sexta-feira, 25 de maio de 2018

Eles estão a brincar com quem?




Pergunta a um crente por que ele acredita no seu deus e há uma boa chance de ele começar a explicar que o universo não pode se auto criar, então tem que haver um criador.

DISPARATE!! 
Isso é terrivelmente desonesto. Vamos imaginar como um crente poderia orar, se fosse verdade.

"Olá, criador. Eu não sei se tu podes me ouvir, ou se tu queres me ouvir, mas eu estou a estender a mão para ti. Talvez saibas que eu existo, ou talvez não. Ou, talvez, nem queiras saber. Poderás ser capaz de te comunicares comigo, ou talvez não, ou, então, talvez não queiras. Eu não sei.

Eu não sei se tu és homem ou mulher, ou ambos, ou nenhum dos dois. Não sei se és grande, pequeno, subatômico, ou se pareces com um polvo. Não sei se és um criador solitário, ou se és membro de uma equipa de dezenas ou milhões de criadores de conteúdo.

Eu não sei se tu és sábio ou estúpido, amoroso ou odioso, gentil ou perverso, ou talvez não sejas nenhuma dessas coisas. Ou talvez essas idéias sejam completamente incompreensíveis para ti.

Eu não sei se te importas com a minha forma de viver, ou com o que eu visto, ou como eu cortei o cabelo, ou o que eu deveria fazer com o meu prepúcio. E se te importas, eu não sei como gostarias que eu fizesse as coisas.

Eu não sei se tu estás vivo ou morto, ou se mudaste para outros universos e perdeste o interesse em nós. Eu não sei de onde vieste, ou se sempre exististe. Talvez nunca tenhas existido. Talvez não tenhas sido mais que uma falha no tempo quântico, que fez todo o inferno se perder.

A verdade é que eu não sei nada sobre ti. Mas eu gostaria de saber. Gostaria, honestamente. E é por isso que estou a rezar para ti, hoje. "

Mas não é assim que os crentes oram. Eles oram a deuses específicos, com profetas específicos e escrituras sagradas específicas, com regras e rituais específicos.

Eles não rezam para algum ser / força / entidade / processo que possa ter criado o universo. Essa é apenas a desculpa que eles dão para salvar alguma dignidade, quando nenhuma é merecida.



Traduzido a adaptado de Bill Flavell

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