domingo, 31 de dezembro de 2017

Desmontando a bíblia - Os dizeres de Jesus





"Eu sou o caminho a verdade e a vida"

Serão essas palavras exclusivamente cristãs?

Este versículo joanino(João 14:6), um dos mais citados em todas as literaturas cristãs, é dos mais arrogantes e superexclusivistas da bíblia cristã.

Imaginem quanta discriminação por parte dos cristãos, ao longo de toda a sua história, contra as outras religiões, exatamente com base em interpretações literalistas e exclusivistas dos escritores do Novo Testamento (NT), a respeito de palavras inautênticas atribuídas a Jesus, como as desse famoso versículo joanino.

Se Jesus é literalmente o caminho, não há outro caminho, ou seja, ficam excluídas automaticamente todas as pessoas que seguem outros líderes religiosos e outras religiões.

Imaginem que dois terços da humanidade (hoje cerca de 4 bilhões de seres humanos não cristãos) ficariam todos excluídos, caso passagens evangélicas exclusivistas como essa fossem realmente autênticas. Em outras palavras, para os cristãos exclusivistas, baseados num Evangelho também superexclusivista, como o de João, só há um caminho e uma só religião. Se Jesus é a verdade, todos os outros caminhos tornam-se automaticamente “falsos”. Se Jesus é a vida, quem não o segue está “morto”, está “perdido” e “condenado” às penas eternas, conforme a interpretação apocalíptica da maioria dos cristãos.

Aqui começa a maior arrogância na história do cristianismo, o que gerou as maiores guerras da história da igreja e que até hoje é base da desunião de muitos povos.

Esse famoso versículo foi (e continua sendo) a grande lógica para o slogan exclusivista: FORA DE CRISTO, NÃO HÁ SALVAÇÃO (ou, mais restritamente, FORA DA IGREJA, NÃO HÁ SALVAÇÃO), uma vez que Jesus não apenas seria o caminho, a verdade e a vida, e ninguém iria ao Pai a não ser por ele, mas também teria fundado uma Igreja e entregue exclusivamente a Pedro as chaves do Reino dos Céus (cf. Mateus 16,18-19). A interpretação exclusivista desse versículo joanino tem apoiado a pretensão do cristianismo institucional de ser “a única fé verdadeira para toda a humanidade” (DRCO, verbete cristianismo), todas as demais religiões sendo automaticamente classificadas como “marginais” ou “falsas” (cf. DRCO, p. 379).

Apesar da tamanha arrogância do versículo, nada tem de exclusivo como veremos posteriormente.

É preciso esclarecer com base na história das religiões, que o conteúdo do versículo joanino (João 14,6) já havia sido atribuído a outros líderes religiosos do mundo, quatro ou cinco mil anos antes de Cristo. Por exemplo, na literatura sagrada do hinduísmo, Krishna, o filho de Deus, o verbo encarnado, o primeiro salvador do mundo, nascido miraculosamente (de um parto virginal), cerca de cinco mil anos antes de Cristo, também declarava ser O CAMINHO, A VIDA E A LUZ DA VERDADE: “Eu sou o caminho [...]; eu sou a vida [...]; sou eu mesmo a luz da Verdade [...]” (ROHDEN, Bhagavad Gita, p. 92, n. 18-19; p. 101, n. 11).Hórus (divindade egípcia), quatro (ou cinco) mil anos antes de Cristo, também declarava ser A LUZ DO MUNDO, O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA (cf. HARPUR, 2008, p. 93).

O livro dos hindus séculos antes do cristianismo e a religião egípcia milênios antes do cristianismo já ostentaram os mesmos dizeres. Seria arrogante demais achar a mensagem de Jesus exclusivista.

O cristianismo dogmático precisa mudar. Do contrário, dificilmente poderá haver verdadeira fraternidade entre cristãos e não cristãos e, menos ainda, a existência do diálogo inter-religioso de igual para igual. 



"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".

Quem nunca se encantou com esse texto joanino?
Será que este dizer é exclusivamente cristão?

Não. Para ser justo, e a bem da verdade histórica, é preciso saber que cerca de cinco mil anos antes de Jesus supostamente ensinar que o conhecimento da verdade liberta o homem, “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8, 32), no Bhagavad Gita dos hindus – correspondente ao Evangelho dos cristãos – Krishna (deus hindu, salvador do mundo, nascido de um parto virginal) já ensinava que se alguém se apoderar da Verdade, entrará na mansão da suprema beatitude e repousará na paz da divindade. [...] Quem se integra no Ser Supremo e nele repousa está livre da incerteza e trilha caminho luminoso, do qual não há retorno, porque a luz da verdade o libertou do mal (apud ROHDEN, Bhagavad Gita, p. 57, 62). 


"Eu sou o princípio e o fim, o alfa e o ômega".

Será que esse texto só existe na bíblia cristã?

Também não. Essa mesma verdade religiosa, expressa no Apocalipse cristão, “Eu sou o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega” (Apocalipse 1,8), já havia sido expressa, cerca de cinco mil anos antes de Cristo, na Escritura Sagrada da Índia, no livro Bhagavad Gita: “Eu sou o princípio dos mundos e sou o seu fim” (ROHDEN, Bhagavad Gita, p. 78). 


A chamada "regra de ouro" é da autoria de Jesus?

Jesus também não é o autor exclusivo da chamada “regra de ouro”: “Tudo aquilo, portanto que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles...” (Mateus 7, 12). Esta máxima de comportamento já era muito conhecida em religiões bem mais antigas do que o cristianismo, por exemplo, no judaísmo: “Não faças a ninguém o que não queres que te façam” (Tobias 4,15); no hinduísmo: “Não faças aos outros aquilo que, se a ti fosse feito, causar-te-ia dor” (apud RAMATIS,1996, p. 9); no confucionismo: “Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam” (ibid.).

Por conseguinte, eu deixo uma advertência para os meus queridos leitores, conheçam a verdade e ela vos libertará.

Obs: o adágio não é de minha autoria.😉


Texto de Gil Yossuf

Bibliografia:

Bhagavad Gita.
HARPUR, Tom. O Cristo dos pagãos: a sabedoria antiga e o significado espiritual da Bíblia e da história de Jesus. São Paulo: Pensamento, 2008.
SOUZA, JOSÉ PINHEIRO DE. Mentiras sobre Jesus. Fortaleza(2011).
ROHDEN, Huberto. Bhagavad Gita. 11. ed. Ilustrada. São Paulo: Martin Claret. [s.d]
RAMATIS. Missão do Espiritismo. Psicografia de Hercílio Maes. 6. ed. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos, 1996.

sábado, 30 de dezembro de 2017

Da irracionalidade dos crentes



Eu nunca vi uma pessoa afirmar que passou a crer na existência de Deus por meio de algum argumento RACIONAL.

Nunca vi um crente afirmar que se convenceu da existência de Deus por meio do Argumento Cosmológico, do Ontológico, das Cinco Vias de Tomás de Aquino e assim por diante.

Embora busquem JUSTIFICAR suas crenças por meio de alguma elaboração racional, os crentes têm que admitir que sua crença primordial é sempre irracional e induzida por outras pessoas.

Quem tem FÉ, tem fé em PESSOAS e não em deuses, anjos, arcanjos ou espíritos que jamais viram. Mesmo que pensem ter visto, precisam de alguém que interprete suas visões e lhes diga que não são mero delírio.

A Bíblia não é uma fonte racional porque sua suposta revelação nunca se mostra igual para todos que a leem, dependendo sempre da interpretação de PESSOAS para fazer algum sentido. 


sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Lamento, mas nunca existiu nenhum Jesus Cristo!




NÃO!

De forma alguma, nós os irreligiosos, os ateus, os agnósticos, não estamos insanos ou mesmo sós em nossa descrença. Vários filósofos, historiadores, arqueólogos, cientistas, escritores, como, Richard Dawkins, Alan Turing, Sam Harris, Emilio Bossi, Bertrand Russel, Aldos Huxley, José Saramago, Alfredo Bernacchi, Einstein, Carl Sagan, Edmond Halley, Alfred Russel Wallace, Charles Darwin, Albert Camus, F. Nietzsche, Stephen Hawkins e tantos e tantos outros mais homens intelectuais, humanistas e livres pensadores, sabem bem que deuses não existiram nunca, a não ser na mitologia clássica da antiguidade e muito menos que um homem, ou a figura de um homem como a de Jesus Cristo, personalidade construída e personagem inventada, tenha sequer existido e muito menos se fez ou era um deus incarnado, em um ser humano e muito menos ainda, na vulgar Bíblia, Antigo e Novo Testamento e seus Evangelhos, abusivamente àquela anexados, como sendo "livros Sagrados".

Estes homens acima mencionados, nunca acreditaram no deus dos cristãos ou em qualquer outro, talvez com excepção para Einstein que chegou a ser panteísta. Ele se afirmava do deus de Spinoza, do "todo" , que com suas leis e sabedoria, havia criado, o universo, o cosmos, sendo que esse "todo" não era uma pessoa, um ser, ou uma entidade, mas sim a natureza, "o todo, a universalidade dos seres", nas próprias palavras de Baruch Spinoza.

A verdade histórica é bem outra. Cerca de 100 anos antes da data apontada do falso aparecer do dito Jesus Cristo, os Essénios, seita político-religiosa que lutava contra a presença dos Romanos na Palestina, já eles praticavam muitos dos rituais dos cristãos, como a eucaristia e falavam igualmente de um salvador de Israel, na senda da cultura Hebraica, ao qual davam o nome de Crestus, ser imaginário, um Messias que segundo o que escreveu Suetónio, escritor romano, em "Vidas dos doze Césares" era quem teria incitado os judeus a praticarem distúrbios na cidade de Roma, praticando atos de terror contra o poder Romano, na capital do império, durante o período de governação do imperador Cláudio, nos anos 41 a 54 da nossa era, ou seja, depois da pseudo morte do pseudo ser, Jesus Cristo.

Os Essénios, valorizavam a humildade e a vida asceta e acética e a caridade, falando por hábito em parábolas. Praticavam a cerimónia do vinho e do pão, como se fossem o sangue e o corpo do seu esperado Messias, o Crestus, um ser sobrenatural, o deus de sua crença. Simplesmente os Romanos, como sempre o faziam, assimilaram mais este deus aos seus deuses e à sua cultura, tal como o já tinham feito, com a cultura de outros povos, nomeadamente, com os Gregos e os Persas aos quais deuses, depois lhes deram outros nomes, tal como o fizeram com o deus dos Persas, Mitra, que o tornaram o deus dos seus exércitos.

O cristianismo, surgiu assim, organicamente do Judaísmo-Helénico, baseando-se em paralelos do dito Jesus e dos deuses gregos e egípcios entre outros, especialmente daqueles que possuem mitos sobre a morte e a ressurreição. Os romanos apenas tomavam para si, esses mitos, esses deuses estrangeiros e depois lhe davam vida própria, destruindo, tudo e todos que pudessem, se contrapor a esta "verdade". No ano 70 da era cristã, os romanos invadiram Jerusalém e destruíram todos os documentos dos Essénios para que não fossem comparados ao mito do agora Jesus Cristo da igreja romana, com o Crestus dos Essénios e não pudessem mais sequer questionar, o dogma de Jesus.

Jesus só passou a ser visto como sendo o filho de deus, no Concílio de Niceia, em 325 da nossa era, quando esse título foi proposto e aprovado por votação nessa reunião. O imperador romano, Constantino, transformou Jesus em uma divindade, que existia além do alcance do mundo humano, uma entidade cujo poder era incontestável, para expandir o poder romano e o seu próprio poder pessoal. Constantino mandou fazer uma espécie de Biblia nova, que seriam posteriormente chamados de "Palavra do Salvador Deus Romano" que omitia os evangelhos que falavam do aspecto humano, do recém inventado Cristo, como um homem, como um mero profeta mortal. Esses evangelhos, anteriores aos que hoje conhecemos, foram considerados heréticos. Estes foram reunidos e quase todos destruídos. Alguns deles, mais tarde, foram encontrados e o Vaticano, mantendo a tradição de enganar os fieis, tentou fazer crer que os Manuscritos do Mar Morto fossem declarados e anunciados ao público, como sendo estes agora reencontrados, esses livros declarados em tempos atrás, os tais livros heréticos. A existência de um ser humano ou divino como nos apresentam os cristãos, mentindo sobre esse tal de Jesus, é tão certa e possível, quanto o é a existência de Ulisses, Dom Quixote, Mitra, Horús, Dionísio, Zaratrustra ou Aton, ou outro qualquer personagem mitológico da literatura universal e a possibilidade de ele ser um suposto deus, é a mesma de outra qualquer pessoa do planeta ser um deus, ou seja, nenhuma.

A dita existência de o tal de Jesus, não é de modo algum comprovada, nem sequer minimamente do ponto de vista da história e da arqueologia. Não existe o túmulo, aquele que nos querem fazer crer ser o túmulo de tal anacrónico ser, foi construído e lá enterrada a pessoa, no ano 325 da nossa era, por a treta da Sta Helena, mãe de Constantino. Não há Sudário algum, o que nos foi dito que era o seu Sudário, depois de analisado e feito o teste do carbono 14, foi considerado uma fraude, pois não corresponde à data do seu pretenso enterro, mas sim ,pertencente ao século XIII.

Das três ou quatro referências históricas que são muito imprecisas em textos antigos, as de Flávio Josefo, Suetónio e Tacito, existem cópias feitas alguns séculos depois da data da suposta crucificação. Ora, quando um monge anónimo, recopia, as Antiguidades, do historiador judeu, Flávio Josefo, quando esse monge, tem diante de si e dos seus olhos um original dos Anais de Tácito e de A Vida dos Doze Césares de Suetónio e se surpreende com a ausência no texto de uma menção à farsa da história de Jesus, acrescenta uma breve passagem de sua autoria no texto, sem constrangimentos, obcecado pelo respeito à integridade do texto e ao direito do autor.

De recordar que a divulgação da personagem falsa, a deste pretenso deus, a de Jesus, ela é divulgada, não na Palestina ou na antiga Israel, mas sim que isso ocorreu, sobretudo, em lugares como Roma, Grécia, Bizâncio e outras regiões da Europa e nunca no Médio Oriente.

Extratos e adaptação de alguns textos do livro de Michel Onfray "Tratado de Ateologia, Histórias de falsários"

Por Vitor Emanuel

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Desmontando a bíblia - Os evangelhos



Porquê existem 4 evangelhos e não 5 ou 8?

A história de como os quatro evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas e João foram escolhidos pela Igreja como autênticos e inspirados dentre os mais de cem que então existiam é muito interessante. Um dos critérios da escolha foi o dos milagres. Segundo a Igreja, alguns dos prodígios dos evangelhos apócrifos eram pouco sérios ou muito fantasiosos. Mas houve outros motivos para decidir que somente os quatro evangelhos escolhidos tinham sido inspirados pelo Espírito Santo e os outros não.

A seleção dos evangelhos canónicos foi feita no concílio de Niceia (325) e ratificado no de Laodiceia (363). O modus operandi, ou o processo utilizado, para distinguir entre textos verdadeiros e falsos, foi, segundo a tradição, o da “eleição milagrosa”. Foram apresentados, de facto, quatro versões para justificar a preferência pelos quatro livros canónicos:

1- Santo Irineu, no ano 205, assim o explicou: “O Evangelho é o pilar da Igreja. A Igreja está espalhada pelo mundo inteiro e o mundo tem quatro regiões. Convém, portanto que existam quatro evangelhos”. E também: “O Evangelho é o sopro do vento divino da vida para os homens, e, assim como existem quatro pontos cardeais, também devem existir quatro evangelhos”. Além disso, “o Verbo criador do Universo reina e brilha sobre os querubins, e os querubins têm quatro formas, por isso o Verbo obsequiou-nos com quatro evangelhos”. Curiosamente, os quatro escolhidos só foram aceitos pelos Padres da Igreja pouco antes de serem declarados inspirados.

2 - Depois de os bispos terem rezado muito, os quatro textos voaram por si sós e foram pousar-se sobre um altar.

3 - Puseram todos os evangelhos em competição sobre um altar e os apócrifos caíram ao chão, enquanto os canónicos não se mexeram; 3) depois de escolhidos, os quatro foram colocados sobre o altar e foi pedido a Deus que se neles houvesse qualquer palavra falsa os fizesse cair ao chão, o que não sucedeu com nenhum deles.

4 - O Espírito Santo, na forma de uma pomba, penetrou no recinto de Niceia e pousando no ombro de cada bispo sussurrou a cada um deles quais eram os evangelhos autênticos e quais os apócrifos. Esta última versão revelaria, além do mais, que uma boa parte dos bispos presentes no concílio eram surdos ou muito incrédulos, visto ter havido grande oposição à selecção – por voto maioritário, que não unânime – dos quatro textos canónicos actuais.


Os Evangelhos atuais são oriundos dos textos originais?

Esse é outro ponto importante a ser esclarecido, porquanto, nas traduções e nas pregações dos líderes religiosos das correntes cristãs tradicionais isso é afirmado e reafirmado sem o menor constrangimento.

Em primeiro lugar, as versões originais não existem!

O professor Julio Trebolle Barrera (? - ), doutor em teologia, licenciado em Filosofia Pura e Ciências Bíblicas, informa-nos que “Os autógrafos dos livros do NT perderam-se para sempre”. (BARRERA, 1999, p. 398).

O ex-evangélico Bart D. Ehrman (1955- ), considerado a maior autoridade em Bíblia do mundo, Ph.D. em Teologia pela Princeton University, especialista em Novo Testamento, igreja primitiva, ortodoxia e heresia, manuscritos antigos e na vida de Jesus, afirma em seu livro O que Jesus disse? O que Jesus não disse?, afirma o seguinte:

[...]Eu sempre voltava a meu questionamento básico: de que nos vale dizer que a Bíblia é a palavra infalível de Deus se, de fato, não temos as palavras que Deus inspirou de modo infalível, mas apenas as palavras copiadas pelos copistas– algumas vezes corretamente, mas outras (muitas outras!) incorretamente? De que vale dizer que os autógrafos (isto é, os originais) foram inspirados? Nós não temos os originais! O que temos são cópias eivadas de erros, e a vasta maioria delas são centúrias retiradas dos originais e diferentes deles, evidentemente, em milhares de modos.

[...]Uma coisa é dizer que os originais foram inspirados, mas a verdade é que não temos os originais. Então, dizer que eles foram inspirados não me serve de grande coisa, a não ser que eu possa reconstruir os originais. E além disso, a vasta maioria dos cristãos, em toda a história da Igreja, não teve acesso aos originais, fazendo de sua inspiração um objeto de controvérsia. Nós não apenas não temos os originais, como não temos as primeiras cópias dos originais. Não temos nem mesmo as cópias das cópias dos originais, ou as cópias das cópias das cópias dos originais. O que temos são cópias feitas mais tarde, muito mais tarde. Na maioria das vezes, trata-se de cópias feitas séculos depois. E todas elas diferem umas das outras em milhares de passagens.

Na Bíblia de Jerusalém, ao se introduzir os evangelhos sinópticos – Mateus, Marcos e Lucas, os tradutores colocam várias considerações; dentre elas, destacamos:

[...]Conhecemos atualmente mais de 2000 manuscritos gregos escritos em pergaminho que nos dão o texto dos evangelhos sinóticos, escalonando-se entre o quarto e o décimo séculos. Todos esses manuscritos oferecem entre si variantes de minúcias. Os textos que usamos atualmente, seja para estudar os Sinóticos, seja para traduzi-los nas línguas modernas, são os dois mais antigos desses manuscritos: o Sinaítico, proveniente do mosteiro de Santa Catarina do Sinai, hoje conservado do Museu Britânico, e sobretudo o Vaticano, conservado na Biblioteca Vaticana. Ambos são datados de meados do séc. IV.

Vê-se, portanto, que embora dizendo que as traduções são fiéis aos originais, esses originais, nos quais se baseiam, não são, verdadeiramente, originais, pois nenhum dos seus autores, sejam eles quem forem, viveu até o século IV para contar a história que consta dos Evangelhos.

Necessário é também relatar que a bíblia[em especial os Evangelhos] sofreram sérios acréscimos com o fim de apoiar uma certa doutrina ou prática litúrgica ou costume moral.

Esses factos têm feito com que os estudiosos da bíblia venham negar a questão de a bíblia ser um livro inspirado por Deus econsequentemente livre de erros.


Quem são os autores dos evangelhos?

Sempre estamos às voltas com pessoas muito crédulas, que acham que os nomes que constam dos títulos dos Evangelhos designam os seus autores. Em razão disso acreditam, também, que os personagens Mateus e João faziam parte daquele grupo de doze apóstolos que conviveram com o Mestre de Nazaré, e que foram, portanto, “testemunhas oculares dos eventos relatados".

Percebemos que, mesmo que imbuídos de muita boa vontade, falta a ambos o conhecimento do que a crítica moderna pensa sobre as reais epígrafes dos Evangelhos.

O que nos fez aflorar irresistível curiosidade de pesquisar o assunto, foi o teor do seguinte passo:

Atos 4,13: “Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se".

Como João, a exemplo de Pedro, um homem “iletrado e inculto”, poderia escrever um Evangelho tão rebuscado como o atribuído a ele? Fora isso, ainda se percebe nele um palavreado bem acima do que se poderia esperar para um simples pescador (Mt 4,18-22), sem que, com isso, queiramos desmerecê-lo; mas é fato. Essa mesma linha de raciocínio deve-se aplicar também a Pedro, já que, no Novo Testamento, existem duas cartas atribuídas a ele. Quanto a João, além do seu Evangelho, existem duas cartas e o Apocalipse que são atribuídos a ele. Em relação ao Apocalipse, veja-se, mais à frente, o que diz Pepe Rodríguez (1953-).

Primeiro, é de relatar que boa parte dos tradutores das diversas bíblias em suas introduções, divergem muito no que concerne à verdadeira autoria dos evangelhos, ao que parece, cada um comenta o que melhor convém para a doutrina de sua catedral.*

Vamos trazer alguns estudiosos e exegetas para vermos o que pensam a respeito dos autores e de outros importantes pontos dos evangelhos.

a)Pepe Rodriguez:

" A primeira coisa que salta à vista, quando nos abeiramos do Novo Testamento, é o facto de os textos que o compõem serem tão tardios. Só começaram a ser escritos num período compreendido entre o último quartel do século I d.C e o primeiro quartel do século II d. C., à excepção das epístolas de Paulo, escritas entre 51 e 67 d.C. Mas o que parece ainda mais incompreensível e absurdo é que quem tinha muito para testemunhar nada escreveu, ou quase nada, enquanto os que nada tinham para testemunhar acabaram sendo os redactores da maior parte dos textos do cânone neotestamentário. É tão ilógico como se uma dezena de historiadores ou de jornalistas (que, propagandistas como eles, eram os apóstolos ou enviados), presente no momento em que se estava a dar o maior prodígio da história humana, tivessem ficado totalmente calados e o ocorrido não tivesse de qualquer modo ficado documentado e só tivesse sido dado a conhecer quarenta anos depois, e, ainda e apenas, através de escritores desvalorizados de um par de ajudantes de duas dessas supostas testemunhas privilegiadas. Senão vejamos: O Evangelho de Marcos é o documento mais antigo de que dispomos sobre a vida de Jesus. Ora, Marcos não foi discípulo de Jesus, nem o conheceu pessoalmente. O que sabe sobre ele foi o que, depois da crucificação, ouviu a Pedro nas prédicas públicas. O Evangelho de Lucas e os Actos, do mesmo autor, são documentos fundamentais para conhecer a origem e o desenvolvimento da Igreja primitiva. Ora, Lucas não foi apóstolo. Também ele escreveu de ouvir dizer. Compôs os seus textos a partir de passagens que plagia de documentos anteriores e de diversas proveniências. E, por outro lado, do que havia escutado de Paulo, que não só não fora discípulo de Jesus, como até 37 d.C. – um ano depois da crucificação de Jesus – se revelara um perseguidor fanático e tenaz do cristianismo nascente.

Mateus, pelo contrário, foi apóstolo. Porém, uma parte do seu Evangelho foi escrita a partir de documentos anteriores redigidos por um outro Marcos que, esse, não fora apóstolo. Resta João Zebedeu que foi, também ele, apóstolo. Acontece, contudo, que o Evangelho de João e o Apocalipse não são obra sua, mas de um outro João. Foram escritos por um tal João, o Ancião, um grego cristão que se baseou não só em textos hebreus e essênios, como nas recordações que conseguiu obter de João, o Sacerdote, identificado como “o discípulo amado” de Jesus (mas que não é João Zebedeu), um sacerdote judeu muito amigo de Jesus que foi viver para Éfeso e onde veio a morrer em idade muito avançada.

Porém, como mostrámos no seu devido momento, o texto do Evangelho de João, escrito pelo grego João, o Ancião, em princípios do século II, revela um Jesus absolutamente deformado, que fala com uma prepotência descarada, contrariamente à humildade que o caracteriza nos relatos dos três sinópticos".

b)Bart D. Ehrman:

"Embora evidentemente não seja o tipo de coisa que os pastores costumem contar às suas congregações, há mais de um século existe um forte consenso de que muitos dos livros do Novo Testamento não foram escritos pelas pessoas cujos nomes estão ligados a eles.

Por que surgiu a tradição de que esses livros foram escritos por apóstolos e por companheiros dos apóstolos? Em parte de modo a garantir aos leitores que eles foram escritos por testemunhas oculares e companheiros das testemunhas oculares. Uma testemunha ocular merece a confiança de que iria contar a verdade sobre o que realmente aconteceu na vida de Jesus. Mas a realidade é que não é possível confiar em que as testemunhas ofereçam relatos historicamente precisos. Elas nunca mereceram confiança e ainda não merecem. Se testemunhas oculares sempre fizessem relatos historicamente precisos, não teríamos a necessidade de tribunais. Quando precisássemos descobrir o que realmente aconteceu quando um crime foi cometido, bastaria perguntar a alguém. Casos reais demandam muitas testemunhas, porque seus depoimentos diferem entre si. Se duas testemunhas em um tribunal divergissem tanto quanto Mateus e João, imagine como seria difícil chegar a um veredicto.

A verdade é que todos os Evangelhos foram escritos anonimamente, e nenhum dos autores alega ser uma testemunha. Há nomes ligados aos títulos dos Evangelhos (“o Evangelho segundo Mateus”), mas esses títulos são acréscimos posteriores aos próprios livros, conferidos por editores e escribas para informar aos leitores quem os editores achavam que eram as autoridades por trás das diferentes versões. Que os títulos não são originalmente dos Evangelhos é algo que fica claro com uma simples reflexão. Quem escreveu Mateus não o chamou de “Evangelho segundo Mateus”. As pessoas que deram esse título a ele estão dizendo a você quem, na opinião delas, o escreveu. Autores nunca dão a seus livros o título de “segundo fulano".

c)Karen Armstrong:

"Não sabemos quem escreveu os evangelhos. Quando apareceram, eles circularam anonimamente, e só mais tarde foram atribuídos a figuras importantes da Igreja primitiva. (60) Os autores eram cristãos judeus, (61) que escreviam em grego e viviam nas cidades helenísticas do Império Romano. Eram não somente escritores criativos – cada um com suas tendências particulares –, mas também redatores competentes, que editaram materiais anteriores. Marcos escreveu por volta de 70; Mateus e Lucas no final dos anos 80, e João no final dos anos 90. Os quatro evangelhos refletem o terror e a ansiedade desse período traumático".

d)Geza Vermes:

"é óbvio para qualquer leitor imparcial, sem viés religioso, que, se o Quarto Evangelho está certo, seus precursores têm de estar errados, ou viceversa. Os Sinópticos e João não podem estar simultaneamente corretos, pois o primeiro atribui a Jesus uma carreira pública que dura um ano, ao passo que João a estende em dois ou três anos, mencionando duas ou possivelmente três celebrações da Páscoa consecutivas durante o ministério de Jesus na Galileia e na Judeia. Do mesmo modo, se for exata a datação de João da crucificação na véspera da Páscoa, isto é, em 14 Nisan, os Sinópticos, que descrevem a Última Ceia como um jantar de Páscoa e situam os acontecimentos que conduzem à execução em 15 Nisan, têm de estar errados. Ou para hebraizar e adaptar apropriadamente o provérbio inglês à situação da Páscoa judaica, não é possível guardar o pão ázimo e comê-lo.

A mesma opinião majoritária considera a identidade do autor indeterminável. Exceto pelo título: “segundo João”, que é ambíguo – que João? – e que somente mais tarde foi vinculado ao texto, o próprio Evangelho, do Capítulo 1 ao Capítulo 20, não menciona nenhum autor. No Capítulo 21, anexado por alguém que não era o evangelista (cf. Versículo 24), há uma tentativa de identificá-lo com “o discípulo amado de Cristo”, que se supõe tacitamente ser o pescador galileu João, filho de Zebedeu".

e)Tom Harpur:

"O Evangelho de Marcos não faz segredo do fato de que os primeiros discípulos era pescadores iletrados. Às vezes, ele até os apresenta como pessoas meio estúpidas. A ideia de que qualquer um deles tenha ajudado a criar e escrever um novo gênero literário, o Evangelho, não pode ser verdadeira. Nenhum Evangelho foi escrito por uma testemunha ocular. S. Paulo, o mais antigo escritor do Novo Testamento, nunca se encontrou com Jesus histórico – só com o Cristo mítico.

Assim, ninguém sabe com certeza quem criou os Evangelhos, e em que data. É preciso lembrar que eles nunca foram “escritos” como se escreve um livro hoje em dia. São obras altamente “editoradas” que parecem ter sido compiladas a partir de coletâneas mais antigas de ensinamentos e, acredito, de mitos antigos e autos religiosos descritos nas “Religiões de Mistério"

A única conclusão é que não sabemos se esses evangelhos foram realmente escritos pelos autores em epígrafe[ pelos custos, não], por essas a muitas outras razões, alguns críticos(incluindo o Gil Yossuf) consideram os autores míticos, ou seja, sem existência.

Texto da autoria de Gil Yossuf


Bibliografia: 
ARIAS, J. Jesus esse grande desconhecido. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 
HARPUR, T. Transformando água em vinho: uma visão profunda e transformadora sobre os evangelhos. São Paulo: Pensamento, 2010. 
 RODRÍGUEZ, P. Mentiras fundamentais da Igreja Católica, como a Bíblia foi manipulada. Lisboa, Portugal: Terramar, 2007.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Não cries argumentos para deus inventados




Os cristãos e os muçulmanos têm uma riqueza de argumentos especiosos de deus - fazem argumentos para justificar a sua crença no deus de Abraão e eles não percebem por que razão esses argumentos são ridículos. Eis uma maneira de os ajudar a perceber.

Imaginem que eu inventei um deus há 10 anos chamado Treta. 
Será que esta lógica é válida?

P1. Nós não sabemos como os seres humanos vieram a existir
P2. O livro do Treta diz que o Treta os criou

ASSIM SENDO

C1 O deus Treta deve existir

É evidente que esta lógica é estúpida, mas isto é EXACTAMENTE a lógica que os crentes nos oferecem.

Antes de reivindicar que o deus judeu fez qualquer coisa, primeiro é preciso saber se Abraão inventou o deus ou não. A verdade é que NÃO SE SABE, então não se envergonhem ao usar argumentos como este.

PS Muitos estudiosos concluem que o deus abraâmico era um derivado do deus dos cananeus, El. 
Se eles estão certos, então o deus de Abraão foi inventado. Assim como o Treta!


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

A Ciência



A ciência é um conjunto de métodos e estruturas de análise de factos que se auto-corrige, usando o método científico é uma quantidade de filtros e regras que pretendem descartar tudo o que é subjectivo e acessório, para que se consigam criar regras, avaliações e aferições concretas, objectivas e desprovidas de ambiguidade.

A taxa de sucesso da ciência está próxima dos 100%, precisamente porque a própria ciência consegue descobrir e expor os seus erros e até as tentativas de logro. Quando piso no travão do meu carro, não o faço por fé mas sim com uma certeza que me foi garantida pela ciência.

O travão pode falhar?
Sim, pode. Mas até as falhas possíveis para um travão são previstas e explicadas pela ciência. Portanto, confio na ciência porque ela é transparente e apresenta resultados baseados em provas, em observação, em experimentação, etc.

Resultados que eu posso testar e constatar se correspondem às afirmações da ciência. Ah, uma coisa muito importante a ter em conta é que cada cientista que faz uma afirmação, está a colocar-se em cheque. Está a expor-se profissional e pessoalmente.

Por isso mesmo é que as afirmações feitas pela ciência (sejam na pessoa de um cientista, seja por um trabalho resultante de uma pesquisa de uma ou várias equipas) só são feitas após um aturado período de pesquisa, experimentação e tentativa de refutação inter-pares. Por isso, as afirmações da ciência são afirmações seguras e que apenas podem "pecar" por falta de informação suficiente para descrever totalmente aquilo que pretendem explicar. Mas a ciência vai-se afinando, ajustando, adicionando.

Ao contrário da religião, que é estanque é que faz afirmações que NÃO PODEM SER CONFIRMADAS.

Rui Batista

sábado, 23 de dezembro de 2017

Quanto é que os nossos ancestrais sabiam?



O mundo natural é difícil de entender. Demorou milhares de anos para os humanos descobrirem como o investigar. O processo de investigação requer rigor, diligência e verificação constante para evitar os erros. Todas as conclusões são tentativas e nunca deixamos de tentar refiná-las e aprimorá-las.

Agora, depois de quase 1 000 anos, arrancámos já a maior parte da fruta que está pendurada na parte mais baixa da árvore do conhecimento. Novas descobertas estão se tornando cada vez mais difíceis de fazer. Agora, para descobrir algo de novo, provavelmente serão precisas equipas de pessoas brilhantes e de equipamentos que custam milhões ou mesmo milhares de milhões de euros.

Mas podemos confiar no processo de compreensão do mundo natural. Nós fizemos um progresso impressionante que nos atinge a todos, todos os dias das nossas vidas. Nosso mundo foi transformado mais do que uma vez e agora estamos à beira de descobrir como tornar as máquinas inteligentes. Esta descoberta pode revelar-se na mais importante evolucão do que aprender a cultivar, aprender a fazer ferro, aprender a fabricar e usar eletricidade, aprender a fazer máquinas que compram coisas, aprender a representar o mundo digitalmente e como se comunicar à velocidade de luz.

Por mais difícil que seja entender o mundo natural, o mundo sobrenatural é, evidentemente, ainda mais difícil de perceber. Depois de milhares de anos, ainda não podemos ter a certeza de que existe um reino sobrenatural. Não fizemos nenhum progresso. Nós não temos nem uma única proposta sobrenatural de que podemos confiar que seja verdade. O reino sobrenatural é aquele que sobrevive na nossa espécie através de milhares de milhões de crenças variadas e contraditórias, mas sem factos. Nem mesmo um único.

Todas essas coisas são bem conhecidas de todos nós, mas milhares de milhões de pessoas ainda acreditam que os seus antepassados mais ​​distantes, ganharam um conhecimento íntimo do reino sobrenatural através dos seus sonhos e anotaram tudo o que precisamos saber. Milhares de milhões acreditam que esses antepassados, que nem sequer conheciam a forma esférica da Terra, o que são as estrelas ou o que causa os terremotos, entenderam o problema infinitamente mais difícil do sobrenatural.

Sério, o que será mais provável, é que esses ancestrais ganharam o conhecimento do sobrenatural, ou que inventaram isso tudo, assim como eles inventaram o que causa os trovões?


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Os três Reis Magos




O nascimento do Cristo a 25 de Dezembro é simplesmente o solstício de Inverno, dia a partir do qual os dias começam a ser mais longos. A estrela que anuncia o nascimento é Sírius que, na noite de 24 para 25 de Dezembro alinha com as estrelas "As Três Marias". O nome dado a estas estrelas nos países de idioma não-português é o de "Os Três Reis" e era esse o nome pelo qual eram conhecidas na época do Cristo. 

Os três reis magos não são mais que uma referência a essas estrelas, "As Três Marias" (ou precisamente, "Os Três Reis") que são as três estrelas que formam o cinturão da constelação de Órion, o caçador. São as estrelas Mintaka, Alnilan e Alnitaka. No dia 25 de Dezembro, se traçarmos uma linha que passa por essas três estrelas e Sírios, o ponto em que essa linha toca o horizonte, será o ponto onde irá nascer o sol na manhã seguinte. Por isso é que se diz na bíblia que os "três reis seguiram a estrela para localizar o nascimento do salvador"... o Sol.

A aproximação do solstício de inverno é o período em que os dias se tornam cada vez mais pequenos. De facto, o dia precedente ao solstício do inverno simbolizava a morte pois o Sol estava o mais baixo possível no céu. Isso ocorria no dia 22 de Dezembro. Durante três dias (de 22 a 24 de Dezembro), o Sol deixa de descer mais no céu. Nesta altura o Sol encontra-se na vizinhança da constelação do Cruzeiro do Sul (a cruz). No dia 25 de Dezembro, o sol move-se um grau para Norte, elevando-se e iniciando assim o período em que os dias começam de novo a ficar mais longos. 

Portanto, o sol "morreu" na "cruz", esteve "morto" três dias, e voltou a "nascer", elevando-se aos céus. E é por isto que o Cristo e muitos outros deuses (Mithra, Hórus, Attis, Dionísio, etc) partilham estes atributos: nascimento de uma virgem, a 25 de Dezembro e após a morte, ressuscitam após 3 dias.

A referência aos três reis magos não é mais que uma referência astrológica que era de particular importância naquela época.


Texto de Rui Batista

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Qual a estória mais provável de ser verdadeira?



Perante a total e absoluta ausência de provas, qual destas supostas estórias é mais coerente a susceptível de ser aceite como verdadeira?

1.O senhor Manuel, desde cedo demonstrou uma capacidade inata para fazer florescer tudo o que plantava. Amava a natureza e sentia-se feliz quando estava no meio das plantas. Falava com elas como se elas fossem suas amigas desde sempre e elas cresciam, cresciam.

Mais tarde, já adulto, escreveu um livro a explicar como se podiam criar boas colheitas. As suas ideias foram aproveitadas por muitos e muitas famílias sobreviveram a uma morte certa por causa dessas informações.

2.O senhor Manuel nasceu numa clareira meio da floresta numa noite em que uma estrela brilhante atraiu todos os animais, para o adorar.

Amava a natureza como a uma mãe e a natureza amava-o como a um filho. Os animais falavam com ele e ele com os animais. Colocando as mãos sobre as rochas, fazia brotar delas água cristalina. E quem bebesse dessas águas, ficava curado de qualquer maleita.

De sítios deserto, apenas por dizer "Que nasça a vida", fazia florescer as mais belas plantas e aparecer riachos e lagos.

Quando se tornou homem, enviou uma mensagem a todo o mundo, que todos receberam e, simplesmente dizendo o seu nome quando plantavam as suas colheitas, estas multiplicavam-se 100 vezes, nunca mais deixando com fome aqueles que o adoravam.

Ok, qual é que, mesmo sem provas, podíamos considerar como mais plausível?

Só um perfeito idiota ou alguém profundamente desonesto diria que é a estória 2. De facto, podemos classificar o texto dois como sendo claramente uma ESTÓRIA e o texto 1 como uma possível história, pois é PLAUSÍVEL.

Tudo se resume a isto: PLAUSIBILIDADE.

A estória de deus é implausível pois deus (qualquer deus) reúne uma quantidade de atributos antagónicos e inconcebíveis pois exigiriam a violação das leis naturais e da lógica.

Portanto, se continuam a afirmar que a estória que contam acerca de deus é uma realidade (e é, portanto, uma candidata a História), PROVEM QUE CORRESPONDE REALMENTE À VERDADE.

A verdade é aquilo que pode ser verificado, testado.

Se não pode ser verificado, não pode ser afirmado como sendo verdade.

Pode ser uma potencial verdade. Mas se for implausível, provavelmente NÃO É VERDADE.

Os ateus simplesmente NÃO ACREDITAM nessa estória implausível que os crentes teimosamente afirmam que é verdade mas que falham miseravelmente em DEMONSTRAR que realmente é verdade.


Por Rui Batista

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Por que é que deus é demasiado esperto para existir?



Segundo o que é dito e escrito, deus é um tipo muito inteligente e extraordinariamente capaz. Ele pode fazer coisas milagrosas apenas pensando nelas. Ele pode projetar coisas imensamente complexas, como a vida, num batimento cardíaco.

Ele é tão capaz que, se ele quisesse que eu acreditasse nele, eu acreditaria. Absolutamente, sem dúvida alguma. Mas eu não acredito nele, então ele não quer ou não se importa com isso.

Não é só comigo. Existem 1,1 mil milhões de outros descrentes, 1,1 mil milhões de hindus, 500 milhões de budistas e 800 milhões de outros que também não acreditam nele.

Mesmo os 2,4 mil milhões de cristãos e 1,6 mil milhões de muçulmanos que acreditam nele, acreditam em coisas diferentes sobre o que ele é e como ele quer que nos comportemos. Se um deus é tão capaz e desempenhou um papel tão forte na crença de cristãos e muçulmanos, esperavasse que, no mínimo, que eles concordassem nessas coisas tão básicas. Mas não.

Ainda mais revelador é este facto simples: uma proporção significativa de descrentes já foram fiéis. Se um deus tão capaz desempenhou um papel na sua crença, não deveríamos esperar que alguém podesse encontrar razões para subsequentemente abandonar a crença dada por esse deus.

Existe apenas uma conclusão razoável: deus não faz parte da crença humana, nós fazemos todo o trabalho pesado por nossa conta. 
E isso leva a uma segunda conclusão: deus não quer que acreditemos nele, nem se importa se o fazemos ou não. 
Mas essa conclusão não pode estar certa! Se deus tem amor infinito por nós (ou mesmo um afeição suave), ele deveria se importar com a forma como iremos passar a eternidade e deveria estar desesperado para nos salvar da tortura eterna.

Certamente, isso deixa apenas uma conclusão disponível para nós: deus não existe! 
Nós inventamos deuses e nós inventamos religiões, e os passamos de geração em geração.

Agora sim, esta conclusão é coerente, e é totalmente consistente com todos os factos.

Traduzido e adaptado de Bill Flavell

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Da clava à fé: os "heróis da fé" são mesmo heróis? PARTE III




De repente, as respostas para comportamento violentos podem estar nos mitos da fé!

PARTE 3 DE 3

*Por Antônio F. Bispo

Como já disse no início desse texto, se observarmos bem ao longo da história inclusive na própria bíblia, deus tem sido um recurso utilizado como forma de escapismo para que pessoas que querem fugir de suas responsabilidades, como projeção de lucro fácil para pessoas gananciosas ou preguiçosas, e principalmente como arma de defesa ou ataque por pessoas que mal conseguem controlar os próprios instintos animais, mas desejam controlar o nosso país e todo o mundo usando a bandeira da fé. Tais pessoas saem por ai profetizando que seu bairro, sua cidade ou seu país é de Jesus, como uma forma de disfarçada de dizer que querem mandar no pedaço! Pela ganancia, pela vontade de expandir territórios e manter o monopólio sobre pessoas, serviços e produtos, a ideia de deus tem sido usada como ferramenta primordial por milhões de pessoas desde os mais antigos tempo, tendo manchado a história da humanidade com rastro de sangue, destruição e barbáries por onde esse deus tem sido apresentado. A ideia de deus é o produto comercial mais maleável que a mente humana já foi capaz de produzir. Tem sido adaptada para todos os tipos de gostos e bolsos diferentes. O que não pode é deixar um “cliente” insatisfeito! Essa ideia pode ser vendida para quem deseja matar e quem deseja morrer; para quem deseja viver na riqueza ou para os que acham que o único meio de alcançar a deus é vivendo na pobreza; Para os puritanos e para os “levianos”; Para os que fogem da dor e para os que vivem em função dela; Dá para proclamar a paz e a guerra simultaneamente com essa ideia também. Somente os que deixaram de terceirizar suas responsabilidades a seres metafísicos é que não consome mais esse “produto”.

Desse modo, se levarmos em conta o modo comercial como deus tem sido oferecido, podemos concluir que a ideia de deus como tem sido ofertada tem sido um “produto” de alto custo, pouco ou nenhum resultado e que gera mais perdas do que lucratividade. A grande verdade por trás disso é que não dá pra tomar um doce de uma criança sem provocar alvoroço, nem tomar as muletas de um aleijado sem que o mesmo passe a rastejar por algum tempo. Substituir fantasia pela realidade não é tarefa fácil, pois a segunda opção implica em mudanças de atitude, enquanto a primeira resulta em comodismo, basta ter fé e pronto! Não precisa se fazer mais nada.

Será que as pessoas realmente precisam de deus para terem caráter ou serem honestas? Os que dizem ter deus no coração, serem servos dele ou dizem acreditar nele realmente são pessoas do bem? Se uma pessoa diz precisar de deus para fazer o bem, tome cuidado com essa pessoa!

A fé tem servido como cortina de fumaça para todo tipo de pessoas mal intencionadas nos mais diversos segmentos sociais. Diga que acredita em deus, poste versículos bíblicos em alguma rede social e passe a frequentar qualquer grupo religioso cristão e você poderá enganar qualquer um, principalmente se for no meio gospel. Diga não compactuar de tais crenças e querer viver uma vida de modo livre de dogmas e ameaças de castigo e recompensa proferidas por um líder religioso qualquer e você vai sentir a hostilidade à flor da pele pelos que em nome do amor promovem conflitos diários.

Uma pessoa que afirma não acreditar em deus e não se submeter aos seus representantes é uma pessoa má? Uma pessoa que não acredita em deus é um tropeço social, a causa de todos os males e o motivo da ira de deus como afirmam os “loucos de cristo”? Claro que não! Pelo contrário, uma pessoa “com deus” pode fazer mais besteira do que uma pessoa “sem deus”, pois sua programação mental foi feita para ver todos que não são de sua fé como uma ameaça.

Fazemos hoje o uso de extraordinárias tecnologias, graças as pessoas que não passaram partes de suas vidas sentadas em bancos de igrejas, dando dinheiro pra um deus que não precisa de dinheiro nem obedecendo cegamente pessoas mal resolvidas, mal esclarecidas ou mal intencionadas. Se os tais também quisessem ser ovelhinhas de cristo, ou aceitassem ter suas vidas dirigidas por qualquer tipo de pessoa, talvez nem fosse possível você ler esse texto nesse momento pelos recursos atuais, quanto mais usufruir dos avanços no campo da medicina, biologia e demais ciências de modo geral. A igreja sempre perseguia e matava os que buscavam respostas para o mundo fora dos dogmas da fé. Até hoje, em qualquer grupo religioso que afirmar crer no deus de Abraão, se um indivíduo decide buscar respostas para as questões da vida longe dos dogmas da fé, será perseguido e hostilizado. Se tomarmos como base o comportamento dos que inicialmente dizem ter adotado esse deus segundo o que estar escrito na bíblia poderemos entender o quanto isso reflete em nosso cotidiano. Os ícones chamados de heróis da fé e homens “cheios de deus” segundo a bíblia, a maior parte deles eram pessoas desonestas, trapaceiras, sanguinárias, arrogantes, prepotentes e confusas que cometiam as mais diversas atrocidades em nome desse deus ou a mando dele e as sociedades que dizem acreditar nesse deus, tem esse homens como exemplo de vida.

Abraão, Jacó, Moisés, Samuel, Davi, Salomão, Sansão, Gideão, Elizeu, e praticamente todos os reis de Judá e Israel tiveram suas mãos manchadas de sangue inocente, de atos de truculência, ou estavam envolvidos nos mais diversos atos de trapaças, mentiras, homicídios, traições e conflitos desnecessários para se manterem no poder ou favorecer o poder a alguém. Tudo isso em nome de deus ou a mando dele. Esses são tidos por judeus, cristãos e mulçumanos como heróis da fé! Será que isso não interfere no comportamento dos seguidores dessa mesma fé? Claro que sim! É justificável? Claro que não! Somente pesquisadores, cientistas, antropólogos e pessoas neutras conseguem “mergulhar” na bíblia e no mundo dos seguidores do deus de Abraão sem se contaminar com os sintomas da idolatria, iconoclastia, subserviência e medo exacerbado desse deus ou de seus representantes.

Qualquer pessoa que faça um interpretação exata dos fatos bíblicos como realmente eles são será punido severamente pela sociedade (hipócrita) cristã, e de imediato serão chamados de hereges, filhos do demônio, blasfemos e objetos de escárnio público. Todos os seguidores obrigam ou são obrigados a chamar atos de vandalismos, genocídios, estupros, infanticídios e incentivos a escravidão sexual como sendo milagre divino ou vontade de deus.

Hoje em nossa sociedade, quando nos deparamos com notícias de um serial killer ou uma pessoa que abusa de seu poder e autoridade para se aproveitar de outros, sentimos nojo, asco, ou até vontade de fazer justiça com as próprias mãos. Palavras de impropério nos vem de imediato sobre os personagens apresentados. Quando vemos os mesmo relatos na bíblia somos ensinados a dizer que são coisas lindas, milagres de deus e que os personagens eram homens de deus e de forma voluntária e espontânea muito dizem gloria a deus e aleluia! Mesmas atitudes, duas reações e interpretações diferentes!

Para nossa sociedade, uma pessoa tem de ler a história do genocídio e devastação causado no Egito e dizer que só o senhor é deus! Você tem de ouvir os profetas dizerem que deus vai entregar os filhos do “seu povo” para serem mortos e escravizados pelos “inimigos” só por que adoraram outro ídolo e dizer que ele é um deus de amor. Você tem de ler história de invasão de propriedade particular seguida de latrocínio e dizer que era deus entregando a terra prometida a seus filhos! Não sei se dá pra fazer mais feio do que isso! Plac, Plac,Plac! Se houvesse uma cultura mais avançada nos observando hoje, talvez tivessem pena de nós, ou poderiam nos dar diplomas de retardados por manter tais crenças por tanto tempo sem questionamentos.

Todos quantos já se libertaram de tais amarras e já não conseguem ver tais histórias do ponto de vista que foram ensinados a ver já podem respirar mais aliviados e dormir tranquilo quanto ao senso de justiça ensinado pelos que veneram os ícones modelo. Como esperar que uma sociedade que cria seus filhos chamando ícones da truculência de heróis da fé, tenham comportamento diferente desses heróis, de modo que também não venham se justificar usando o mesmo deus como subterfúgios de seus atos? “Se Davi que era homem de deus pecou, quanto mais eu” ... Já ouvi dezenas de pessoas dizerem isso ao serem descobertas em ato de adultério nas igrejas, inclusive “ungidos do senhor” utilizando-se da premissa do mesmo fato registrado no “livro sagrado”. Toda nação tem um herói, um mito ou algo tido como um marco para orientar pessoas. Quando não se tem, inventam-se um, modificando histórias de pessoas reais ou criando personagens em quadrinhos para tentar passar ideias de valores sociais para os mais jovens. Quem sabe, os personagens da DC ou da Marvel tivessem mais a ensinar aos nossos jovens do que alguns tidos como heróis da fé pelos seguidores do deus de Abraão.

Tanta gente cheia de deus, expirando deus, espirrando deus, arrotando deus, falando de deus, ofertando deus, empurrando deus de goela abaixo nos outros, e mesmo assim nessa sociedade (hipócrita), quando alguém comete algo de ruim, semelhante aos que os “heróis da fé” cometeram logo dizem: “é a falta de deus no coração” ... Quem sabe só estejam reproduzindo os atos de seus personagens favoritos.

Do mesmo modo que uma criança pequena amarra uma toalha no pescoço e pula de cima da mesa depois de assistir super man, uma pessoa que admira um personagem bíblico, pode muito bem repetir todos os seus atos após ler o texto e encarnar o personagem. Seguindo esses exemplos, um esposo “fiel” cristão acaba de sair da missa ou da igreja e numa saidinha rápida passa na esquina e dar uns “pega” na amante que já havia marcado horário. Ela, a esposa por sua vez, em uma rápida entrada no banheiro, já enviou nudes para vários parceiros de aventura virtual de uma única vez. Depois ambos irão cobrar respeito um do outro, e tentar impor aos outros um estilo de “santidade” que não vivem, pois inconscientemente estão reproduzindo os mesmos atos dos “heróis da fé”. Vida que segue, vamos falar de jesus e de suas maravilhas que tudo se resolve...

Me parece que nesses casos, deus tem sido utilizado como um produto comestível, que depois de saboreado, passa algumas horas no organismo e depois é eliminado pelo próprio corpo. Ou seja, as pessoas se apegam a ideia do sagrado e se dizem “crentes” ou “cristãs”, na maioria das vezes o são apenas por alguns minutos do dia durantes os rituais litúrgicos. Acabou-se o ritual, acabou-se o “temor”, acabou-se a virtude, e o reservatório de deus foi esgotado. Outros, nem na hora do ritual litúrgico conseguem ser fiel a nada, pois enquanto estão sentados ou de olhos fechados rezando, os pensamentos não param, tramando as coisas mais bizarras, desumanas ou imorais que alguém possa cometer.

Por trás de uma pessoa mentirosa, trapaceira, que rouba no peso, nas medidas ou nos acordos feitos com o intuito de levar vantagens sobre outras, possivelmente ali haverá a influência dos que se baseiam no “deus de Jacó”. Em igrejas que tem a teologia da prosperidade como regra de vida isso é dito de modo aberto e descarado. Chegam a ensinar aos fiéis que não importam o que eles façam, mas eles tem de estarem por cima e não por baixo, de serem cabeças e não cauda, por que tem de comer o melhor dessa terra por serem filhos do deus de Abraão. Com uma citação dessas, basta só utilizar a criatividade... A ideia de ser supervisionado por um ser invisível tanto serve para indiretamente dizer que “se ele estava vendo tudo e permitiu que eu fizesse então a culpa não é minha, eu entreguei o controle de minha vida a ele, se aconteceu foi por que ele quis”, como também serve para dizer: “ não mexa comigo não! Tem um cara que me protege mesmo eu estando errado por que eu assumi publicamente que confiou nele”!

É preciso muito mais que a ideia de um ser imaginário para resolver os problemas reais. Em certos casos, se faz necessário o desapego a ideias como essas para que cada um assuma responsabilidade pelos seus atos. O homem primitivo como pessoa deixou de existir, quando outros do seu grupo percebeu que o uso da lógica e observação dos fatos eram mais valiosas do que o uso da força por meio de uma clava para intimidar. Muita gente ainda não entendeu esse recado, e ainda usam a clava da fé para “caçar”, intimidar, e demarcar território.

Os que se utilizam de deus como esse tipo de clava se tornarão obsoletos e ultrapassados dentro de pouco tempo, lutando apenas entre si como homens primitivos, disputando 10% da renda constante das pessoas de suas “tribos”. Irão tentar destruir o “fogo”, a “roda”, e a “eletricidade” para que a evolução nunca chegue a eles, e antes que percebam serão tragados pela evolução. As trevas duram apenas enquanto a noite durar....

Saúde e sanidade a todos!

Texto escrito em 20/11/17 por Antônio F. Bispo, graduando em jornalismo, Bacharel em Teologia, estudante de religiões e filosofia.