domingo, 21 de janeiro de 2018

Teologia




As várias "...logias" são áreas de estudo com objectos de estudo específicos e bem definidos.

Por exemplo, a neurologia estudo o sistema nervoso. O sistema nervoso é algo real, palpável. Sabemos que existe e podemos estudá-lo, testá-lo, executar experiências com ele, tirar conclusões baseadas em observação, etc.

A antropologia estudo a Homem ou da Humanidade. O modo como evoluiu no passado, como evolui no presente, como interage, etc. O objeto de estudo da antropologia é o Homem, e matéria de estudo não falta. Matéria real, palpável, testável, etc.

A zoologia estuda os animais. Mais uma vez, material de estudo não falta. Material real, palpável, testável, etc.

E a TEOLOGIA? Estuda o quê?
Se disserem que estuda as religiões e o modo como o homem cria ou reage perante o conceito religioso, não é mais que filosofia, sociologia, antropologia e até mesmo neurologia, dependo de qual a vertente que se estuda. Portanto, se formos por esse lado, a teologia não vale por si só como uma área de estudo por direito próprio porque não passa de uma vertente de outras áreas. Então a teologia estuda o quê? Deus?
Mas, deus é real? Palpável? É testável?
Se não o é, então a teologia não tem um objecto de estudo concreto. Apenas é um conceito concreto, mas sem existência real comprovável.
Se deus só pode ser "provado" filosoficamente ou não passa de um conceito, entramos no ramo da filosofia pura ou até mesmo na neurologia (por se tratar de um caso comparável à esquizofrenia).

Sempre que alguém me vem falar de teologia, não deixo a pessoa continuar até que me explique muito bem qual o seu objecto e área de estudo. Normalmente a conversa não avança mais porque começam a patinar.

Portanto, ter um curso de teologia é o equivalente a ter um mestrado em fadas ou um doutoramento em unicórnios.


Texto de Rui Batista.

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