sábado, 9 de junho de 2018

Considerar a hipótese de deus?




Muitos crentes argumentam que devíamos, pelo menos, considerar a hipótese de existir um deus, uma vez que não temos provas de que existe ou de que não existe.

Temos suficientes dados para descartar a hipótese de deuses.

Sabemos como se criam as estrelas, os planetas, os biomas, etc.
Sabemos como se podem criar os blocos básicos da vida a partir de componentes químicos básicos e inertes.
Sabemos como os organismos evoluem.
Sabemos como sucedem os fenómenos naturais.
Sabemos isso tudo.
E sabemos cada vez mais.
Só não sabemos as coisas para as quais já não existem indícios. Afinal, sem ovos não se fazem omeletes  

Quando Laplace (Pierre-Simon, marquês de Laplace) apresentou os seus cálculos para explicar o funcionamento dos corpos celestes do sistema solar a Napoleão, este último perguntou-lhe onde é que aparecia deus naquela maravilhosa "máquina celestial". E Laplace respondeu que não necessitou sequer da hipótese de deus para explicar tudo aquilo.

E realmente deus(es) não são necessários para explicar aquilo que se sabe.
Os deuses só servem para servir de remendo para aquilo que não se sabe, e cada vez menos vão sendo menos necessários. Há séculos, os deuses eram a explicação para quase tudo: dia e noite, estrelas, corpos celestes, estações do ano, trovões, tempestades, chuva, vento, doenças, etc. Conforme se foram descobrindo as causas das coisas, os deuses foram "falecendo". 
Quando mais conhecimento existe, menos necessidade há de recorrer a respostas metafísicas que não explicam nada.

E também, a mera referência à "perfeição" da natureza, do cosmos, é ridícula. A natureza não é perfeita. Precisamente por isso têm ocorrido extinções em massa e existem tantas catástrofes naturais.

Pensamentos de Rui Batista

Sem comentários:

Enviar um comentário