Hoje eu vou contar a estorinha f****a (literalmente) de um dos mais célebres ancestrais do povo judeu. Trata-se do quarto filho de Jacó, Judá, este rapaz “virtuoso” (vocês vão entender as aspas) cuja tribo deu nome para uma nação inteira. Este conto judeu está no livro de Gênesis 38.
Esse conto se passa na época em que os filhos mais velhos do patriarca Jacó haviam acabado de vender seu irmão mais novo como escravo e mentiram para seu pai idoso que ele havia sido morto por algum bicho (Gênesis 37: 28,31-33). Sim, caso você seja um religioso, então você não conhece os filhos de Jacó, mas se você leu a Bíblia, sabe bem que eles são um bando de filhos da p**a. É que a Bíblia é repleta de família disfuncionais: a de Jacó, a de Eli, a de Davi, a de Ló, a de Arão..., portanto da próxima vez que você ler algum religioso que certamente nunca leu a Bíblia, usando as palavras “deus”, “família”, “moral”, “bons” e “costumes” na mesma frase, abra a Bíblia e leia essa estorinha de Judá que eu vou lhes contar agora. Se a Bíblia é um exemplo para as famílias, então, como diria o Erik da Caverna do Dragão, “eu sou um macaco de nariz azul!”
Primeiramente, quem é Judá? Nada menos que o filho de Jacó que teve a ideia de vender o próprio irmão caçula como escravo para uns estrangeiros (Gênesis 37:26,27). já deixando claro para o leitor o quão enorme é a circunferência do orifício anal dele.
Depois de vender seu próprio irmão como mercadoria e quase matarem seu pai idoso de colapso nervoso, os filhos de Jacó foram cada um pensar na melhor maneira de gastar a grana. Judá, decidiu se casar com uma mulher de filha de um cananeu chamado Sua, e teve três filhos: Er, Onã e Selá.
Quando o filho mais velho dele, o Er, cresceu, Judá tratou de arranjar uma esposa para ele. Notem vocês, que naquele tempo e lugar, era normal os casamentos serem arranjados. Essa coisa de casar por amor não era de praxe. Era completamente normal e aceitável se casar por interesse, e ninguém questionava esse valor moral. Portanto Judá arranjou um casamento para seu filho mais velho. O nome da esposa que ele aranjou era Tamar (Tamar, não Itamar) O relato prossegue dizendo que como ele era um filho da p***a, deus o matou (Gênesis 38:7).
Errr... OK! Diferentemente das pessoas que acreditam em tudo que a Bíblia diz mesmo sem nunca terem lido, vamos refletir um pouco sobre isso: os filhos de Jacó tinham vendido seu próprio irmão como escravo (por inveja, diga-se de passagem) e mentido para seu pai, e foi o próprio Judá quem deu a ideia. E deus não fez absolutamente nada contra eles, nem uma simples chulipa no pulso depois de terem feito essa grande maldade. Certamente o filho de Judá deve ter herdado geneticamente a característica de ser um tremendo c***ão de seu pai. Mas o que exatamente o Er fez para ser morto pelo deus Yahweh? Não é como se Yahweh matasse quem faz maldades, senão as filhas de Ló teriam sido mortas por terem dormido com o próprio pai, por exemplo. O próprio Judá e seus irmãos teriam sido mortos no ato de vender seu irmão. Aliás, na verdade, eles queriam matar o coitado (Gênesis 37:18-20), mas resolveram vendê-lo, o que é muito mais cruel do que matar, já que vida de escravo não era lá grandes coisas.
Eu sei, eu sei, que o deus dos hebreus é um doido varrido que não segue nenhuma lógica ou coerência ao longo da Bíblia, mas o escritor desse conto poderia ao menos ter usado a imaginação e descrever para nós leitores o que foi que o filho mais velho de Judá fez para ser abatido por Yahweh. Tipo, será que ele dizimou uma cidade inteira de pessoas inocentes de maneira covarde e por motivos tolos, igual Levi e Simeão fizeram? (Gênesis 34:24,25) NAH! Yahweh gosta de um massacre, provavelmente ele seria abençoado, igual ele fez com aquele paranoico esquizofrênico do Davi.
Prosseguindo, Judá, sendo um exemplo de “cidadão do bem” e defensor dos valores tradicionais e dos bons costumes, fez o que era esperado: deu a viúva do seu filho para o irmão dele poder engravidá-la! É isso mesmo que você leu: ele pegou a p***a da viúva do filho como se fosse uma mercadoria (porque naquela época mulheres eram basicamente como se fossem éguas reprodutoras dessas que se compram nos leilões) e deu para o outro filho dele, para que ele a engravidasse e os filhos que ele tivesse fossem considerados do irmão falecido. E se você pensou que isso é ridículo e absurdo, e que não faz o menor sentido sob nenhum prisma racional, e que seria uma tremenda asneira tentar copiar os princípios de moral de um povo com costumes tão retrógrados e tacanhos, parabéns! Você é mais esperto que a maioria das pessoas que segue a Bíblia.
É, a Bíblia é um livro escrito por um povo que acha normal tratar mulheres como mercadoria e que serve um deus que não acha nada demais em matar gente inocente só porque pertencem a uma etnia diferente ou tem uma religião diferente (Deuteronômio 30:16-18). E é desse livro que muitas pessoas (que certamente nunca o leram) tiram seus princípios de moral.
O segundo filho de Judá era Onã. Conforme ditavam os costumes da época, Onã deveria copular com a viúva de seu falecido irmão, engravidá-la para que os filhos recebessem o nome, a herança e seriam considerados filhos de seu irmão, e não dele. Onã, que parecia ser só um tiquinho mais sensato que a maioria, sabia que esse costume era doentio ao ponto de causar ânsia de vômito e disse para si mesmo que não queria tomar parte disso. Mas ele tinha medo, por que o pai dele era Judá, um sádico pervertido e doente mental, além da pressão social de seguir esse costume idiota . Caso você não saiba, a Torá prevê que se você se recusar a seguir esse costume imbecil, você será envergonhado publicamente como “o cara que não quis comer a esposa do irmão falecido”. Sim, tá lá no livro sagrado (Deuteronômio 25:5-10).
Mas Onã, espertinho, teve um plano para tentar escapar dessa roubada. Ele tirava fora o seu dingo na hora de gozar, para que ao invés de ser esguichado para dentro do útero de Tamar, ele servisse de lanche para as formigas (Gênesis 38:9). Imagina as formigas comendo aquela iguaria rica em polissacarídeos e proteínas. Era dia de festa nos formigueiros toda vez que Onã ia transar com Tamar.
Mas Yahweh, que é uma espécie de Jigsaw do Velho Testamento, decidiu que Onã merecia pena de morte por tamanha atrocidade. Vejam só vocês: o deus de Jacó não se manifestou quando os filhos dele tramaram matar seu próprio irmão por conta de ciúmes e depois o venderam como escravo, mas coito interrompido???? Ah, isso é pura maldade! Muita gente diz por aí que Onã foi punido por praticar masturbação. Quem acredita nisso, nunca leu a p***a da Bíblia e está só repetindo aquilo que seu pastor ignorante está lhe mandando acreditar. Onã foi morto por se recusar a seguir uma tradição local idiota. Isso mesmo! E você que defende um livro de tradições e costumes imbecis na internet sem nunca ter lido o tal livro, você é um c**ão!
Judá, vendo que seus filhos estavam morrendo como moscas por serem “maus” (Onã por praticar coito interrompido e Er por... atravessar a rua correndo fora da faixa de segurança, talvez...), ficou com medo de perder também seu filho mais novo, Selá, e portanto decidiu guardar Tamar na geladeira indefinidamente. Mandou ela ir morar com o pai e disse que seria só até que Selá estivesse grande. Mas Judá, sendo o babaca que era, estava mentindo. Além de não ter a intenção de dar Tamar para seu filho Selá, ela não podiam se casar com nenhum outro homem. É aí que entra mais uma entre tantas tradições idiotas daquela época: o valor de uma mulher era medido também pela sua fecundidade, ou seja, se uma mulher não pudesse ter filhos, era considerada literalmente amaldiçoada (Gênesis 30:1,2 e 1 Samuel 1:5,6). Vejam só como era a vida de mulher hebreia: se você não tivesse, não quisesse, ou não pudesse ter filhos, por qualquer razão, você era considerada amaldiçoada pelo próprio deus, e portanto, a zombaria estava liberada! Afinal, se deus decidia quais mulheres poderiam ou não ter filhos, quem somos nós, meros mortais, para questionar as filhadaputisses de deus?
Então aconteceu que a esposa de Judá morreu e ele aproveitou a sua nova condição de solteiro novamente para fazer o que solteiros daquela época faziam para se entreter: transar com p***s! Judá que já estava ficando com as bolas azuis foi procurar uma p**a para se divertir um pouco. Tamar sabendo que Judá estava atrás de carne, se disfarçou de p*** cobrindo o rosto com um véu e foi se colocar no caminho de Judá, igualzinho aqueles episódios onde o personagem se disfarça de mulher para conseguir alguma coisa. Tamar queria um filho, nada mais justo naquela época do que tentar roubar um pouco do esperma do próprio sogro asqueroso.
Agora eu vou pedir que vocês prestem muita atenção no que vai acontecer a seguir. Judá viu essa mulher toda coberta lá e já foi achando logo que era uma prostituta, porque naquela época (e hoje em dia também em muitos países), uma mulher sozinha era automaticamente tida por prostituta. E então sem a menor cerimônia, Judá, o servo de deus, um dos cabeças da tribo que deu origem ao povo judeu, foi logo perguntando quanto era pelo coito. Naquela época eles não tinham papel moeda (ou papel higiênico, ou qualquer outra sorte de papel), então ele prometeu um cabritinho em troca de dar uma boa trepada lá mesmo. Sem saber que era Tamar, sua nora, ela disse que queria como garantia alguns objetos pessoais dele: um cordão, um selo e o cajado dele. Ele concordou em dá-los a ela como garantia para que depois pudesse reavê-los com o cabritinho. E lá foi Judá cumprir a prerrogativa dos homens daquela época e lugar: usar as mulheres como objeto!
Depois de transar com Tamar, Judá deu a clássica virada de lado e dormiu. Enquanto isso, ela aproveitou e caiu fora com os pertences de Judá. Ao acordar Judá tentou procurar a prostituta e não a achou, e foi perguntar para o pessoal do lugar onde estava a prostituta de templo com quem ele se deitou. O pessoal disse que nunca houve prostituta de templo naquele lugar. Judá, que não era lá muito inteligente (não diga!!!) simplesmente deixou o assunto para lá.
Agora adivinhem só o que aconteceu? Isso mesmo, Tamar, a nora de Judá apareceu com uma barriga de gestante e foram contar para o Judá. Judá, sendo o babaca filho de uma p**a que ele era, resolveu tomar a decisão mais sensata que ele conseguiu formular com seus poucos neurônios: queimar sua nora viva! (Gênesis 38:24)
…
É, meus caros, queimar gente viva também é uma tradição bíblica bem antiga, que depois os cristãos resolveram restabelecer na Idade Média. Judá, sendo temente a deus, homem de família, cidadão de bem, apoiador do Bolsonaro e defensor da moral e dos bons costumes tinha que demonstrar isso queimando viva a sua nora por ela ter se prostituído e engravidado de outro cara. Afinal, Judá havia comprado ela para seu filho e portanto ela pertencia a ele, e como ela se atrevia a dar para outro homem como se mulher tivesse vontade própria?
É claro que Tamar, que era bem mais inteligente que seu sogro ogro, resolveu usar sua sagacidade feminina para dar uma lição em Judá: mostrou os objetos pessoais de Judá (seu selo, seu cordão e seu cajado) e disse que ela havia ficado grávida do dono daqueles objetos.
Pois é né, Judá? Além de ser um péssimo irmão, um péssimo filho, um péssimo pai, um péssimo sogro, também é um péssimo ser humano! Judá é um exemplo na Bíblia, e um dos antepassados da linhagem de Davi até chegar a Jesus. Sim, esse calhorda asqueroso é antepassado de Davi, o que explica parte da canalhice e filhadaputisse que Davi herdou (2 Samuel 12:4-7). Depois de todos descobrirem que na verdade Judá é que era o p**o na estorinha, ele teve que engolir o maior sapo-boi e admitir que sua nora era “mais justa do que ele” (Gênesis 38:26). Que viagem é essa? De justo, Judá não tem absolutamente nada. NADA! Judá era o equivalente bíblico desses religiosos que enchem a boca para falar de deus e da Bíblia, e que são muito bons em julgar e condenar as pessoas, mas suas ações são repletas de nojeira. Judá só não a queimou viva porque descobriram que ele era um hipócrita, e portanto, se fosse aplicado a mesma medida, quem deveria ser queimado era Judá! Mas, como todo o bom religioso quando é desmascarado, Judá tentou pedalar para trás.
E deus olhando tudo isso acontecendo e não fez p***a nenhuma. Ele mata um cara que praticava coito interrompido, mas não um que vende o próprio irmão, mente para o pai e para a nora, transa com prostitutas e manda queimar pessoas. Quem leu a Bíblia sabe que Yahweh mata pessoas por coisas bem banais, e até inocentes, incluindo crianças, mas ignora umas m***as bem escabrosas dos seus servos.
E qual o desfecho dessa estória bizarra e sem sentido? Bem, na hora do parto, descobrem que Tamar estava esperando gêmeos. Um deles pôs o braço para fora e logo a parteira amarrou-lhe um cordão para saberem que ele era o mais velho (outro costume idiota daqueles tempos, porque é isso que a bíblia é: uma coleção de costumes e tradições idiotas). Só que teve um tremendo plot twist, porque esse gêmeo recolheu a mão e quem saiu primeiro foi o outro. Peraí, mas como isso é possível? Segundo a Bíblia o outro gêmeo rasgou o c* da mãe dele para sair. Não, eu não inventei isso, eu quero dizer que ele literalmente rompeu o períneo (região entre o ânus e a vulva) da mãe dele e assim ele conseguiu forçar a passagem e sair antes que seu irmão (Gênesis 38:29).
E deram para o fedelho o nome de Perez (em hebraico: rompimento, ruptura), para que ele se lembrasse do resto da vida de como ele conseguiu o direito de primogenitura rasgando a bunda da mãe dele...
Texto de Israel Gonçalves
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