Jesus, se ele alguma vez viveu, foi um revolucionário. Ele pregava o amor e o perdão, a redistribuição da riqueza e o mesmo respeito por todos, independentemente do gênero ou da sua posição social. E ele fez isso num momento em que tais ideias pareceram profundamente ultrajantes e chocantes.
Mas sua mensagem inspiradora veio com algumas condições. E havia duas condições monstruosas. Primeiro, tinha-se que acreditar no deus maldoso e genocida e em segundo lugar, tinha-se que acreditar que se estaria sujeito a um julgamento quando se morrer e, se não se passar nesse julgamento, acabar-se-ia sendo torturado para sempre.
Talvez, naquela época, essas condições fossem necessárias. Criar um novo deus (ou dizer que não existe um deus) é repleto de perigos. Então, é sempre mais fácil modificar o que existe do que inventar algo novo de raíz. Sem dúvida que é por isso que Maomé e Joseph Smith seguiram esta mesma fórmula já testada e provada centenas e milhares de anos depois.
A ideia duma vida após a morte, das mais variadas formas, já existia por ali há milénios pelo tempo que se diz que Jesus pregou. Tornou-se uma crença profundamente enraizada. Jesus refinou-a e transformou-a eficazmente numa "cana com uma cenoura pendurada num anzol" para estimular as pessoas supersticiosas da época a seguir a sua nova religião.
Ou seja, foram essas as condições e não a mensagem central, que mais impacto teve no mundo. O legado real de Jesus, não é sua mensagem de amor e comunhão, mas a mensagem do Deus judaico odioso, ciumento e vingativo.
Desde as cruzadas, passando pelas inquisições, pela queima de bruxas e até terroristas suicidas, satisfazer Deus e ganhar um lugar no céu, provaram ser mensagens mais atraentes do que amar os nossos vizinhos.
É uma grande pena que, se Jesus fosse real, isto não era o que ele esperaria.
Traduzido e adaptade de Bill Flavell
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