É preciso que o cético ou ateu se detenha com atenção sobre o estudo das controvérsias religiosas.
Nada expõe melhor a noção absurda de que nossa imaginação pode moldar a realidade por alguma razão mágica do que as discussões, altercações e troca de insultos entre teólogos, eruditos e prelados diversos.
É profundamente confortante para o ateu perceber o quanto é ridículo que homens adultos acreditem que suas argumentações delirantes e seus decretos abstratos possam definir as realidades últimas da metafísica, de Deus, da Alma, da vida após a morte, da recompensa dos justos e da punição dos culpados.
Não há melhor testemunho da tolice da religião do que ver pessoas pretensamente sérias discutirem aspectos puramente ilusórios de suas mentes como se tratassem de objetos absolutamente reais. Mas, o mais absurdo de tudo, é a convicção de que suas deliberações, uma vez que “vençam um debate”, podem alterar substancialmente esses mesmos elementos de uma suposta realidade.
A controvérsia religiosa é, para o ateu, a firme confirmação de que as coisas que não vemos simplesmente não existem.
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