terça-feira, 7 de novembro de 2017

Deus e a transferência da dúvida




Quem somos? De onde viemos? Como surgiu o universo? Qual é a causa de tudo existir?

Essas perguntas parecem não ter jamais uma resposta satisfatória. Cada resposta parece dar origem a uma nova pergunta.

E todas as respostas parecem implicar em novas contradições e problemas lógicos. De onde veio tudo? Do Big Bang. E de onde veio o Big Bang? De um universo paralelo. E de onde veio esse universo paralelo? Isto não tem fim.

Os religiosos logo respondem com a palavra Deus. Mas o que é Deus? De onde vem Deus? Quem criou Deus? Estas são perguntas perfeitamente legítimas, mas não é assim que os religiosos vêem essas questões.

Acreditam que ao colocar Deus na questão, estão transferindo todas as dúvidas e paradoxos para algo a que se pode atribuir todo tipo de disparate lógico sem nenhum problema. É como se Deus “absorvesse” todas as questões irrespondíveis e as trocasse por uma certeza simples e ingênua.

Em resumo: Deus se transforma numa forma gloriosa e elegante de dizer “Não sei, não tenho a menor ideia” de modo a parecer que somos inteligentes e sábios. 

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