Se o homem é salvo pela morte de um cristo, por que tantos apetrechos para que a salvação se concretize?
Se jesus é o caminho, a igreja é o pedágio!
O que se faz necessário para que uma pessoa possa ser salva? Quais os critérios para a salvação do homem? A igreja promove a salvação ou a oferta de salvação é quem faz sobreviver a igreja nos moldes em que foi montada? Segundo a bíblia, se esse tipo de salvação fosse possível, os cristãos estariam inseridos nela ou seriam afetados negativamente pela mesma? Por que e para quem a salvação bíblica por meio de um messias foi prometida? Vejamos o que a crença cristã diz a respeito contrapondo com a lógica dos fatos.
Céus, paraíso, anjos, pecado, condenação, nascimento virginal, ressurreição, expiação de pecados por meio de um sacrifício... De onde vem tudo isso? A salvação cristã é uma ideia original ou é plágio de vários mitos religiosos de culturas diferentes? Com qual propósito tudo isso foi inventado? Pelo qual proposito tudo isso se mantém? Por que tantas contradições e pontos de vistas auto anulatórios sobre um mesmo ponto de vista? Se realmente a salvação é um benefício final que o homem possa alcançar, por que deus deixa que ela seja comercializada por pessoas que se portam em certos casos como contrabandistas e mercenários? Por que não abrir um “balcão” de negócios e ofertar ele mesmo esse produto tão cobiçado sem passar pela mão de cambistas e exploradores? Um produto tão sério sendo comercializado por tanta gente de conduta duvidosa...ai tem coisa!
Então, o que realmente precisamos fazer para irmos aos céus morar com o deus? Aceitar jesus como salvador? Crer que a bíblia é sagrada e divinamente inspirada? Se afiliar a uma igreja? Dar o dízimo regularmente para manutenção da “casa de deus”? Ser capacho de líder religioso? Se borrar de medo cada vez que um “ungido” usar de sua “autoridade” ministerial para te coagir a fazer o que não queres? Ofertar diariamente nas igrejas cada vez que passam com aquela varinha com uma bolsa de pano? Participar de todo tipo de campanhas e “desafios” na igreja, todas essas envolvendo grandes somas de dinheiro para que algum propósito seja feito em sua vida ou na “obra do senhor”? Comprar todo tipo de bugiganga, coisas fúteis e lixo ungido?
Qual dessas dez opções você acha que é necessária para conduzir alguém as mansões celestiais apresentadas por aqueles que vivem exatamente de fazer promessas fantásticas e incoerentes com a própria crença ou com o próprio livro que dizem ser sagrado? Do ponto de vista cristão, para a maioria das igrejas todos concordam ainda que de modo indireto, que todas essas exigências sejam necessárias pra que deus deixe você morar para sempre no paraíso celestial feito para pessoas boazinhas e obedientes.
Entre todas essas exigências que fazem parte do “pacote da salvação”, ser capacho de líder religioso é a que tem peso maior para que você possa ser aceito por deus nas mansões celestiais. Numa escala de 1 a 10, ela tem peso de número 9. Todas as demais citações juntas somadas tem apenas peso 1. Alguns dos líderes religiosos chegam a dizer abertamente que por serem “ungidos do senhor”, tem autoridade total sobre a vida dos fiéis e inclusive sobre a vontade do próprio deus, pois podem mandar ele tirar do livro da vida o nome de algum “rebelde”, ou seja, de qualquer pessoa que ainda procure manter sua lucidez dentro da “casa de deus”.
Para justificar tais argumentos, usam a passagem de Êxodo 32:32 em que numa ocasião Moisés pediu para que deus riscasse o próprio nome do livro da vida. Se o ungido tem o poder de mandar riscar o próprio nome desse livro onde consta a relação dos convidados ao paraíso, imagine se não pode mandar apagar o nome de outros...A maioria dos que frequentam ou já frequentaram igrejas de linha pentecostal por exemplo, já devem ter ouvido mais de um zilhão de vezes essa expressão vociferada por alguém vestido um terno, por detrás de uma tribuna, cheio de ódio ou más intenções, mas que se achava superior ao próprio deus ao usar tais palavras.
Fora todo esse tipo de exigência, ainda existem outras coisas que são acrescidos a essas que acabam fazendo com que o crente deixe de subir no dia do arrebatamento. Eis as principais causas, que segundo muitos líderes evangélicos, muitos crentes não irão subir naquele “grande dia”: cortar o cabelo, se depilar, usar roupas curtas, usar maquiagem ou qualquer adorno para beleza exterior(mulheres). Ser bonito ou atraente, usar ou desenhar a barba, praticar esportes (homens). Beber qualquer bebida alcoólica, refringente ou café (depende da igreja). Não comer carne de porco, sangue de animais, ou qualquer comida que tenha sido feita em ritual pagão (ou por um pagão). Não guardas os dias santos e feriados instituídos pela igreja, desconsiderar qualquer tradição cristã, por mais sem sentido e sem propósito que essa pareça ser, se masturbar, ver programas televisivos, participar de cultos de outras religiões, participar de cultos da mesma fé mas com placa de outra igreja, transar de luz acesa, ver o corpo nu do conjugue durante o sexo, ter um união estável não oficializada por um cartório ainda que seja verdadeira e respeitável. Estudar sobre a origem e evolução do homem, bem como a origem da própria crença também estão entre as principais causas quem podem te fazer ficar no dia do arrebatamento.
Viu que lista extensa? Ai pra justificar eles dizem: “o sangue de jesus é quem nos limpa de todo o pecado”! Ou então: “é pela graça e pela fé que somos salvos”. Mas esse sangue, essa graça e essa fé só alcançam quem se insere nos parágrafos 3 e 7 desse texto, entende? Um sangue, uma graça e uma fé que pagam tudo, mas ao mesmo tempo não paga nada. Lembrando que a obediência cega as lideranças eclesiástica continua sendo a principal motivo para que alguém possa ser salvo, tanto é que todas as igrejas, quase que de modo unânime afirmam e alto e bom som: “FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO”! Tanto é que se alguém aceitar a jesus e não se afiliar a uma igreja também não vale nada. Tem de pagar pedágio mensal e ser objeto de uso para uma hierarquia inteira de “ungidos”.
Então, vamos deixar a pergunta mais intrigante e concisa: é a graça, a fé, o sangue de jesus, a obediência cega aos “ungidos”, a igreja ou uma lista enorme de podes e não podes que conduzirá o homem aos céus?
Para não ficarmos rodando em círculos, vamos tentar entender essa questão segundo o ponto de vista de quem a princípio escreveu esse “livro sagrado”, por que escreveu e para quem escreveu. Vamos fazer um resumo dos trechos mais importante, encurtando a história bíblica como se fosse um flash dos principais acontecimentos. Vamos lá:
“Era uma vez um deus perfeito, que não faz nada imperfeito, que após uma rebelião nos céus organizada pelo seu principal assistente de elevado poder, estava entediado e resolveu criar seres inferiores para se comunicar ou subjugar. Apesar de sua perfeição, deixou brechas propositais no seu paraíso fantástico recém criado para que sua criação perfeita viesse a ser seduzida pelo anjo rebelde, cair e ser punida com duras penas. A dor, sofrimento e morte eram as principais. Ele fez o homem, quem sabe para compensar a frustação que sofrera com o seu assistente que o traiu, quem sabe em parceria com esse mesmo anjo para que ambos pudessem ter algo realmente interessante para fazer e compensar o tédio que havia nos céus, onde somente seres fantásticos e perfeitos ficavam dia e noite cantando sua gloria e dizendo o quanto ele é lindo sem parar, eternamente (esse tédio causa revolta mesmo, aff!).
Logo após a criação e a “queda” do homem, toda terra se encheu de maldade, e deus teve a brilhante ideia de acabar com toda sua criação, matando todos os seres viventes, incluindo animais e plantas que nada tinham a ver com esse pecado além de milhões (ou bilhões) de seres humanos que já povoavam o planeta, deixando apenas 8 pessoas num barco à deriva largados a própria sorte para recomeçar o povoamento do globo outra vez. Entre milhões ou bilhões de pessoas, naquela ocasião ele “salvou” apenas 8 deles, pelo seu infinito amor, bondade e misericórdia (aleluia!).
Depois desse deus perfeito que só faz coisas perfeitas destruir a humanidade imperfeita, traçou um outro plano perfeito para promover mais uma vez a salvação para a humanidade dessa vez por meio da linhagem de seu servo Abraão até chegar a um messias prometido. Vale lembrar que ao longo de toda a história bíblica, o modo como esse “povo escolhido” pregava a salvação e o reino de deus aqui na terra era usando o terror e o ódio aos povos vizinhos.
Guerras desnecessárias, matanças, incêndios, invasões de propriedade, destruição ou posse ilegal do patrimônio alheio, estupros de vulneráveis, recepção, captura e comercio de escravos e mistificação de objetos. Era desse modo que eles “evangelizavam” os povos vizinhos. Era desse modo e por meio dessa santa linhagem que os planos perfeitos de deus estavam sendo estabelecidos aqui na terra para prover outra vez salvação para o homem imperfeito criado por um deus perfeito.
Há centenas de “belíssimas” historias bíblicas, protagonizadas pelos “heróis da fé” em que comprovam que o terror era o método mais adotado pelo “povo de deus” no passado para “converter” o homem a deus. De modo semelhante o “reino de deus” tem sido pregado pelos cristãos ao longo de dois mil anos até os dias atuais. Ameaças de inferno e maldiçoes precedem qualquer mensagem de boas novas a todos quanto o deus cristão é oferecido.
Para finalizar essa linda história de amor e compaixão pela frágil e confusa raça humana, deus engravidou a uma virgem por meio de uma pomba, gerando a ele mesmo, para que ele mesmo fosse morto numa cruz, derramar seu próprio sangue num madeiro para que toda humanidade fosse salva, para depois permitir que líderes religiosos do ocidente se apossassem dessa ideia, anulando seu sacrifício e vendendo a salvação somente a quem eles querem, persuadindo deus a mandar para o inferno bilhões de pessoas em todo o mundo que um dia não tenha “aceitado a jesus”. Fim da história”!
História linda não é? Todos já ouviram essa história, só que de modo aumentado e detalhado. Fiz apenas um apanhado rápido para que fosse possível entender os perfeitos planos de deus para a salvação do homem segundo a visão cristã.
Toda essa fantasia só se é possível manter por causa de dois fatores importantes: as pessoas desconhecem a própria bíblia que dizem ser o livro de conduta de suas vidas e desconhecem a própria história secular. Se conhecessem esses dois fatores o cristianismo quem sabe jamais teria surgido ou teria sido extintos nos primórdios do seu nascimento, do mesmo modo em que praticamente foram extintos quase que por completo nos primeiros locais a serem considerados cristãos a princípio sendo substituído por outro tipo de crença.
Os cristãos desconhecem ou preferem ignorar o fato que se realmente há um messias na bíblia, ele foi prometido aos judeus e não aos cristãos e que se realmente ele sentasse em um trono para julgar, os cristãos seriam os primeiros a serem julgados pela pluralidade de deuses que veneram ainda que de forma disfarçado, além de preservarem sem saber no cristianismo quase todos os ritos das religiões consideradas como pagas na época pelo “povo de deus”.
Outro fato que não conhecem também, é que se há um messias, jesus, o messias venerado pelos cristãos, não se enquadra nesse perfil, ou seja, jesus não é o messias prometido se quisermos levar em conta o que a própria bíblia diz ao seu respeito. Ele foi apenas um revolucionário comum, odiado pelo seu próprio povo caso realmente tenha existido. Nem sua linhagem nem o seu “nascimento virginal” conferem com aquilo que fora dito a respeito do salvador de israel.
Além de tudo isso, se fecham ao fato de que se tudo isso for verdade e a bíblia inteira estiver certa, não há bondade, nem justiça e nem amor algum nesse deus, apenas ódio e irracionalidade. Nenhum dos seus atributos surreais seriam válidos e toda a humanidade correria sérios riscos nas mãos deles, considerando que ele afogou milhões de pessoas no passado e por 40 anos judiou no deserto o povo que ele próprio prometera salvar. Matou quase todos no deserto e os fez girar em círculos por 40 anos, sem falar que por motivo não entendidos, ele sempre toma partido em um dos lados e sem motivos específicos afirmar amar totalmente a um e aborrecer a outra pessoal. O pior de tudo é ficar neutro as barbaridades que fazem em seu nome sem se incomodar.
Se a salvação do homem depender do estado de seu humor e do seu senso de justiça, estamos todos perdidos! Os povos que criaram a bíblia não esperam a salvação como os cristão esperam, nem estão contando com um paraíso fantástico cheios de seres eternamente cantantes. Aguardam uma salvação terrena, onde irão poder subjugar todas as nações do mundo enquanto dirigem o globo com seu gerente oficial o todo poderoso messias.
Perceberam que todos os que são “cria” desse deus de Abraão conservam esse tipo de pensamento egoísta onde muitos tem de se ferrar para outro ser abençoado? Cada um se apossa dessa vaga ideia de deus para usar como arma de ataque e defesa, ou para se encherem dos piores sentimentos que alguém possa nutrir, que são o ódio, o orgulho, a soberba, a ganancia a inveja e a falta de compaixão.
A ideia da salvação cristã com toda sua incoerência só subsiste por que ela é lucrativa! A propaganda mais duradoura e que rende mais lucro para os cofres de qualquer igreja que se diga cristã á a propaganda da volta de jesus! Nenhum publicitário conseguiu lucrar tanto por um período tão prologando com tão pouco investimento quanto os que vendem a salvação estão lucrando! Sem ela e as ameaças que a acompanham, não haveria igreja, tradições e nenhum rito em volta dessa figura chamada jesus. Se houve um jesus que falou realmente algo proveitoso para o homem pouco importa. Importa ameaçar os incautos para encher igrejas e aumentar os lucros. Esse modelo de cristianismos subsiste pela coação psicológica, e não exatamente por que as pessoas amam a deus.
Do mesmo modo que uma criancinha faz “caquinha” e procura ocultar ou terceirar a culpa, a humanidade tem feito “caquinha” constantemente e tem procurado se esquivar de suas reponsabilidade criando deuses, demônios e qualquer tipo de ser real ou mitológico que possa levar suas culpas
A salvação que mais precisamos mesmo é a salvação da ignorância. Precisamos sermos salvos de nós mesmos! Precisamos salvar uns ao outros. Precisamos amadurecer o suficiente para assumirmos reponsabilidade pelo nosso sucesso ou fracasso e bem como entender o efeito de nossas ações ou da falta dela.
Pela criação e manutenção dos deuses e de suas recompensas e castigos temos nos levantado uns contra os outros para guerras, mortes e improdutividade. Se existe um céu e seres fantásticos morando lá, a humanidade seria superior a eles se um dia resolvesse abandonar crenças que nos tornam seres infantis, mimados e irresponsável.
A salvação que mais nos importa no momento é recobrarmos nossa sanidade. Depois dessa conquista entenderemos a realidade como ela é poderemos dar um passo além como individuo, como povo e como espécie. Salve-se dos que com ameaças e castigos tentam te subjugar a todo custo. Você troca apenas de senhor mas não deixa de ser escravo quando a força que te move é o retinir dos chicotes. Comece a ser salvo aqui e agora.
O pior pecado que cometemos é o deixar que pessoas confusas ou mal intencionadas conduzam o destino de nossas curta vidas aqui na terra. Essa é a maior de todas as condenações que podemos imputar a nós mesmo!
Saúde e sanidade a todos!
Antônio Ferreira Bispo é graduando em jornalismo, Bacharel em Teologia, estudante de religiões e filosofia.
Antônio Ferreira Bispo é graduando em jornalismo, Bacharel em Teologia, estudante de religiões e filosofia.
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