domingo, 28 de maio de 2017

Deus e a mulher como opção de recurso




Génesis 1 é uma visão geral do mito de criação hebraico. Génesis 2 acrescenta mais uns detalhes. Em particular, explica como os homens e as mulheres vieram a serem criados. Deus criou o primeiro homem do pó, chamou-lhe Adão e fez um belo jardim para ele cuidar e vigiar.

Adão poderia ter sido o último ato de criação de Deus, mas Deus preocupou-se que o homem iria precisar dum ajudante que seria o mais adequado para ele. O primeiro pensamento de Deus foi oferecer ao homem um animal ou um pássaro como ajudante. Então Deus criou todos os tipos de animais e pássaros do pó para o homem. Adão verificou todos eles e deu-lhes todos os nomes, mas não conseguiu encontrar um que estava certo para si.

Deus deve ter-se decepcionado por Adão ter sido tão perversamente exigente. Afinal, tinha-lhe sido oferecido várias centenas de milhares de espécies diferentes! 

Então Deus teve outra ideia: ele faria um ajudante que se parecia muito com Adão. Assim, ele pegou numa das costelas de Adão e fez uma versão ligeiramente modificada dele. Por fim, Adão ficou contente e chamou sua nova ajudante de mulher porque ela foi feita de um homem.

Às vezes pergunto-me como a história do mundo teria sido diferente se Adão se tivesse apaixonado por um urso de koala e o tivesse tomado como seu ajudante...

O ponto interessante, porém, é que Deus evidentemente não pretendia que Adão procriasse. A criação da mulher foi uma opção de recurso, uma vez que Adão tinha rejeitado centenas de milhares de animais e pássaros. Apesar disso, Adão aparentemente estava totalmente equipado para procriar como aprendemos em Génesis 4 quando Eva deu à luz Caim e Abel.

Obviamente, há muitos buracos a serem esmiuçados nesta estória patética, mas são poucas as pessoas que percebem isso: 
- Se Deus não criou Adão para procriar, por que lhe deu um sistema reprodutivo? 
- E se Deus criou Adão para procriar, por que ele ofereceu a Adão centenas de milhares de animais como um companheiro e só fez uma mulher como uma segunda ideia?


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

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