domingo, 29 de janeiro de 2017

Decidam-se ou calem-se!



Em 1687, Isaac Newton publicou seu livro Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica (em português, "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural"). Neste livro inovador, ele propôs que uma força invisível de atração age em todos os objetos com massa. Ele arranjou mesmo uma equação simples que permitiu calcular a magnitude dessa força.

Esta força invisível, afirmou, explica como os planetas no nosso sistema solar mantêm órbitas previsíveis em torno do Sol. Foi uma brilhante descoberta de Newton, mas ela foi construída sobre o trabalho anterior de Nicolau Copernicus que tinha mostrado que os planetas orbitavam o Sol (apesar da feroz oposição da igreja) e de Johannes Kepler que mostrara que os planetas percorrem órbitas elípticas em velocidades variadas.

Com essas fundações e a meticulosa recolha de evidências de Newton, suas ideias sobre a gravitação universal foram rapidamente aceites pela comunidade científica.

Já vimos muitos exemplos na ciência de ideias surpreendentes e contra-intuitivas, sendo publicadas, desafiadas e aceites depois que as evidências são completamente compreendidas. É assim que descobrimos o mundo real.

Mas existe outro mundo em que tudo acontece ao contrário. O mundo da religião não exige evidências e nem se aproxima da realidade à medida que mais evidências são descobertas. As ideias religiosas são mantidas na fé e, usando a fé, tu podes acreditar em qualquer coisa que tu desejas acreditar.

O cristianismo começou há 2 000 anos, mas não mudou de controvérsia para um acordo: passou dum único "profeta" ao caos, com cerca de 40.000 denominações que se disputam hoje. E se olhares com mais atenção, vais encontrar pessoas ao redor do mundo acreditando em milhares de deuses e dezenas de milhares de religiões.

Com as religiões, não há nenhuma reunião de mentes e nenhuma filtragem em que se remove o falso para deixar ficar o verdadeiro. E por que funciona assim? O verdadeiro problema é que existe apenas um mundo real, mas um número ilimitado de histórias imaginárias. Podemos concordar com a realidade, mas sempre vamos discutir sobre quais as histórias imaginárias que preferimos.

Se um qualquer deus é real e uma qualquer religião é verdadeira, por favor crentes, decidam-se e digam quais são verdadeiras e quais são falsas. Vocês já tiveram mais de 2.000 anos para o fazerem, são mais que horas de decidirem ou simplesmente CALAREM A BOCA.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

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