quarta-feira, 29 de março de 2017

Deixa-me argumentar com deus!



Eu tenho discutido há anos com os crentes e já me sinto cansado disso. Tudo o que recebo não é mais que a triste repetição de argumentos falaciosos que já foram completamente refutados há décadas, ou mesmo, há séculos atrás. Por que é que os argumentos maus são tão persuasivos para os crentes, eu não sei, mas parece que o são. Eu não aprendo nada com esses maus argumentos e eles não irão melhorar se continuares a repeti-los.

Então, decidi que não vou mais discutir com os humanos. No entanto, se tu estás convencido de que tens uma relação privilegiada com Deus, pergunta-lhe como me podes convencer. Obtém os teus argumentos dessa autoridade mais elevada. E depois compartilha esses argumentos e as provas de Deus comigo. Deixa-me discutir com Deus.

Se Deus é real, tu voltarás com argumentos engenhosos e subtis, que não serão falaciosos tal como me deixarão sem resposta. E assim vou aprender algo de incrível, tal como centenas de outros aprenderão.

Mas, se tu voltares com os mesmos  e velhos argumentos chatos e falaciosos como todos os outros, eu ainda vou aprender algo: eu vou aprender que tu NÃO FALAS com Deus, tu apenas falas contigo mesmo.



Traduzido e adaptado de Bill Flavell




terça-feira, 28 de março de 2017

O magnífico "ex-ateu"



É curioso como tantas figuras mediáticas que trabalham com religião e picaretagem, tentam emplacar em si mesmos o pomposo título nobiliárquico de “ex-ateu”.

Em 99% dos casos o “ateísmo” referido se deu durante um breve período da juventude do sujeito em que ele alega ter se afastado da igreja, passado a beber, fumar, usar algumas drogas e frequentar mulheres “da vida”.

Para eles, isso é “ateísmo”.

Mas por que o título parece ser tão importante? Talvez pela absoluta RARIDADE desse suposto fenómeno.

Existem milhões de pessoas que se intitulam ex-católicos, ex-evangélicos, ex-espíritas, ex-umbandistas e assim por diante. Também é impressionante o número de ex-padres, ex-pastores, ex-rabinos, ex-frades, ex-missionários e até ex-bispos.

Então isso não impressiona nem um pouco. Por que será que é tão natural alguém deixar de lado suas crenças religiosas enquanto deixar de ser “ateu” parece tornar alguém uma celebridade?





segunda-feira, 27 de março de 2017

Teologia vs Ciência



A teologia estuda essencialmente questões simples: - se Deus existe e qual é a sua natureza? 
Apesar disso e vários milhares de anos de intenso esforço, a teologia não chegou a nenhum consenso sobre qualquer destas simples questões. Não houve progressos alguns.

Por que são estas perguntas assim simples? Porque se Deus existisse, seriam absurdamente óbvias. Se Deus está em todo o lado, podia-se comunicar com cada ser humano e fazer mudanças pontuais tanto na seta do tempo ou nas leis da natureza, milhões ou milhares de milhões de vezes por dia em resposta aos nossos pedidos de ajuda. As evidência para sua existência seriam omnipresentes! A noção de desconhecer Deus seria tão absurda quanto desconhecer a gravidade. Deus seria parte da natureza do nosso mundo.

A ciência estuda as questões mais difíceis conhecidas pelo homem, como a natureza da matéria ou as origens do universo. A ciência investiga coisas muito pequenas de se verem ou mesmo grandes demais para se compreender. A ciência pode investigar eventos que ocorreram muito antes de quaisquer seres humanos terem existido ou mesmo antes de qualquer vida ter existido. Apesar desses enormes desafios, em menos de 500 anos a ciência transformou a nossa compreensão em relação a milhares de perguntas profundas que mantiveram nossos antepassados ​​na ignorância por centenas de milhares de anos.

A teologia permitiu que a ignorância se dissimulasse como conhecimento. A ciência foi a chave que destrancou o universo.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell


domingo, 26 de março de 2017

As pessoas são melhores do que os deuses



As pessoas amam as suas religiões e os seus deuses por muitas razões como a continuidade da cultura, para se consolarem em tempos de stress, ou para esperar que as suas curtas vidas não possam terminar abruptamente. Felizmente, a grande maioria das pessoas não pensa muito sobre o que podem fazer pelo seu deus, elas apenas pensam sobre o que seu deus pode fazer por eles. Se fosse ao contrário, a religião podia já ter acabado com a raça humana.

Pensa como seria a vida se quase todo o judeu ou cristão, te matariam por trabalhares no Sabbath? Ou se quase todo o mundo achasse aceitável capturar, manter e trocar escravos? Ou se quase toda a gente exigisse que tu fosses morto como um herege se aceitasses uma descoberta científica que contradissesse os ensinamentos das suas escrituras sagradas?

Imagina por um momento, como seria o mundo se quase todos os muçulmanos tomassem seriamente a responsabilidade de matar os infiéis (ou mesmo de rebaixá-los e taxá-los)? Isso faria com que a maioria dos muçulmanos se comportasse como o ISIS e não como as pessoas que vivem hoje na tua rua.

Felizmente, apenas uma pequena minoria toma os ensinamentos da sua religião literalmente, e menos ainda dedicam as suas vidas a se comportarem como a sua religião espera que eles se comportem. Para a maioria, é uma questão de compromisso, é manter a filiação com a sua religião enquanto se mantém com a ciência, as mudanças sociais e melhorando a nossa moralidade. Podemos ser verdadeiramente gratos por isso.

Podemos ser gratos por a maioria das pessoas não serem servos de Deus, mas sim donos dum Deus que subtilmente o mudam a cada geração para atender às suas próprias necessidades. Podemos ser agradecidos por as pessoas serem melhores do que os seus deuses. 

A alternativa seria impensavelmente horrível.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell





sexta-feira, 24 de março de 2017

Como alguém pode tomar o cristianismo a sério?



Isto baralha-me a mente. O cristianismo depende de dois corpos de escrituras: o Antigo Testamento e o Novo.

Olha para o Velho Testamento e tu descobres que Deus aparentemente ordena que meninas virgens violentadas casem com seus violadores (estupradores). E Deus exige que as crianças rebeldes, os gays e as noivas que não sangram na noite de núpcias, sejam apedrejadas até a morte.

Vais para o Novo Testamento e encontrarás Deus prometendo que os crentes podem beber veneno sem serem prejudicados, e que podem curar pessoas doentes apenas colocando suas mãos sobre eles. Ele diz que tudo o que pedires orando, será feito para ti e também nos diz que pessoas mortas há muito tempo, saíram das suas sepulturas e andaram pela cidade...

Realmente, como é que os homens e mulheres adultos podem levar isso a sério? Como alguém pode ler estas idiotices assim e dizer: "Sim, sou! Sou um cristão!"?

Por que razão não é estranhamente embaraçoso admitir uma coisa assim? Por favor, diga-nos.



Traduzido e adaptado de Bill Flavell



quinta-feira, 23 de março de 2017

Xeque-mate ao cristianismo



As primeiras pessoas a adotar Yahweh como seu deus, foram as 12 tribos de Israel por volta de 1000 AEC, ou ainda antes. Aparentemente, Yahweh falou aos profetas que estavam entre os homens dessas tribos e os inspirou a escrever sobre como ele criou o universo, a terra e toda a vida no planeta. Eles também escreveram sobre como foram guiados e ajudados por Yahweh, tal como documentaram as leis que dizem terem vindo do próprio 
Yahweh. Estas histórias podem ser encontradas no Tanakh e são o base da religião judaica.

Cerca de 1000 anos mais tarde, um Messias, agora conhecido como Jesus, é dito ter nascido. Ele foi enviado por Yahweh e uma segunda religião cresceu em torno dele: o cristianismo. Os cristãos se referiram às velhas histórias como o Velho Testamento e escreveram novas histórias sobre Jesus que chamaram de Novo Testamento. Juntos, esses testamentos formam a chamada Bíblia.

Portanto, temos um deus e duas religiões. Vamos pensar sobre isso. Se os israelitas inventaram suas histórias sobre Deus, ambas as religiões devem ser compostas. Mas, suponhamos agora: os israelitas registaram mais ou menos fielmente o que aprenderam de Deus, e se assim for, o judaísmo é a verdadeira religião adorando um deus real.

E o cristianismo? Se o judaísmo é verdadeiro, o cristianismo também pode ser verdadeiro? Eu acho que não.

Central à teologia cristã é a ideia do pecado original. Essa é a razão pela qual Jesus foi enviado a nós. Se não houve pecado original, não há papel para Jesus. No entanto, o judaísmo rejeita a noção do pecado original.

Igualmente importante para o cristianismo é a ideia da salvação através de Jesus. Somente aceitando Jesus como seu Senhor e salvador, pode o pecado ser perdoado para que tu possas entrar no céu. 
O judaísmo não aceita isso. O judaísmo diz que expiação pelo pecado é alcançada buscando o perdão de Deus através da oração e do arrependimento. De fato, o judaísmo reserva um dia de cada ano para o arrependimento, conhecido como Yom Kipur.

Para cumprir a sua missão de perdoar o pecado, o cristianismo diz que Jesus é divino e é uma parte dum Deus triúno (Deus, Jesus e o Espírito Santo). Mas o judaísmo não aceita que Jesus era divino nem que Deus tem uma natureza trina.

Existem muitas outras diferenças entre o judaísmo e o cristianismo, mas essas três diferenças teológicas fundamentais, por si só, são suficientes para concluirmos que se o judaísmo é verdadeiro, o cristianismo não pode ser.

Este é então o dilema para os cristãos: se o judaísmo foi forjado, o cristianismo não pode ser verdadeiro, mas, se o judaísmo é verdadeiro, o cristianismo também não pode ser verdadeiro. 

Então como é que fica o cristianismo? Leia a frase acima novamente. Leve o tempo que precisar.

Eu diria que isto é um xeque-mate ao cristianismo, ou não é?



Traduzido e adaptado de Bill Flavell






quarta-feira, 22 de março de 2017

E se tu estiveres errado?



O argumento do "e-se-tu-estiveres-errado" ainda é regularmente lançado pelos teístas. Todos nós já ouvimos que eles insistem em dizer que não custa nada acreditar e, se acreditares e estiveres certo, estás a ganhar benefícios eternos. Mas se tu não acreditares, apenas tens a hipótese da tortura eterna. Valerá a pena o risco?

Quando ouço este argumento, pergunto quantas maneiras é possível estar errado? Se tu és um protestante, podes estar errado porque não és católico. Se és um luterano, podes estar errado porque não és um batista. Se tu és um cristão, podes estar errado porque não és muçulmano.

Se tu acreditas no Deus de Abraão, podes estar errado porque não acreditas em Odin ou em qualquer um dos vários milhares de outros deuses que podem ter preparado uma vida eterna após a morte, o que será desagradável para ti.

Com milhares de deuses, dezenas de milhares de religiões, crenças e denominações, as probabilidades de alguém estar, certo são de algumas centenas de milhares para um. Assim, as probabilidades dum crente de chegar ao céu, são quase nada melhores que as minhas.

Mas há outra questão aqui. A questão da honestidade. Os teístas frequentemente apresentam esse argumento como a verdadeira razão pela qual eles acreditam. Então pergunta-lhes se eles vão parar de acreditar no seu deus agora, se eles perceberem que essa razão para acreditar, afinal é uma razão errada. Se eles não vão parar de acreditar, não só são pessoas logicamente falhadas, eles são desonestas também.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell




terça-feira, 21 de março de 2017

Os ateus serão mais evoluídos?



Aos sete anos de idade, meu neto chegou em casa vindo da escola e disse ao pai: "Papai, eu não acredito em Deus, e tu?"

Isso fez-me pensar como é que ele tinha chegado a essa conclusão! Meu filho e a minha nora não discutem religião ou ateísmo em casa com seus filhos. Nem sequer é um assunto que eu já tenha discutido com eles. No entanto, as escolas inglesas ensinam estudos religiosos, fazem a adoração diária e muitos dos amigos da escola do meu neto são religiosos, então ele teve muitas oportunidades de aprender sobre religião.

É possível que haja um gene ou genes que tornem as pessoas cépticas. Eu rejeitei a religião com a idade de 13, e estou impressionado com o meu neto já o ter conseguido seis anos mais cedo do que eu.

Eu era (e ainda sou) céptico sobre tudo, não apenas sobre a religião, mas a religião com suas histórias fantásticas, mágicas e a completa falta de evidências, foram o fruto suspenso para minha mente jovem e céptica. Eu acho que cerca de 20% dos ateus que conheço, começaram a descrer numa idade precoce, mesmo eles sendo criados em lares muito religiosos.

Certas profissões parecem ter uma maior proporção de descrentes do que a média. Por exemplo: músicos e programadores de computador parecem ser mais cépticos do que outros grupos ocupacionais. Pode ser que os atributos mentais que se encontram nessas profissões interessantes, são os mesmos atributos que tornam as pessoas mais cépticas. Cada país, não importa quão densamente religioso seja e quão completo o doutrinamento tenha sido feito, tem sempre uma proporção de pessoas que simplesmente não vão na conversa. Os genes poderiam ser o motor subjacente a essas observações.

Claro, isso não é mais do que especulação, mas, talvez um dia, os genes responsáveis ​​por um maior cepticismo sejam encontrados. Sem dúvida, isso criará uma nova disputa com os nossos amigos religiosos. Serão aqueles que tem o gene do cepticismo, mais evoluídos, do que aqueles que não têm esse gene? ;)


Traduzido e adaptado de Bill Flavell



segunda-feira, 20 de março de 2017

Como fundamentamos a moralidade?



Recentemente, um teísta perguntou-me como fundamentamos a moralidade. Ele perguntou assim: 

"Qual é o padrão moral que é aparentemente absoluto e universal?" 
Os teístas propõem Deus como a âncora, o fundamento, a base. Mas se tu discordas, qual é o teu fundamento da moralidade objetiva?

Aqui está a minha resposta.

Concordo que existe um sentido em que a moralidade seja absoluta, mas nenhum ser hipotético sobrenatural é necessário para que isso seja verdade. Pense na moralidade como algo que temos de descobrir, da mesma forma que a velocidade da luz é absoluta, mas não o sabíamos que o era até que o descobríssemos. Ou como na informática, onde a segurança não existe, o que existe é o objetivo de a conseguir, o que leva a que haja a criação de novos processos ou o aperfeiçoamento de processos existentes, para a tentar atingir.

A moralidade faz referência ao efeito do nosso comportamento sobre outros seres humanos (ou a outros seres sencientes). As ações que prejudicam os outros são ditas imorais e as que beneficiam outras pessoas (ou não as prejudicam) são ditas morais ou moralmente neutras.

Existem algumas ações que são claramente e objetivamente imorais. Por exemplo, prender uma pessoa qualquer e cortar sua cabeça é objetivamente imoral. Mas há muitas coisas que não são assim tão claras. Por exemplo: será moral lutar numa guerra para salvar as pessoas dum genocídio ou será moral adicionar flúor à água potável? 
Existem centenas de exemplos de dilemas morais como estes.

Há também o problema das consequências não desejadas. Alguns comportamentos podem ser destinados a ter consequências benéficas, mas acabam por fazer mais mal do que bem.

Na realidade, é difícil encontrar uma resposta objetiva a muitas questões morais porque não temos dados suficientes, ou o poder de computação suficiente. É por isso que a moralidade é algo que temos de aprender. Como uma espécie que somos, temos evoluído muito bem ao longo dos últimos 3.000 anos. Aprendemos muito e, em linhas gerais, nossas leis, convenções e comportamentos melhoraram muito neste período, embora com algumas excepções.

Curiosamente, as religiões têm uma tendência a nos reter alegando que as leis morais objetivas vêm de um deus da Idade do Ferro e, portanto, não podem ser mudadas, deixando-nos presos a uma moralidade que há muito superámos. O Islão é o melhor exemplo disso. O Cristianismo também foi assim durante a maior parte de sua existência, mas tornou-se mais flexível nos últimos 200 anos.

Uma vez que a moralidade é algo que tem de ser aprendida, é crucial que a aprendamos e que mudemos. E já mudámos, mas ainda temos espaço para melhorar. A religião apenas ficou pelo caminho.

Precisamos da razão e da ciência para progredir, não da superstição.



Traduzido e adaptado de Bill Flavell




domingo, 19 de março de 2017

O ateu realmente inteligente segue as seguintes recomendações



1 – Dada qualquer afirmação de um crente, pesquise o assunto, porque você logo vai encontrar dúzias de outros crentes para contradizê-lo. Não é preciso perder tempo bolando refutações. Os crentes sempre refutam uns aos outros.

2 – Estude teologia. Não há melhor forma de entender a impossibilidade lógica e racional da existência de Deus do que a ciência que o estuda desde sempre. A teologia fornece sempre os melhores argumentos para o ateísmo.

3 – Conheça a Bíblia e tenha algumas noções básicas de como usar citações dela umas contra as outras. É sempre muito fácil achar uma citação para refutar outra. Os próprios crentes fazem isso há milénios.

4 – Estude as heresias. Em geral as heresias são pequenos surtos de racionalidade dentro do universo insano das religiões. Os argumentos dos heréticos são sempre muito bons para confundir e desorganizar o pensamento dos crentes.

5 – Evite confrontar as religiões com argumentos científicos ou tecnológicos. Lembre-se de que os crentes renunciam a racionalidade e assim sempre podem afirmar que sua fé é “racional” independentemente de qualquer evidência em contrário.

6 – Entenda a mente dos crentes. Em geral o crente mantém sua fé sob um certo grau de sigilo e prefere discutir assuntos periféricos à religião. Ele prefere discutir a física quântica do que a questão da predestinação ou sobre o Big Bang ao invés das incoerências da Trindade. Evite isso. Discuta sempre questões de fé.


sábado, 18 de março de 2017

Respeitar as crenças dos outros??



"Você come carne de vaca? Se não come, conhece pessoas que comem e acha isso relativamente normal. Inclusive, frequenta ambientes onde as pessoas comem carne de vaca enquanto você está presente. Então, só que para alguns hindus a vaca é um animal sagrado, representação de Deus na Terra. E agora? Você assassinou o Deus deles e ainda o comeu. Isso pode? Ué, mas a gente não tinha que respeitar a fé das pessoas? A vaca faz parte da fé de alguém.

Tem gente que não come presunto por causa da religião. Tem gente que não pode escrever o nome do seu deus no papel. Tem gente que acredita que, ao fumar maconha, você estará em contato com um ser superior. Tem gente que acha que é certo apedrejar mulheres adúlteras. Tem gente que acha que não pode usar camisinha.

Tem gente que acha que não pode transar a não ser para a procriação. Tem gente que acha que uma vez por semana você não pode trabalhar. Tem gente que acha que não pode fazer transfusão de sangue. Tem gente que acha que não pode cortar o cabelo. Tem gente que acha bom deixar um prato com farofa e frango numa encruzilhada. Tem gente que mata galinha. Tem gente que sacrifica bode. Tem gente que antes de dormir fala com Deus. Tem gente que recebe o demônio no corpo. Tem gente que fala com os mortos. Tem gente que diz que gays não podem existir. Tem gente que acende vela.

Tem gente que escreve livros ditados por pessoas já falecidas. Tem gente que usa amarelo para atrair dinheiro. Tem gente que sonha com alguma coisa e acredita ser uma premonição. Tem gente que tem várias mulheres, mas não deixa as mulheres terem vários homens. Tem gente que explode gente em nome de Deus.

Tem gente que queima pessoas na fogueira por serem bruxas. Tem gente que usa quipá. Tem gente que faz voto de silêncio. De castidade. De pobreza. Tem gente que não pode mostrar nenhuma parte do corpo em público. Tem gente que faz rituais macabros. Tem gente que acredita ser a reencarnação de Deus. Tem gente que acredita que um livro escrito há quase dois mil anos pode guiar sua vida hoje.

Tem gente que muda os móveis da sala para atrair boas energias. Tem gente que não passa embaixo de escada. Tem gente que não utiliza eletroeletrônicos. Tem gente que acredita que os aliens estão entre nós. Tem gente que adora imagens. Tem gente que proíbe as imagens. Tem gente que vende lugar no céu. E tem gente que não acredita em nada disso e que não acha que exista nada sagrado. E que tudo isso é uma grande bobagem, que só faz mal à humanidade. E que, inclusive, tudo o que é considerado sagrado pelos outros é, na verdade, ofensivo pra ela. E agora? Por que os hindus idolatram a vaca eu tenho que parar de comer picanha? Por que os muçulmanos acreditam que não se pode desenhar Maomé eu tenho que parar de desenhar Maomé? Por que os católicos acham errado transar a não ser que eu seja casado eu tenho que parar de transar?

E o dia que um maluco acreditar que beber água é pecado? Aí, a gente faz o quê? Tolerância religiosa é uma coisa, cada um acredita no que bem entender. Mas a sua crença não pode interferir na minha vida. Eu não posso ser tolhido das minhas ações porque você acredita numa fábula que você chama de religião."


Texto de Fábio Porchat



sexta-feira, 17 de março de 2017

Fé e Razão, obediência e liberdade



É comum vermos um discurso que opõe “fé e razão” com se fossem dois tipos distintos de abordagem de uma questão. É como se fossem dois “processos” para apreendermos a realidade.

Só que não é bem assim. A fé é sempre fé em alguém, em outra pessoa. Razão é sempre algo que concluímos por nós mesmos. Quando creio, creio em alguém. Quando raciocino faço isso por mim mesmo.

A fé é uma mera entrega da nossa mente à mente de outras pessoas. A razão é sempre uma atividade de nós mesmos para nós mesmos. Não é possível pensar sobre nossa fé e não é possível pensar com a mente de outra pessoa.

Entre fé e razão existe a mesma relação que há entre obedecermos e sermos livres. A fé sempre implica em obediência enquanto que a razão só pode ser exercida em liberdade.


quinta-feira, 16 de março de 2017

O que é deus?



Um deus é uma entidade imaginária e, portanto, inexistente.
É caracterizado como tendo super-poderes e característica que o fazem totalmente impossível.
É definido como estando em toda a parte, mas é invisível.
É definido como sendo interventivo, mas é indetectável.
É definido como sendo grandioso, mas é imensurável.
É definido como podendo criar coisas materiais mas é intangível.
Precisamente por ser invisível, indetectável, imensurável e intangível, tem TODAS as características de algo que não existe.

Outras características de um deus são as de ter uma quantidade abismal de pessoas que acreditam na sua existência sendo que, estatisticamente, a esmagadora maioria de pessoas que compõem o seu clube de crentes apresenta um QI muito baixo.
A característica principal de um deus é a impossibilidade de se provar que existe, precisamente porque não existe.
Há deuses que têm irmãos e há deuses com filhos.
Há deuses bons e maus. E há uns que são ambas as coisas.
Os deuses quase todos são muito semelhantes às pessoas que acreditam neles e habitam todas a mesma região.

Por exemplo, os deuses indianos são parecidos com os indianos e têm nomes indianos. Os deuses nórdicos são parecidos com os nórdicos e têm nomes nórdicos. Os deuses do médio oriente são parecidos com os habitantes do médio oriente e têm nomes comuns no médio oriente e etc...

A característica mais comum de cada deus é que cada um tem um grupo de fãs que diz que ele é o único e verdadeiro, apesar de existirem cerca de 2870 deuses e todos eles terem o mesmo tipo de características e não existirem provas da existência de nenhum deles.

Todavia, o clube de crentes encarrega-se de apresentar uma vasta lista de desculpas para tentarem justificar o facto de não conseguirem provar a existência de algo que realmente não existe.
E, resumidamente, é isto um deus.

Texto de Rui Batista

quarta-feira, 15 de março de 2017

Já (quase) todos fomos idiotas



Às vezes ateus são rudes ao falar com crentes. Isso é errado e desnecessário, e eu não o condeno. No entanto, eu entendo essa atitude. Os argumentos que os crentes usam para justificar suas crenças são tipicamente tão pobres que o menor pensamento revela suas falhas.

Mas os crentes concentram-se unilateralmente na defesa das suas crenças e não na rejeição de argumentos mais que fracassados. É por isso que eles têm falhas fatais. E é isso que leva os ateus à distração, e ao ponto de declarar o crente um idiota.

Eu suspeito que a verdadeira razão de os ateus descerem tão baixo, é porque eles também já foram crentes. Eles já foram teístas e defenderam esses mesmos péssimos argumentos. Mas uma vez que deixaram de defender esses argumentos e começaram a desafiá-los, tudo se encaixou no devido lugar e logo perceberam como é simples perceber o absurdo da crença.

Aposto que, em algum momento, quase todos os novos ateus também eram chamados de idiotas por não verem o óbvio. Portanto, não há necessidade de chamar os crentes de idiotas porque, eventualmente, quando verem a luz, eles farão isso a si mesmos.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell




Ateus e crentes: um debate desigual



Um fato muito importante a considerar em debates sobre a existência de Deus e crenças religiosas é a tremenda desigualdade em relação ao que de fato está em jogo para os ateus e para os religiosos.

A crença em Deus é uma projeção que o crente faz de SI MESMO. De certa forma, para o crente, Deus é ELE PRÓPRIO e não algo abstrato que existiria de forma transcendental como definido na teologia.

Isso significa que para um religioso desistir da sua crença é desistir de uma parte significativa DE SI MESMO. Para ele, a crença em Deus implica na associação com uma série de experiências emocionais importantes.

Para um ateu a questão de Deus é puramente racional e abstrata. O ateu não tem uma “experiência de ateísmo” que procure preservar a todo custo. O ateísmo não lhe custa realmente muito esforço, uma vez que o atingiu.

Dessa forma, um debate entre ateus e crentes é muito desigual. Os ateus apenas estão falando de hipóteses racionais e de abstrações. Os crentes estão falando de algo é parte de suas próprias existências. É preciso ter certo cuidado com isso.



segunda-feira, 13 de março de 2017

Pensando o impensável



Se tu és muçulmano, há uma boa chance de que, seja qual for a incerteza que tu vês no mundo, o teu Deus não seja uma delas. É muito provável que tu digas que sabes que Deus existe e que o teu Deus é o único Deus, é provável que tu estejas CERTO que Maomé foi o último profeta escolhido por Deus e o Islão é a única religião perfeita.

Provavelmente tu estás tão certo sobre essas coisas que é IMPENSÁVEL questioná-las. Mas se essas coisas são verdadeiras, por que é que questioná-las é impensável? Se essas coisas forem verdadeiras, pensar nelas apenas deve confirmar a tua confiança nelas. E, se elas não são verdadeiras, tu só podes descobrir isso se pensares sobre elas.

Então, como é que tu pensas sobre o "impensável"?

Podes começar perguntando a ti mesmo como é que sabes que as tuas crenças são verdadeiras. Tu podes eliminar algumas razões muito facilmente. 

Tuas crenças são verdadeiras porque mais de mil milhões de pessoas as compartilham. Se o número de crentes fosse um teste válido, o cristianismo seria verdadeiro. E antes disso o paganismo romano teria sido verdadeiro ...

As tuas crenças são verdadeiras porque as pessoas que tu amas e respeitas te disseram que são verdadeiras. Se este fosse um teste válido, o hinduísmo também seria verdadeiro. Na verdade, todas as religiões seriam verdadeiras.

Tu podes ser convencido por alguém que te disse que o Corão é perfeito e a perfeição só pode vir de Deus. Mas será que é realmente perfeito?

Para descobrir tu terás que o ler. E terás que o ler, não com a intenção de provar que ele é perfeito, mas com a intenção de descobrir SE é perfeito. Se tu não podes abordar a tarefa com essa atitude, então não a faças porque estarás apenas desperdiçando o teu tempo.

Ele contém versículos que mostram uma compreensão precisa do universo ou apenas se assemelha à compreensão que uma pessoa do séc VII poderia ter do Universo? Para ser perfeito, NÃO pode haver erros, nada que tenhas que vir a explicar. Tudo isso deve ser claro, inequívoco e correto.

Ou tu podes pensar em outras razões que mostram que Deus é real. Mais de 30 argumentos para a existência de Deus foram-nos oferecidos ao longo dos séculos e todos eles foram mostrados como inválidos. 

Se tu te atreves a pensar o impensável, com o que é que ficas? Tu ficarás com as crenças que te foram ditas como verdadeiras quando eras uma criança e que foram reforçadas quando cresceste porque elas eram profundamente acreditadas por quase todas as pessoas importantes que tu conheceste.

Isso explica porque a crença religiosa é uma consequência da geografia e da família. Olha para um mapa das religiões do mundo e ele é claro: as crenças religiosas são passadas de pessoas para pessoas, e não de Deus para as pessoas.

Pensar o impensável poderia mudar a tua vida, e isso poderia mudar o mundo.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell



domingo, 12 de março de 2017

Deus e o problema dos Infinitos



A questão de um Primeiro Motor Imóvel ou de uma Causa que não foi causada é que essencialmente essas coisas não EXISTEM. 

Tratam-se de soluções BOUÇAIS para os problemas causados pela noção de INFINITO. Se a cada movimento existe um movimento anterior e assim ao infinito, NÃO EXISTE um “primeiro motor” porque sempre se aplicará a ele a necessidade de explicar “Como se move?”. 

O mesmo vale para uma “causa primeira”. Qualquer causa tem que por sua vez ter uma causa. Dada qualquer causa “primeira” podemos sempre perguntar “O que causou a causa primeira?”. Dado um número suposto INFINITO, sempre podemos imaginar o acréscimo de MAIS UM a ele. 

É impossível imaginar um número “específico” que seja “o infinito” porque a ele sempre poderemos acrescentar MAIS UM. Logo, as soluções como o “Primeiro Motor” ou a “Causa não causada” não passam de meros exercícios de retórica já que NÃO PODEMOS IMAGINAR o que seja isso.

Versão para leigos:

Imagine um número muito grande. Imaginou? Você entende que para qualquer número por maior que seja que você imagine, pode haver um imediatamente maior bastando acrescentar +1?

Você entende que poderíamos repetir esse raciocínio indefinidamente? Esse é o conceito de um “número infinito”.

Mas a questão é que você PODE imaginar o “seu” número infinito, mas você NÃO PODE dizer praticamente NADA sobre ele. Ele seria um número par ou ímpar? Seria divisível por 7 ou por 9? Seria um número primo?

Você não saberá nunca porque se você estabelecer “seu” número infinito e disser que ele é PAR, posso dizer que ao “seu” número pode ser somado +1 e aí ele vira ÍMPAR. O mesmo acontece com todas as outras propriedades. Se é divisível por 7 ou 9, ao somar +1 pode não ser mais e assim por diante.

O mesmo acontece com o Primeiro Motor de Aristóteles ou a Primeira Causa Eficiente de Santo Tomás de Aquino. Você não pode nunca saber NADA sobre eles porque a cada “motor” de Aristóteles posso imaginar um “motor” ainda mais remoto. A cada “Primeira Causa” posso imaginar uma causa ainda anterior a ela.

Assim, como NÃO posso dizer NADA sobre o Primeiro Motor Imóvel e nem sobre a Primeira Causa Eficiente, não posso também dizer que são “Deus” como os teólogos medievais faziam.



Isso é religião



Se António Carlos da Silva declara ter nascido de uma mulher virgem, você dá risada.

Se Maria Aparecida dos Santos diz ter transformado agua em cachaça, você dá uma boa risada.

Se Severino de Oliveira declara que andou sobre a água num açude em Vitória da Conquista, você cai na gargalhada.

Se José Alfredo Pereira declara que foi atropelado por um trem, morreu e ressuscitou uns dias depois, você chama um psiquiatra.

Mas se alguém afirma tudo isso do filho de um carpinteiro na Palestina, você muda de expressão, juntas as mãos e diz com voz grave: “É claro que é verdade”.

Isso é religião...





sábado, 11 de março de 2017

O Tora e o Talmude



O Tora e o Talmude, ambos compilados esmagadoramente durante e depois da época que passaram na Babilónia, são um bombardeamento mental de leis altamente detalhadas regendo cada área da vida de uma pessoa. Não existe possibilidade alguma disso ser dado por "Deus" no topo de uma montanha. 
Os levitas escreveram isto e então inventaram Moisés para esconder este fato. Outras "leis" são, constantemente adicionadas, ou revistas desde então, para abranger todas as eventualidades. As páginas destes textos levitas contém um constante e revoltante tema de extremo racismo contra não judeus e a necessidade de "destruir totalmente" qualquer um que os desafie, exatamente o jeito que Manly Hall descreveu os métodos dos sacerdotes de magia negra. Eles encorajam assassinato e violência intencional de todo tipo concebível. O Talmude deve ser o documento mais racista na Terra. 
Aqui estão somente uns poucos exemplos da profundidade de sua doença espiritual:

“Somente os judeus são humanos, os não-judeus não são humanos, mas gado” Kerithuth 6b, página 78, iebhammoth 61

“Os não-judeus foram criados para servir os judeus como escravos” Midrasch Talpioth 225.

“Relação sexual com não-judeus é como relação sexual com animais” Kethuboth 3b

“Os não-judeus têm que ser evitados mais até que porcos doentes” Orach Chalim 57, 6ª

“A taxa de natalidade dos não-judeus tem que ser suprimida maciçamente” Zohar 11, 4b

“Como você substitui vacas e burros perdidos, assim você substituirá não-judeus” Lore Dea 377, 1






sexta-feira, 10 de março de 2017

A blasfémia e a criatura no seu sótão



Imagina que tu conheces alguém que acreditava fortemente que havia uma criatura vivendo no seu sótão. Uma criatura que viu cada um dos seus movimentos e poderia influenciar a sua vida para melhor ou para pior. E ele acreditava que esta criatura precisava ser apaziguada de modo que realizava rituais regulares como cantar e louvar.

Naturalmente, tu serias céptico. Tu irias gostar de descobrir se havia alguma verdade nessa sua crença. E a tua conversa poderia ser algo como isto:

Tu: Podes mostrar-me essa criatura?

Ele: Não. Não posso fazer isso. Não pode ser vista.

Tu: Então, como é que tu sabes que ela está lá no sótão?

Ele: Eu ouvi-a. Ele fala comigo e eu respondo-lhe.

Tu: Ok, eu posso ouvir a vossa conversa?

Ele (balançando a cabeça): Não. Não funciona assim. Tu tens que acreditar que é real antes que possas falar com ele.

Tu: Mas como é que eu posso acreditar que é real se eu não posso vê-lo ou falar com ele, e apenas tenho a tua palavra que ele está lá?

Ele: Oh, é definitivamente real. É tão real para mim como tu estás aqui e agora.

Tu: Eu entendo que tu acreditas, mas como posso acreditar tendo apenas a tua palavra?

Ele: Tu podes duvidar de mim, mas não podes provar que ele não está lá em cima, ou podes?

Tu: Eu acho que não posso ...

Ele: Tens que ter fé. Junte-te a mim nos meus louvores diários e logo tu vais acreditar também. Tu verás a luz e tua vida será alterada. Essa é a única maneira!

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Se esta história te parece um tanto louca e familiar, tens razão, pois ela é. Há apenas uma diferença entre o personagem desta história e os milhares de milhões que acreditam em deuses invisíveis. A diferença é que o interlocutor da história acima, é a única pessoa que acredita na criatura invisível no seu sótão.

Por causa disso, não só não acreditarias na sua história, mas também concluirias que ele precisava de ajuda profissional para a sua desordem psicológica delirante. E tu estarias certo!

Esta história ilustra a verdadeira natureza das religiões. As religiões são desordens delirantes institucionalizadas. É por isso que eles tentam tão fortemente se certificar de que todos são crentes, pois cada descrente é uma ameaça! Quanto mais descrentes há, mais os crentes que estão mais próximos, começam a ficar como o homem nesta história: indivíduos isolados acreditando em coisas altamente improváveis ​​que não podem ser evidenciadas como verdadeiras.

As religiões empregam várias técnicas para nos desviarem desta conclusão tão óbvia. Mais importante ainda, eles ensinam as crianças a acreditar numa idade quando são impressionáveis ​​e acríticas, a chamada doutrinação. Os líderes religiosos também costumam usar roupas espalhafatosas ou impressionantes, e afirmam ter um relacionamento privilegiado com essa sua criatura invisível.

Assim, eles procuram isolar as suas crenças fantasiosas ​​e não fundamentadas, da crítica. Tentam promulgar o respeito pelas crenças religiosas, como uma norma cultural. Às vezes, eles ainda procuram tornar a crítica às suas crenças religiosas, como uma ofensa legalmente punível.

Não consigo pensar em nada mais condenatório da crença religiosa do que a existência das leis de blasfémia. É uma admissão de que essas crenças são tão frágeis e indefensáveis que deveria ser um crime desafiar a sua verdade ou realidade.

A verdade e a realidade não precisam ser defendidas por lei. Eles podem cuidar de si mesmas.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell

quinta-feira, 9 de março de 2017

Rei Salomão, mito ou real?



O Rei Salomão e seu templo são mais simbolismos. Não existe, novamente, evidências apartidárias (religiosas independentes) para uma pessoa chamada Rei Salomão. Nenhuma vez seu nome apareceu em alguma inscrição. Antes que os levitas escrevessem seus textos, o historiador grego Heródoto (485 – 425 a.C.), viajou e pesquisou as terras e a história do Egipto e Oriente Próximo. Ele não escutou nada sobre o império de Salomão, do êxodo em massa dos israelitas do Egipto, ou da destruição do exército egípcio que os perseguia no Mar Vermelho. Nem Platão escutou nada em suas viagens pela mesma área. Porquê? Porque é tudo invenção. As três sílabas em Sol-om-on (Salomão) são todos nomes para o Sol em três línguas. Manly P Hall escreveu que Salomão e suas esposas e concubinas eram simbólicas dos planetas, luas, asteróides e outros corpos receptivos em sua casa – a mansão solar.

O Templo de Salomão é simbólico do domínio do Sol. Na lenda talmúdica, Salomão é apresentado com um mago, mestre que compreendia a Cabala e expulsava demônios. Isto é mais simbolismo do conhecimento secreto restrito às estórias fabricadas da „história‟ hebraica. O livro dos Reis e Crônicas, que recontam a construção do Templo de Salomão, foram escritos entre 500 e 600 anos depois dos eventos que eles supostamente estão descrevendo. Cronistas hebreus do Templo de Salomão são tão excessivamente abusivos que é hilário. Ele supostamente ocupou 153.600 trabalhadores por sete anos e seu custo, calculado por Arthur Dynott Thomson, teria sido £6.900 milhões (6.900.000.000 libras). E Thomson estava escrevendo em 1872! O que isso seria hoje? Tais valores são ridículos e, todavia, mais exemplos do faz-de-conta por trás dessas estórias (fábulas). Elas são simbólicas, não literais. Um outro ponto. Se Salomão não existiu, por que nós deveríamos acreditar que seu „pai‟, Rei David, existiu?

Assim como é a ideia da linhagem Rei David-Jesus sendo levada para França por „Maria Madalena‟ e tornando-se os merovíngios como sugerido em muitos livros nos últimos anos. Como o erudito e pesquisador, L. A. Waddell, salienta: “Não existe absolutamente nenhuma evidência inscrita (registada) seja o que for, nem nenhuma referência antiga grega ou romana, para existência de Abraão ou qualquer dos patriarcas ou profetas judeus do Velho Testamento, nem para Moisés, Saul, David, Salomão, nem qualquer dos Reis judeus com a mera exceção de dois, ou no máximo três, dos últimos reis.” As consequências de tudo isto para o povo que tem se autodenominado judeu, e para a humanidade em geral, têm sido bem estarrecedoras.



quarta-feira, 8 de março de 2017

Os ateus amam você



Se és ateu e comentas sobre as minhas publicações na minha timeline ou página, por favor, sê respeitoso para com os cristãos, muçulmanos e outros crentes que possas encontrar aqui. Esses crentes teimam obstinadamente em deixar de compreender conceitos elementares para ti e eles tem por hábito de repetir argumentos que tu sabes que já foram refutados há séculos atrás. Eles podem estar convencidos de que a voz na sua cabeça é do criador do universo, em vez da sua própria voz interior.

Eles podem ficar com raiva e chamar-te nomes ou dizerem que tu és o Anticristo ou que tu adoras Satanás (apesar do fato de tu teres-lhe dito que não acreditas em Satanás). Eles podem até ameaçar-te com torturas, morte ou reencarnares como uma lesma.

Por favor, mantém-te calmo e sê gentil com eles. As pessoas confusas, fracas de capacidades cognitivas, precisam de ajuda. Demorou muito e houve um grande esforço para os tornar assim, e irá demorar muito mais, bastante amor e uma enorme paciência para os tornar bem novamente ou simplesmente os curar.

Vamos lá mostrar que os ateus sabem ser bons para além de serem inteligentes.


Traduzido e adaptado de Bill Flavell