quinta-feira, 23 de março de 2017

Xeque-mate ao cristianismo



As primeiras pessoas a adotar Yahweh como seu deus, foram as 12 tribos de Israel por volta de 1000 AEC, ou ainda antes. Aparentemente, Yahweh falou aos profetas que estavam entre os homens dessas tribos e os inspirou a escrever sobre como ele criou o universo, a terra e toda a vida no planeta. Eles também escreveram sobre como foram guiados e ajudados por Yahweh, tal como documentaram as leis que dizem terem vindo do próprio 
Yahweh. Estas histórias podem ser encontradas no Tanakh e são o base da religião judaica.

Cerca de 1000 anos mais tarde, um Messias, agora conhecido como Jesus, é dito ter nascido. Ele foi enviado por Yahweh e uma segunda religião cresceu em torno dele: o cristianismo. Os cristãos se referiram às velhas histórias como o Velho Testamento e escreveram novas histórias sobre Jesus que chamaram de Novo Testamento. Juntos, esses testamentos formam a chamada Bíblia.

Portanto, temos um deus e duas religiões. Vamos pensar sobre isso. Se os israelitas inventaram suas histórias sobre Deus, ambas as religiões devem ser compostas. Mas, suponhamos agora: os israelitas registaram mais ou menos fielmente o que aprenderam de Deus, e se assim for, o judaísmo é a verdadeira religião adorando um deus real.

E o cristianismo? Se o judaísmo é verdadeiro, o cristianismo também pode ser verdadeiro? Eu acho que não.

Central à teologia cristã é a ideia do pecado original. Essa é a razão pela qual Jesus foi enviado a nós. Se não houve pecado original, não há papel para Jesus. No entanto, o judaísmo rejeita a noção do pecado original.

Igualmente importante para o cristianismo é a ideia da salvação através de Jesus. Somente aceitando Jesus como seu Senhor e salvador, pode o pecado ser perdoado para que tu possas entrar no céu. 
O judaísmo não aceita isso. O judaísmo diz que expiação pelo pecado é alcançada buscando o perdão de Deus através da oração e do arrependimento. De fato, o judaísmo reserva um dia de cada ano para o arrependimento, conhecido como Yom Kipur.

Para cumprir a sua missão de perdoar o pecado, o cristianismo diz que Jesus é divino e é uma parte dum Deus triúno (Deus, Jesus e o Espírito Santo). Mas o judaísmo não aceita que Jesus era divino nem que Deus tem uma natureza trina.

Existem muitas outras diferenças entre o judaísmo e o cristianismo, mas essas três diferenças teológicas fundamentais, por si só, são suficientes para concluirmos que se o judaísmo é verdadeiro, o cristianismo não pode ser.

Este é então o dilema para os cristãos: se o judaísmo foi forjado, o cristianismo não pode ser verdadeiro, mas, se o judaísmo é verdadeiro, o cristianismo também não pode ser verdadeiro. 

Então como é que fica o cristianismo? Leia a frase acima novamente. Leve o tempo que precisar.

Eu diria que isto é um xeque-mate ao cristianismo, ou não é?



Traduzido e adaptado de Bill Flavell






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