Os humanos parecem ter uma capacidade ilimitada de racionalizar as suas crenças, não importa o quão ridículas elas sejam. Por exemplo, eles podem querer acreditar no relato da criação em Génesis, mesmo que compreendam de ciência o suficiente para reconhecerem que a história de Génesis não pode ser verdade. Assim, eles podem especular que um dia na história não é um dia literal, mas um dia de duração indeterminada, talvez um período de milhares ou milhões de anos.
Outro exemplo vem em Mateus 24, que explica que as estrelas cairão do céu após a tribulação. Aqui está o verso:
"29 Imediatamente após a tribulação daqueles dias, o sol será escurecido, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e os poderes dos céus serão abalados"
Não precisas de ter grandes conhecimentos de cosmologia, para saberes que essa história é ridícula. Mas como uma pessoa determinada em acreditar nessa história, a torna digerível para uma mente moderna? Geralmente, eles argumentam com coisas que não correspondem ao que está escrito. Por exemplo, eles podem especular que esta história não está a falar de estrelas caírem na Terra - é sobre meteoros a cairem na Terra, e todos nós sabemos que isso é plausível.
Tu podes discutir por horas com um determinado auto-iludido sobre isso. Tu podes perguntar onde o texto menciona meteoros, ou verificar o grego original. Tu podes até explicar que a frase "poderes dos céus serão abalados" faz sentido se as estrelas caírem na terra, mas não se for apenas uma chuva de meteoros.
Mas será em vão. A mente do auto-iludido é formatada, mas há outra maneira de abordar o assunto. Em vez de tentares mostrar que o auto-iludido está a mudar injustificadamente o significado do texto, tu podes concordar que sua especulação é possivelmente verdadeira. Então ele deve concordar que a tua interpretação literal também é possivelmente verdadeira. Isso leva a uma pergunta: como podemos decidir qual opção está correta?
Naturalmente, nenhuma exegese mostrará que a especulação tem que ser verdadeira, então teremos que concordar que não podemos extrair um significado claro do texto. Acabamos com dois possíveis significados, o que significa que não podemos acreditar em nenhum deles e devemos permanecer com a mente aberta.
Se tu achas que é uma conclusão insatisfatória, não o é inteiramente. O auto-iludido não pode mais ter a certeza de que a Bíblia é perfeita - ele foi forçado a admitir a possibilidade de que ela possa ser falível.
Este é um pequeno passo para o homem, mas um passo gigantesco para os auto-iludidos.
Traduzido e adaptado de Bill Flavell
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