sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Lamento, mas nunca existiu nenhum Jesus Cristo!




NÃO!

De forma alguma, nós os irreligiosos, os ateus, os agnósticos, não estamos insanos ou mesmo sós em nossa descrença. Vários filósofos, historiadores, arqueólogos, cientistas, escritores, como, Richard Dawkins, Alan Turing, Sam Harris, Emilio Bossi, Bertrand Russel, Aldos Huxley, José Saramago, Alfredo Bernacchi, Einstein, Carl Sagan, Edmond Halley, Alfred Russel Wallace, Charles Darwin, Albert Camus, F. Nietzsche, Stephen Hawkins e tantos e tantos outros mais homens intelectuais, humanistas e livres pensadores, sabem bem que deuses não existiram nunca, a não ser na mitologia clássica da antiguidade e muito menos que um homem, ou a figura de um homem como a de Jesus Cristo, personalidade construída e personagem inventada, tenha sequer existido e muito menos se fez ou era um deus incarnado, em um ser humano e muito menos ainda, na vulgar Bíblia, Antigo e Novo Testamento e seus Evangelhos, abusivamente àquela anexados, como sendo "livros Sagrados".

Estes homens acima mencionados, nunca acreditaram no deus dos cristãos ou em qualquer outro, talvez com excepção para Einstein que chegou a ser panteísta. Ele se afirmava do deus de Spinoza, do "todo" , que com suas leis e sabedoria, havia criado, o universo, o cosmos, sendo que esse "todo" não era uma pessoa, um ser, ou uma entidade, mas sim a natureza, "o todo, a universalidade dos seres", nas próprias palavras de Baruch Spinoza.

A verdade histórica é bem outra. Cerca de 100 anos antes da data apontada do falso aparecer do dito Jesus Cristo, os Essénios, seita político-religiosa que lutava contra a presença dos Romanos na Palestina, já eles praticavam muitos dos rituais dos cristãos, como a eucaristia e falavam igualmente de um salvador de Israel, na senda da cultura Hebraica, ao qual davam o nome de Crestus, ser imaginário, um Messias que segundo o que escreveu Suetónio, escritor romano, em "Vidas dos doze Césares" era quem teria incitado os judeus a praticarem distúrbios na cidade de Roma, praticando atos de terror contra o poder Romano, na capital do império, durante o período de governação do imperador Cláudio, nos anos 41 a 54 da nossa era, ou seja, depois da pseudo morte do pseudo ser, Jesus Cristo.

Os Essénios, valorizavam a humildade e a vida asceta e acética e a caridade, falando por hábito em parábolas. Praticavam a cerimónia do vinho e do pão, como se fossem o sangue e o corpo do seu esperado Messias, o Crestus, um ser sobrenatural, o deus de sua crença. Simplesmente os Romanos, como sempre o faziam, assimilaram mais este deus aos seus deuses e à sua cultura, tal como o já tinham feito, com a cultura de outros povos, nomeadamente, com os Gregos e os Persas aos quais deuses, depois lhes deram outros nomes, tal como o fizeram com o deus dos Persas, Mitra, que o tornaram o deus dos seus exércitos.

O cristianismo, surgiu assim, organicamente do Judaísmo-Helénico, baseando-se em paralelos do dito Jesus e dos deuses gregos e egípcios entre outros, especialmente daqueles que possuem mitos sobre a morte e a ressurreição. Os romanos apenas tomavam para si, esses mitos, esses deuses estrangeiros e depois lhe davam vida própria, destruindo, tudo e todos que pudessem, se contrapor a esta "verdade". No ano 70 da era cristã, os romanos invadiram Jerusalém e destruíram todos os documentos dos Essénios para que não fossem comparados ao mito do agora Jesus Cristo da igreja romana, com o Crestus dos Essénios e não pudessem mais sequer questionar, o dogma de Jesus.

Jesus só passou a ser visto como sendo o filho de deus, no Concílio de Niceia, em 325 da nossa era, quando esse título foi proposto e aprovado por votação nessa reunião. O imperador romano, Constantino, transformou Jesus em uma divindade, que existia além do alcance do mundo humano, uma entidade cujo poder era incontestável, para expandir o poder romano e o seu próprio poder pessoal. Constantino mandou fazer uma espécie de Biblia nova, que seriam posteriormente chamados de "Palavra do Salvador Deus Romano" que omitia os evangelhos que falavam do aspecto humano, do recém inventado Cristo, como um homem, como um mero profeta mortal. Esses evangelhos, anteriores aos que hoje conhecemos, foram considerados heréticos. Estes foram reunidos e quase todos destruídos. Alguns deles, mais tarde, foram encontrados e o Vaticano, mantendo a tradição de enganar os fieis, tentou fazer crer que os Manuscritos do Mar Morto fossem declarados e anunciados ao público, como sendo estes agora reencontrados, esses livros declarados em tempos atrás, os tais livros heréticos. A existência de um ser humano ou divino como nos apresentam os cristãos, mentindo sobre esse tal de Jesus, é tão certa e possível, quanto o é a existência de Ulisses, Dom Quixote, Mitra, Horús, Dionísio, Zaratrustra ou Aton, ou outro qualquer personagem mitológico da literatura universal e a possibilidade de ele ser um suposto deus, é a mesma de outra qualquer pessoa do planeta ser um deus, ou seja, nenhuma.

A dita existência de o tal de Jesus, não é de modo algum comprovada, nem sequer minimamente do ponto de vista da história e da arqueologia. Não existe o túmulo, aquele que nos querem fazer crer ser o túmulo de tal anacrónico ser, foi construído e lá enterrada a pessoa, no ano 325 da nossa era, por a treta da Sta Helena, mãe de Constantino. Não há Sudário algum, o que nos foi dito que era o seu Sudário, depois de analisado e feito o teste do carbono 14, foi considerado uma fraude, pois não corresponde à data do seu pretenso enterro, mas sim ,pertencente ao século XIII.

Das três ou quatro referências históricas que são muito imprecisas em textos antigos, as de Flávio Josefo, Suetónio e Tacito, existem cópias feitas alguns séculos depois da data da suposta crucificação. Ora, quando um monge anónimo, recopia, as Antiguidades, do historiador judeu, Flávio Josefo, quando esse monge, tem diante de si e dos seus olhos um original dos Anais de Tácito e de A Vida dos Doze Césares de Suetónio e se surpreende com a ausência no texto de uma menção à farsa da história de Jesus, acrescenta uma breve passagem de sua autoria no texto, sem constrangimentos, obcecado pelo respeito à integridade do texto e ao direito do autor.

De recordar que a divulgação da personagem falsa, a deste pretenso deus, a de Jesus, ela é divulgada, não na Palestina ou na antiga Israel, mas sim que isso ocorreu, sobretudo, em lugares como Roma, Grécia, Bizâncio e outras regiões da Europa e nunca no Médio Oriente.

Extratos e adaptação de alguns textos do livro de Michel Onfray "Tratado de Ateologia, Histórias de falsários"

Por Vitor Emanuel

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