Caros crentes,
Será que ainda não perceberam a figura ridícula que fazem quando, ao pedido de “demonstrem que deus é real e existe mesmo”, respondem invariavelmente com “Não sou eu que tenho de provar que deus existe. Peça a deus para lhe mostrar que ele existe e ele próprio lhe mostrará”?
Primeiro, isto demonstra que estão a “fugir com o rabo à seringa” pois realmente não têm como provar a existência de algo que não existe.
Segundo, para os crentes (que acreditam em superstições e que, com a ajuda da “fé”, ignoram a racionalidade), qualquer coisa é interpretada como sendo um sinal divino. As doutrinas supersticiosas e fantasista com que se educaram fornecem-lhes esse filtro. Melhor ainda, é selectivo. As coisas boas “são de deus”, as más “são do demónio”. Pensamento tão limitado, pueril e redutor.
E, por fim, se algo existe mesmo, é demonstrável. Não vale a pena sacudir a àgua do capote. Se existe, dá para demonstrar que existe. Se não dá para demonstrar que existe, é muito provável que não seja real.
Se os crentes se apoiam na afirmação de que deus demonstra-se a si próprio pelas acções que leva a cabo, então o Pai Natal é totalmente real. Eu sei porque, em menino, todos os natais apareciam prendas como por magia. Portanto, tal prova a existência do Pai Natal.
Além disso, eu ainda hoje vejo vários Pais Natais nos centros comerciais a falar com crianças, pela altura do Natal. Podem dizer que são pessoas vestidas de Pai Natal mas eu sei que, tal como Jesus é, segundos os crentes, a manifestação humana de deus, esses Pais Natais não são mais que as manifestações humanas do verdadeiro Pai Natal.
Texto de Rui Batista
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