Um fato muito importante a considerar em debates sobre a existência de Deus e crenças religiosas é a tremenda desigualdade em relação ao que de fato está em jogo para os ateus e para os religiosos.
A crença em Deus é uma projeção que o crente faz de SI MESMO. De certa forma, para o crente, Deus é ELE PRÓPRIO e não algo abstrato que existiria de forma transcendental como definido na teologia.
Isso significa que para um religioso desistir da sua crença é desistir de uma parte significativa DE SI MESMO. Para ele, a crença em Deus implica na associação com uma série de experiências emocionais importantes.
Para um ateu a questão de Deus é puramente racional e abstrata. O ateu não tem uma “experiência de ateísmo” que procure preservar a todo custo. O ateísmo não lhe custa realmente muito esforço, uma vez que o atingiu.
Dessa forma, um debate entre ateus e crentes é muito desigual. Os ateus apenas estão falando de hipóteses racionais e de abstrações. Os crentes estão falando de algo é parte de suas próprias existências. É preciso ter certo cuidado com isso.
Texto de Lauro Augusto Monteclaro César Jr
Inclua nesta discussão quem acredita que Deus é uma entidade CONCRETA, feita, a princípio, de carne e osso: alienígenas.
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