A evolução não começa do zero para cada nova criatura, ela funciona quando se altera ligeiramente, ou se adiciona genes numa criatura existente. A nova criatura normalmente mantém os genes da criatura existente, mas pode "desligar" alguns deles para que eles não se "expressem".
Se toda a vida começou a partir de um antepassado comum, podes esperar que os seres humanos compartilhem genes, não apenas com os nossos primos mais próximos como os chimpanzés, mas com outros antepassados distantes como os peixes, fungos e até bactérias. E assim compartilhamos.
Como alguns dos nossos antepassados têm caudas, será que ainda temos os genes para fazer uma cauda? Sim nós temos! Na verdade, há um estágio no nosso desenvolvimento, entre as quatro e as sete semanas de gestação, em que a cauda é claramente visível. Às oito semanas, um programa genético que evoluiu muito mais tarde, chuta-a fora. A cauda é reabsorvida e desaparece, deixando apenas uma amostra reveladora conhecida como o cóccix.
Muito, mesmo muito raramente, o programa genético mais recente não a consegue eliminar corretamente e deixa a cauda intacta de modo que o bebé nasce com uma verdadeira cauda. Para um exemplo disto, veja Alashari M, Torakawa J. Dermatologia Pediátrica 1995 Sep; 12 (3): 263-6.
Então, quando ouves falar sobre estes casos, não foi Deus que fez alguma brincadeira horrível sobre o bebé, nem foi o Satanás ou as bruxas que causaram estragos, é apenas a natureza agindo.
Infelizmente, a natureza nem sempre age da melhor maneira.
Traduzido e adaptado de Bill Flavell
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