Deus imutável, varia da tirania brutal ao masoquismo.

O cristianismo repousa sobre uma série de eventos milagrosos, mas não há nenhuma evidência de que qualquer um desses eventos realmente aconteceu fora do "manual de vendas" da própria religião.

O "manual de vendas" trai as suas origens primitivas humanas pelas suas referências supersticiosas a bruxas e demónios, tal como por uma cosmologia tão amplamente errada que é simplesmente ridícula.

Por que é que milhões acreditam nessas idiotices tão óbvias? Pela mesma razão pela qual as pessoas acreditam em todas as religiões: elas foram criadas para que creiam nelas. E essas primeiras lições são difíceis de superar.

Sabemos que as religiões começam, vivem por um tempo (talvez alguns milhares de anos) e depois morrem. Elas normalmente tendem a morrer lentamente, a menos que uma nação conquistadora imponha a sua própria religião.

Em metade do mundo, o cristianismo já começou o seu declínio terminal. E isso inevitavelmente irá continuar. Mesmo nos EUA, a última fortaleza do cristianismo no mundo desenvolvido, a crença no cristianismo está em quase queda livre entre as pessoas menores de 25 anos. A esta taxa de declínio, ela não tem futuro.

Lembro-me que os dinossauros já dominaram o planeta, mas agora nenhum deles ainda é vivo. Podemos imaginar o dia, assim lá há cerca de 65 milhões de anos, quando o último dinossauro ainda vivo desenhou o seu último suspiro, levando ao fim o reinado de 160 milhões de anos dos dinossauros.

Um dia, o último cristão também terá o seu último suspiro, e o cristianismo se juntará aos dinossauros. E ninguém irá lamentar a sua morte. 

Ninguém sequer irá notar sua morte.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell


domingo, 8 de janeiro de 2017

A Torre de Babel (A confusão das Línguas)




Uma estória dos compiladores do Pentateuco que fizeram essa estória de construir uma torre que chegava até ao céu, e que todo o povo falava uma língua só, é uma espécie de teoria arcaica dos sacerdotes que ensinavam aos fieis do seu deus Javé. Partiu da tradição oral para a escrita.

Ora bem, na verdade Babilónia era uma cidade e um grande centro multicultural devido a ser uma região estratégica onde vários povos de vários idiomas, passavam por lá e faziam suas trocas comercias . E também possuíam caminhos que levavam a diferentes regiões (de povos diferentes). Logicamente nos centros comerciais havia todo o tipo de pessoas falantes de várias línguas, o que era uma autentica salada de idiomas. Aliás, a palavra Babilónia provém do hebraico "Bab" que significa "confundir". 

Foi a partir desse ponto de vista que os compiladores da estória da torre da Babilónia tiveram que inventar na forma de que deus havia confundido o povo e os dispersou por meio da "confusão" (bab) de idiomas. Portanto é uma ALEGORIA para explicar os porquês de existirem vários idiomas no mundo. Não é verdade que aconteceu justamente como está escrito e os cristãos acreditam como ela está escrita. Foi de fato uma alegoria pois a Babilónia era um grande centro comercial e lá se cruzavam várias rotas comerciais o que obrigava vários comerciantes de vários idiomas a se concentrarem lá para realizarem suas trocas de produtos e logicamente havia muita confusão, (bab), de idiomas, não por causa de uma torre que seria construída para alcançar os céus como forma de encontrar deus. 

Infelizmente, muitos cristãos criam seus próprios filmes nas suas cabeças e reforçados pelos teólogos e pastores, estes permanecem sem saberem os verdadeiros significados dalguns textos bíblicos. Outros cristãos simplesmente preferem se manter na ignorância voluntária, pois por doutrinação e pré-disposição de acreditar em qualquer estória que o pastor lhe conta e a falta de capacidade de analisar os textos bíblicos, são induzidos a terem fé (somente acreditar) sem possibilidade investigar e questionar os mesmo com medo de deus não os queimar no inferno.

RESUMO: Babilónia, era um grande centro comercial e possuía várias rotas comerciais que obrigava os vários povos a viajarem para ali e realizarem suas trocas de produtos. Lógico que cada povo falava seu idioma nas suas trocas comerciais, o que criava autentica confusão (bab) de idiomas do ponto de vista panorâmico. Dessa visão panorâmica, os compiladores do Génesis aproveitaram para criar as suas estórias na sua versão mitológica sobre a existência de vários idiomas no mundo a partir da Babilónia, associando logicamente o seu deus hebraico. 

Portanto, construção literária. 


Trabalho de investigação : Egas Alberto Santana

Quando os mitos desafiam os deuses


É incontestável que os sumérios inventaram o seu panteão de deuses e o seu mito elegante que explicava a criação do mundo. Eles acreditavam que a deusa Nammu deu à luz do seu marido Anki. Eles tiveram um filho, Enlil, que então fez o mundo dos seus próprios pais.

É incontestável que os astecas inventaram o seu panteão de deuses e o seu mito da criação bastante mais belicoso. Em seu mito, o deus Ometecuhtli deu à luz a si mesmo e a quatro filhos que se envolveram numa batalha épica com o monstro marinho Cipactli. Quando o monstro foi derrotado, eles usaram o seu corpo para fazer o mundo.

É incontestável que o povo germânico tenha inventado os deuses nórdicos e o seu mito de que Odin criou o universo das partes do corpo do gigante do gelo, Ymir. Seu corpo tornou-se a Terra, o seu sangue tornou-se nos rios e nos mares, seus cabelos nas árvores e o do seu crânio formou-se os céus.

Existem dezenas de mitos de criação de todo o mundo. E eles compartilham vários recursos comuns: eles envolvem deuses e magia, e eles estão em conflito com a nossa compreensão moderna e científica de como o universo se desenvolveu. Então sabemos que são obras da imaginação, não da ciência. Nem podem ser revelação dos deuses, como as pessoas às vezes reivindicam.

Todos esses mitos foram reverenciados como verdades sagradas por milhões de pessoas ao longo de milhares de anos, mas já não debatemos se essas estórias são verdadeiras. E quando descartamos os mitos da criação, rejeitamos as personagens dessas histórias, os deuses e as outras entidades mágicas. Eles são as personagens míticas de estórias míticas.

Curiosamente, há um mito de criação que ainda mantém força. A ciência mostra inequivocamente que não pode ser verdade e contém todas as características de mito: um deus e um panteão de personagens fantásticas com profundas veias de magia que correm por toda parte.

Claro que estou a pensar no mito da criação judaica. E há um fato interessante aqui, é que apenas as pessoas que acreditam que o deus judeu é real, também acreditam que o mito da criação judaica é verdade. Isto faz-me pensar que, se acreditares num deus faz com que acredites num mito que não pode ser verdadeiro, não achas que deverias reconsiderar a tua crença nesse deus?
Eu sei que deverias.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

sábado, 7 de janeiro de 2017

Os Evangelhos Canónicos



Irei dar um breve resumo tanto dos evangelhos canónicos como ainda de alguns livros que fazem parte do Novo Testamento (NT), no que respeita sobre quem os escreveu e como foram escritos.

Evangelho de Mateus

Desde o século II que se considera que o seu autor seja Levi, filho de Alfeu, um cobrador de impostos que ao converte-se, passou a chamar-se Mateus. É provável que fosse irmão de Tiago, o de Alfeu, também apóstolo. Segundo a Igreja Católica (ICAR), este evangelho foi escrito entre 50 a 60 EC, no entanto a maioria dos peritos independentes situa a redação para 75 a 80 EC.

Mas o evangelho de Mateus, na sua REDAÇÃO ATUAL, deve ter sido escrito em 90 EC, no Egipto e mais precisamente em Alexandria, onde havia uma grande população judia. Uma leitura atenta por peritos independentes, permite concluir que o autor NÃO era judeu, nem sequer foi um mero compilador.

Evangelho de Marcos

Este evangelho foi escrito por um tal de João de Jerusalém, Marcus de nome latino e aparece mencionado em Actos 12:12 e em I Pedro 5:13. Ajudante de Paulo e Barnabé, tendo-os acompanhado na primeira viagem de pregação, chateou-se com Paulo e passou a viajar com Pedro. Provavelmente, este evangelho foi escrito em Itália antes do martírio de Pedro em 64-65 EC ou 67 EC como alega a ICAR. Depois foi para o Egipto e o evangelho que nos chegou, deve ter sido escrito em 75-80 EC.

Esta versão sobre Marcos é confirmada pelo Bispo de Hierápolis, de nome Papias, do princípio do século II.

De notar que após Marcos 16:8, o texto foi cortado, não se sabendo quanto ou o quê. Quanto a Marcos 16:9 a 20 foi acrescentado por um cronista.

Evangelho de Lucas

O evangelho de Lucas tal como o Acto dos Apóstolos, foram escritos por Lucas ou Lucano, nascido em Alexandria e companheiro de Paulo. Paulo tratava-o como "seu colaborador" e "médico amado".
Este evangelho deve ter sido escrito pelo final do século I, ao contrário do que defende a ICAR que aponta para 60 EC e 61-63 EC para os Actos.

Lucas fez uma leitura atenta dos textos de Flávio Josefo para escrever tanto o evangelho como os Actos. Lucas teve problemas com a história de Jesus no que respeita ao nascimento e à sua infância, recorrendo à história do nascimento de Sansão e de Samuel, e ainda da autobiografia de Josefo.

E foi pela leitura atenta que fez das obras de Josefo, que Lucas se apropriou  de qualquer dado que servisse os seus intentos. Como se esperava que o Messias viesse de Belém, Lucas teve de mostrar isso apesar dos pais serem da Galileia. Inventou uma maneira de usar o censo romano da Judeia referido pelo Josefo, pondo José e Maria a viajar da Galileia para Belém. Não lhe interessou o facto desse censo ter sido em 6-7 EC e não durante o reinado de Herodes que morreu em 4 EC.
Tal como colocou Maria e a mãe de João Batista como primas, com vista a colocar um laço de parentesco entre Jesus e João Batista. 
De notar também a disparatada narrativa de Lucas que coloca Jesus a viajar de Betânia para Jerusalém, depois coloca-o a fazer desvios sem sentido. Basta olhar para o mapa de então, para perceber o ridículo da situação.
Lucas 19:41-44, profecia inspirada na descrição da queda de Jerusalém de Flávio Josefo.
Lucas apresenta Pilatos como desconhecedor da lei romana quando ele era o garante dela, já que se alguém se apresentasse como rei dos judeus, era delito para a pena de morte por alta traição contra César. O perfil que atribui a Pilatos é simplesmente absurdo.

Ou seja, a inspiração divina neste evangelho estava em gozo de férias.

Em Actos, a narrativa está centrada em Paulo, e dos doze, apenas Pedro tem algum relevo. Defende posições de Paulo e sataniza quem lhe faz frente, incluindo o irmão de Jesus, Tiago.

O texto mostra que o cristianismo não foi uma religião nos seus primórdios, mas um movimento ou seita judaica messiânica, encabeçada por Tiago, irmão de Jesus e executado o mais tardar em 62 EC por Anano. Facto confirmado pelos manuscritos de Qumran (Mar Morto).

Evangelho de João

A redação deste evangelho é atribuída a João, filho de Zebedeu, mas em análises de conteúdo e estrutura, afastaram essa hipótese.  Como é que um pescador de carácter violento (Boanerge > tempestuoso, filho do trovão), inculto, podia ter escrito textos tão brilhantes e intelectuais como são os textos joânicos?

Enquanto que nos evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas), Jesus fala como judeu, no evangelho de João, Jesus fala como um não-judeu. Como exemplo: 
- Ao referir-se à Lei de Moisés, ele diz "a vossa Lei" em vez de dizer "a nossa Lei";
- Quando diz "Todos os que vieram antes de mim foram ladrões e salteadores".

Torna-se evidente que o material foi composto por um grego cristão, tal como a primeira epístola de João (João, o Ancião) vivo ainda em 140 EC. Era da Ásia Menor e Papias de Hierápolis menciona-o.

Mas então, como é que ele teve acesso a essas recordações?

É com um discípulo direto de Jesus que viveu em Éfeso até princípios do século II, que João, o Ancião, se pode ter encontrado e recolhido as recordações. Seu nome também era João!

Eusébio comenta que em Éfeso havia os túmulos de dois Joãos. O tal João que conhecia Jesus, foi um discípulo de direto de Jesus, era sacerdote judeu e é coerente com o que está escrito no 4º evangelho. Referencias ao ritual judeu e ao culto do templo, em que ele só entra no sepulcro quando Jesus já lá não está, é duma família distinta sacerdotal judia, tinha casa em Jerusalém, foi nela que hospedou a mãe de Jesus. Desconfia-se que foi nessa casa que se deu a Última Ceia e o discípulo dilecto, enquanto dono da casa, ocupou o lugar de honra ao lado de Jesus e pode assim apoiar-se no peito do Messias, como conta o evangelho. 
Na Ceia eram afinal 14 pessoas!

Foi esse discípulo dilecto que foi para Éfeso e velho contou as suas memórias que passaram a ser o quarto evangelho.
Assim, o evangelho de João tem como base as memórias de João, o Sacerdote que apareceu inicialmente como discípulo de João Batista.

Foi composto perto de 110 EC. Em João 19:35 e 21:24, mostra que o redator do texto demarca-se de quem deu as memórias (relator dos factos).

Apocalipse ou Revelação são textos apocalípticos em voga perto de 160 AEC, usam simbologia babilónica e persa.  


Fonte: Mentiras Fundamentais da Igreja Católica, de Pepe Rodríguez. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

É sério que acreditas nisso?



É sério mesmo que você pensa que padres e pastores cultos acreditam em Adão e Eva e em Arca de Noé?

Você acha mesmo que um teólogo formado numa universidade da Alemanha acredita em pessoas que andam sobre as águas e ressuscitam dos mortos?

Você pensa mesmo que um clérigo erudito acredita em reza para os santos, terços e promessas à Virgem?

Acha mesmo que um especialista em Grego, Hebraico e Novo Testamento acredita em exorcismos e curas milagrosas?

Você acha que esses sujeitos de fato pensam e acreditam nas mesmas fantasias que você?


Autoria de Lauro Augusto Monteclaro César

domingo, 1 de janeiro de 2017

O que escolhes, uma viagem ou um livro?



Tu amas profundamente a física e estás emocionado à medida que descobres coisas sobre o universo. Queres aprender mais e és afortunado o bastante para poderes escolher entre uma viagem ou um livro.

1)A Viagem 

Tu podes fazer uma viagem a estabelecimentos científicos e conversar com os cientistas mais famosos e experientes hoje em dia. A tua tournée começará em Genebra, no Grande Colisor de Hádrons, onde aprenderás física de ponta de partículas.

Depois vais à Sociedade Max Planck, em Munique, na Alemanha, para aprenderes sobre os mais recentes pensamentos em mecânica quântica e visitar o laboratório de materiais avançados, onde vais aprender sobre investigação em nano-química.

Enquanto estiveres na Alemanha, vais dar um salto a Darmstadt, ao Centro de Operações Espaciais Europeus para conversar com o diretor da missão Rosetta que pousou a nave espacial Philae no cometa Churyumov-Gerasimenko. 

Em seguida, vais à NASA para falar com a equipe que opera a Curiosity Rover no seu passeio em Marte. Também vais visitar as equipes que estão por trás dos observatórios espaciais Hubble e Kepler e ser informado sobre o dilúvio de descobertas feitas por essas dois telescópios.

Finalmente, terás uma visita de duas semanas à Estação Espacial Internacional, onde poderás questionar os cientistas sobre os experimentos que realizaram enquanto vivem no espaço.

2) O livro 

O livro não é um livro comum. Este livro é dito ter sido escrito indiretamente pelo ser inefável que literalmente criou o universo inteiro a partir do nada. Essa figura intelectual gigantesca, aparentemente sabe tudo, não só sobre o universo e como foi feito, mas sobre seu passado, presente e futuro.

Se isso for verdade, o livro pode ser uma forma muito superior de aprender sobre o universo do que fazeres a viagem. E o livro ainda vem com um bónus incrível: é te oferecida a oportunidade de falares realmente com o criador diretamente, cara a cara. Isso poderá ser uma experiência de aprendizagem sem paralelo!

Há apenas um problema - o livro pode não ser o verdadeiro. O livro pode ter sido escrito, não por um intelecto transcendente, mas por homens relativamente simples, cujas respostas às perguntas do universo chegaram a eles em sonhos ou por estórias transmitidas de boca em boca ao longo de muitas gerações.


Antes de tomares uma decisão entre a viagem e o livro, precisas de decidir: É o livro genuíno ou falso? 

Felizmente, tu tens a permissão para o visualizar.

O livro começa mal. Não menciona o Big Bang, nem fala sobre o desenvolvimento do universo de mais de 13,7 mil milhões de anos, nem sequer menciona a gravidade sem a qual não há cosmologia. Ele fala de estrelas como luzes numa cúpula sobre a Terra e afirma que elas poderiam cair sobre a Terra! Ele até sugere que a Terra é plana. Ele fala da criação da vida por magia e omite tudo o que sabemos ser verdade através dos vários séculos de minuciosa observação, validação e testes.

Após a pré-visualização do livro, tu tomas a decisão e ela é fácil: Ou não estás interessado na mitologia, ou estás interessado na realidade. 

Na minha opinião, a viagem será a maior experiência da tua vida.
E o livro pode ir para o lixo.



Traduzido e adaptado de Bill Flavell