domingo, 20 de maio de 2018

O que a História nos diz sobre a ressurreição



A ressurreição de Jesus é um dos pilares do cristianismo. 
Se ela não aconteceu, o cristianismo é uma mentira. 
Se a ressurreição é inconcebível, então o cristianismo é inconcebível.

O famoso historiador e estudioso do Novo Testamento, Bart D. Ehrman, explica como a evidência histórica é avaliada tal como a confiabilidade das evidências para a ressurreição de Jesus. Se não tiveres tempo para assistir ao vídeo de 13 minutos, aqui está meu resumo de seus argumentos.

1. O que é uma boa evidência histórica?

a) Contemporânea (escrito no momento do evento por testemunhas oculares)
b) Muitas fontes independentes
c) Consistente entre as fontes
d) Fontes imparciais

2. Quais são as fontes para a ressurreição?

As únicas fontes são encontradas na Bíblia e são os evangelhos sinóticos: Mateus, Marcos Lucas e João.

3. Os Evangelhos são boas evidências?

a) Nenhum dos Evangelhos é contemporâneo, nem mesmo próximo. O mais antigo (Marcos) foi escrito 35-40 anos após o evento. O mais recente (João) foi escrito 60-65 anos depois. Nenhum dos autores foram testemunhas oculares. Todos os Evangelhos são anónimos, pois os nomes foram adicionados muito depois de terem sido escritos. 

b) Existem apenas duas fontes realmente a ter em conta: Marcos e João. Mateus e Lucas são semelhantes a Marcos no vocabulário, gramática e estrutura. Além disso, proporções significativas de Mateus e Lucas são palavra-por-palavra idênticas a Marcos. Consequentemente, os estudiosos acreditam que Mateus e Lucas foram copiados de Marcos e embelezados. 

c) Os Evangelhos contêm dezenas de inconsistências (até mesmo os evangelhos copiados mostram muitas inconsistências). 

d) Os cristãos estavam empenhados em converter as pessoas à sua nova religião. Histórias de milagres teriam sido influentes (especialmente no século I, quando as pessoas aceitavam mais prontamente tais histórias do que hoje), portanto é provável que histórias de milagres tenham sido usadas para converter pessoas ao cristianismo. Em outras palavras, os contadores de histórias eram tendenciosos.

4. O maior problema de todos

Os historiadores tentam estabelecer o que mais provavelmente aconteceu no passado. Milagres são, por definição, o evento MENOS provável. O evento menos provável nunca pode ser o evento mais provável.

Se Jesus foi ressuscitado dos mortos, teria sido um milagre, que é o evento menos provável. E a única evidência que temos são os relatos evangélicos, que fracassam em todas as provas de boas evidências históricas.

5. Conclusão

Não se pode mostrar que a ressurreição tenha acontecido usando evidências históricas. Só pode ser acreditado na fé.

"Se você acredita na ressurreição, é por razões teológicas... não é e não pode ser baseado em provas históricas." --Bart Ehrman

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Traduzido e adaptado de Bill Flavell

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