Imagine o seguinte: A NASA descobre o planeta LV-1 do mesmo tamanho da Terra que está a cerca de 40 anos luz de nós, orbitando em torno de uma estrela anã e fria, dum tipo de astro conhecido como "anões vermelhos".
Aí então se reúne o “Conselho Mundial de Astronomia Política” para decidir o que é que será dito a imprensa e ensinado nas escolas sobre o tal planeta.
O presidente da entidade, um defensor da globalização, propõe que se declare que o povo do novo planeta não se divide em países, mas tem um único sistema de governo. É imediatamente contestado pelas bancadas nacionalistas que afirmam que com certeza os habitantes de LV-1 se dividem em muitas nações que preservam com tenacidade a sua identidade.
A bancada capitalista resolutamente propõe que o povo de LV-1 segue as leis de mercado, enquanto a bancada socialista se opõe e declara que o povo de LV-1 há muito já estabeleceu um governo proletário.
A bancada católica propõe que o povo de LV-1 acredita em Jesus Cristo e para isso tem um chefe religioso supremo enquanto a bancada evangélica afirma que eles têm sua própria Bíblia e a seguem sem consultar nenhum líder metido a besta.
As bancadas islâmicas e hindus imediatamente protestam que essas conclusões são “ocidentalistas” e que desprezam outros sistemas de crenças.
A bancada brasileira se dispõe a votar com a maioria se receber um valor adequado.
Depois de várias manobras e conchavos, chega-se a uma solução de compromisso e define-se que o povo de LV-1 se divide em grandes blocos de nações e seguem um sistema social democrata. Também se define que seguem uma religião humanista e aberta ao diálogo.
Um solitário professor de biologia lembra de que até o momento não há nenhuma evidência científica de que haja vida inteligente em LV-1, mas é imediatamente retirado do recinto sob vaias e apupos.
E assim é proclamada a verdade científica sobre o povo de LV-1 com a edição de um longo relatório para a imprensa e um resumo a ser incluído obrigatoriamente nos currículos de ciências das escolas de todo o mundo.
Texto de Lauro Augusto Monteclaro César Júnior
Texto de Lauro Augusto Monteclaro César Júnior
Olha, só os ufólogos ficariam supondo que haveria vida nesse planeta sem antes ter indícios do mesmo. E duvido que a maioria dos políticos sejam ufólogos reprimidos ou coisa do tipo.
ResponderEliminarO melhor é pertencer a categoria dos céticos, vez que nossa razão sabe apenas quase nada de quase nada do Universo
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